domingo, 27 de maio de 2012

ADOLESCENTES - EBD - CANTARES


LIÇÃO 03                    10/06/2012

“O MEU AMADO É MEU... EU SOU DELE”
X
“NÃO SOU DE NINGUÉM... EU SOU DE TODO MUNDO...E TODO MUNDO É MEU TAMBÉM...”

CANTARES - CAPÍTULO 2
1  EU sou a rosa de Sarom, o lírio dos vales.
Qual o lírio entre os espinhos, tal é meu amor entre as filhas.
Qual a macieira entre as árvores do bosque, tal é o meu amado entre os filhos; desejo muito a sua sombra, e debaixo dela me assento; e o seu fruto é doce ao meu paladar.
Levou-me à casa do banquete, e o seu estandarte sobre mim era o amor.
Sustentai-me com passas, confortai-me com maçãs, porque desfaleço de amor.
10  O meu amado fala e me diz: Levanta-te, meu amor, formosa minha, e vem.
11  Porque eis que passou o inverno; a chuva cessou, e se foi;
13  A figueira já deu os seus figos verdes, e as vides em flor exalam o seu aroma; levanta-te, meu amor, formosa minha, e vem.
14  Pomba minha, que andas pelas fendas das penhas, no oculto das ladeiras, mostra-me a tua face, faze-me ouvir a tua voz, porque a tua voz é doce, e a tua face graciosa.
16  O meu amado é meu, e eu sou dele; ele apascenta o seu rebanho entre os lírios.


Bom, vamos por partes. Um ser humano não pode ser dono de outro. Um ser humano não pode controlar outro. No verso 16, não temos a ideia de posse, de propriedade, mas de entrega voluntária. Quando nos apaixonamos por alguém, quando amamos esse alguém, nos entregamos voluntariamente a essa pessoa. É como se entregássemos a ela nossa liberdade.
Essa entrega voluntária e total só pode acontecer no casamento, quando os dois recebem a bênção de Deus, e podem a partir daí fazerem amor. “Fazer sexo” simplesmente é algo biológico, apenas biológico, mas quando envolve sentimentos, quando fazemos com a pessoa que amamos, então isso é “fazer amor”.
O fato é que ao longo do tempo, ao longo de nossa história de amor com alguém, vamos nos entregando, nos rendendo aos poucos a essa pessoa...e é tudo muito lindo. Eu não estou dizendo aqui que todo namoro tem que resultar num casamento. Estou dizendo que mesmo quando namoramos, precisamos ser honestos  com o outro. Esse lance de sair por aí tirando onda de “pegador” não tem a menor graça. Se você está namorando alguém, precisa namorar apenas essa pessoa. Enfim, você só pode ter um namorado ou uma namorada, conforme o caso, de cada vez. E também não é bonito se trocar de namorado ou namorada a cada fim de semana. Disputar quantas bocas se beija numa festa é extremamente besta. Pode ser até legal, mas é besta, e mais que isso, não é nem um pouco cristão. Beijar na boca sem amor não passa de uma troca de cuspe e de provocações químicas. E mais ainda: quando falam sobre isso, a impressão que tenho é que só viram bocas. É como se a pessoa não existisse de fato. A pessoa é apenas o compartimento onde foi instalada aquela boca gostosa...ou não. E a pessoa, a dona ou o dono da boca (literalmente, pelo amor de Deus) não conta? Uma menina não pode ser reduzida a duas pernas, uma bunda, dois peitos e..., enfim, uma menina é uma menina, um ser humano completíssimo, e não um objeto. O menino também não é um objeto, não se resume a uma boca, a um “peitoral”, a músculos  e  algo mais... ele é gente, é um ser humano completíssimo.
E tem mais uma coisinha: não existe nenhuma lei que diga que quando você se apaixona por alguém, esse alguém obrigatoriamente também tem que se apaixonar por você. Seria até uma boa ideia, mas não é assim. Não existe essa garantia.
E tem mais uma coisinha mais: não é porque estou apaixonado, encantado ou simplesmente atraído fisicamente por alguém que tenho que transar com essa pessoa. Os irracionais entram no cio e precisam cruzar, reproduzir... simplesmente seguem as leis da natureza. Nós, os racionais, sentimos vontades, desejos, mas somos capazes de controlar, de esperar, de avaliar as consequências... Lembra da primeira lição?  É preciso parar temporariamente nos beijinhos na boca. E ainda mais uma coisinha mais: não pense que você seja super herói ou  super heroína, que pode se expor a qualquer forma de tentação e ainda assim vencê-la.  Aí você pega o seu namoradinho ou a sua namoradinha e vão só os dois para um lugar afastado, escurinho, bem reservado. Huuummmm....uma delícia. Mas nem todas as delícias são recomendáveis.
Pois bem... e lá vão os dois...beijos na boca, mãos que deslizam... essas coisas.... um citando trechos de Cantares para o outro... tudo de bom. E estão sozinhos. Aí essas duas criaturinhas voltam ao planeta terra  e querem me dizer que pararam nas citações de Cantares? Vão querer me convencer de que seus hormônios são convertidos, são cristãos, são até batistas os danados? Ah não... pra mim fica puxado acreditar. Por via das dúvidas, por conta das “fraquezas” humanas, é preciso evitar essas exposições. A paixão nos leva a loucuras...os desejos podem nos surpreender. Somos humanos. E é sempre a mesma história: “pintou o clima, não deu pra segurar; ela me provocou, se eu não coisasse com ela, ela ia dizer que eu sou coisinha”. “Ah, ele me pediu uma prova de amor e eu dei (a prova de amor). E aí as consequências, os efeitos colaterais: ela grávida, ela precisando interromper os estudos, ela vista como oferecida; ela sendo mãe. E ele? Tadinho dele. Visto como pegador, o cara; ela deu mole, ele fez um filho. Ah que sociedade nojentinha!!!

DEBATE

  1. Quando dois adolescentes transam e “engravidam”, você acha que a melhor solução é obrigá-los a casar?
  2. Esse casamento seria uma união de duas pessoas que se amam não apenas para transar, mas para viverem juntos, ou seria apenas uma satisfação para a igreja  e para a sociedade?
  3. Você acha que o fato de duas pessoas transarem significa que ambos têm maturidade para conviverem por tempo indefinido?
  4. Você acha que algumas músicas, como essa (citada no título dessa lição), do grupo Tribalistas, estimula de alguma forma o descompromisso sexual das pessoas, a ideia de que tudo pode?

GRÁVIDA – Isac M. Moura (Personas)

            De repente viu-se grávida.
                Jovem... tantos planos poucos...
                Um descuido... pintou o clima...
                Uma irresponsabilidade?
                Engravidou.
                E agora?
            Mudança de planos: casar.
                Só pelo filho?
                Por amor?
                Por pressão?
                Tudo mudou.
                Mãe.
                E nem teve tempo direito para ser filha.
                Que filha da mãe!
                Mãe... isso pesa:
                O corpo muda,
                A mentalidade muda,
                Mudam as emoções.
                Amamentar, fazer dormir, adivinhar...
                Tão pouco tempo de prazer
                Por tantas consequências.
                Uma barriga, um filho, uma responsabilidade.
                Educar... quando nem mesmo
                completou seu período de educação;
                amamentar... quando nem mesmo
                deixou de ser criança.
                A televisão?
                A sociedade?
                Os amigos?
                Ela mesma? / Os dois?
                “Prenda sua cabrita,
                meu bode está solto.”
                O menino não engravida.
                Sua filha é que se ofereceu.
                A vizinhança brinda:
                assunto para nove meses.
                A filha de dona fulana, heim?
                Quem diria?
                Irresponsável! / Oferecida!
                É bem filha de quem é.
                O menino inocentado... foi vítima.
                Sobre ele ninguém fala... é macho,
                ela é que é sem-vergonha,
                vai com qualquer um...
                Mas só foi com o namorado!
                E a criança?
                Mais um filho de duas crianças.
                O mundo está cheio,
                as barrigas estão cheias
                de crianças indesejadas,
                e é sempre assim: de repente.

Nenhum comentário: