LIÇÃO 03 10/06/2012
“O MEU AMADO É MEU...
EU SOU DELE”
X
“NÃO SOU DE NINGUÉM...
EU SOU DE TODO MUNDO...E TODO MUNDO É MEU TAMBÉM...”
CANTARES - CAPÍTULO 2
1 EU sou a rosa de Sarom, o lírio dos vales.
2 Qual o lírio entre os espinhos, tal
é meu amor entre as filhas.
3 Qual a macieira entre as árvores do
bosque, tal é o meu amado entre os filhos; desejo muito a sua sombra, e debaixo
dela me assento; e o seu fruto é doce ao meu paladar.
4 Levou-me à casa do banquete, e o seu
estandarte sobre mim era o amor.
5 Sustentai-me com passas,
confortai-me com maçãs, porque desfaleço de amor.
10 O meu amado
fala e me diz: Levanta-te, meu amor, formosa minha, e vem.
11 Porque eis que
passou o inverno; a chuva cessou, e se foi;
13 A figueira já
deu os seus figos verdes, e as vides em flor exalam o seu aroma; levanta-te,
meu amor, formosa minha, e vem.
14 Pomba minha,
que andas pelas fendas das penhas, no oculto das ladeiras, mostra-me a tua
face, faze-me ouvir a tua voz, porque a tua voz é doce, e a tua face graciosa.
16 O meu amado é
meu, e eu sou dele; ele apascenta o seu rebanho entre os lírios.
Bom, vamos por partes. Um ser humano não pode ser dono de
outro. Um ser humano não pode controlar outro. No verso 16, não temos a ideia
de posse, de propriedade, mas de entrega voluntária. Quando nos apaixonamos por
alguém, quando amamos esse alguém, nos entregamos voluntariamente a essa
pessoa. É como se entregássemos a ela nossa liberdade.
Essa entrega voluntária e total só pode acontecer no
casamento, quando os dois recebem a bênção de Deus, e podem a partir daí
fazerem amor. “Fazer sexo” simplesmente é algo biológico, apenas biológico, mas
quando envolve sentimentos, quando fazemos com a pessoa que amamos, então isso
é “fazer amor”.
O fato é que ao longo do tempo, ao longo de nossa história
de amor com alguém, vamos nos entregando, nos rendendo aos poucos a essa
pessoa...e é tudo muito lindo. Eu não estou dizendo aqui que todo namoro tem
que resultar num casamento. Estou dizendo que mesmo quando namoramos,
precisamos ser honestos com o outro.
Esse lance de sair por aí tirando onda de “pegador” não tem a menor graça. Se
você está namorando alguém, precisa namorar apenas essa pessoa. Enfim, você só
pode ter um namorado ou uma namorada, conforme o caso, de cada vez. E também
não é bonito se trocar de namorado ou namorada a cada fim de semana. Disputar
quantas bocas se beija numa festa é extremamente besta. Pode ser até legal, mas
é besta, e mais que isso, não é nem um pouco cristão. Beijar na boca sem amor
não passa de uma troca de cuspe e de provocações químicas. E mais ainda: quando
falam sobre isso, a impressão que tenho é que só viram bocas. É como se a
pessoa não existisse de fato. A pessoa é apenas o compartimento onde foi
instalada aquela boca gostosa...ou não. E a pessoa, a dona ou o dono da boca
(literalmente, pelo amor de Deus) não conta? Uma menina não pode ser reduzida a
duas pernas, uma bunda, dois peitos e..., enfim, uma menina é uma menina, um
ser humano completíssimo, e não um objeto. O menino também não é um objeto, não
se resume a uma boca, a um “peitoral”, a músculos e algo
mais... ele é gente, é um ser humano completíssimo.
E tem mais uma coisinha: não existe nenhuma lei que diga que
quando você se apaixona por alguém, esse alguém obrigatoriamente também tem que
se apaixonar por você. Seria até uma boa ideia, mas não é assim. Não existe
essa garantia.
E tem mais uma coisinha mais: não é porque estou apaixonado,
encantado ou simplesmente atraído fisicamente por alguém que tenho que transar
com essa pessoa. Os irracionais entram no cio e precisam cruzar, reproduzir...
simplesmente seguem as leis da natureza. Nós, os racionais, sentimos vontades,
desejos, mas somos capazes de controlar, de esperar, de avaliar as consequências...
Lembra da primeira lição? É preciso
parar temporariamente nos beijinhos na boca. E ainda mais uma coisinha mais: não
pense que você seja super herói ou super
heroína, que pode se expor a qualquer forma de tentação e ainda assim
vencê-la. Aí você pega o seu namoradinho
ou a sua namoradinha e vão só os dois para um lugar afastado, escurinho, bem
reservado. Huuummmm....uma delícia. Mas nem
todas as delícias são recomendáveis.
Pois bem... e lá vão os dois...beijos na boca, mãos que
deslizam... essas coisas.... um citando trechos de Cantares para o outro...
tudo de bom. E estão sozinhos. Aí essas duas criaturinhas voltam ao planeta
terra e querem me dizer que pararam nas
citações de Cantares? Vão querer me convencer de que seus hormônios são
convertidos, são cristãos, são até batistas os danados? Ah não... pra mim fica
puxado acreditar. Por via das dúvidas, por conta das “fraquezas” humanas, é
preciso evitar essas exposições. A paixão nos leva a loucuras...os desejos
podem nos surpreender. Somos humanos. E é sempre a mesma história: “pintou o
clima, não deu pra segurar; ela me provocou, se eu não coisasse com ela, ela ia
dizer que eu sou coisinha”. “Ah, ele me pediu uma prova de amor e eu dei (a
prova de amor). E aí as consequências, os efeitos colaterais: ela grávida, ela
precisando interromper os estudos, ela vista como oferecida; ela sendo mãe. E
ele? Tadinho dele. Visto como pegador, o cara; ela deu mole, ele fez um filho.
Ah que sociedade nojentinha!!!
DEBATE
- Quando
dois adolescentes transam e “engravidam”, você acha que a melhor solução é
obrigá-los a casar?
- Esse
casamento seria uma união de duas pessoas que se amam não apenas para
transar, mas para viverem juntos, ou seria apenas uma satisfação para a
igreja e para a sociedade?
- Você
acha que o fato de duas pessoas transarem significa que ambos têm
maturidade para conviverem por tempo indefinido?
- Você
acha que algumas músicas, como essa (citada no título dessa lição), do
grupo Tribalistas, estimula de alguma forma o descompromisso sexual das
pessoas, a ideia de que tudo pode?
GRÁVIDA
– Isac M. Moura (Personas)
De repente
viu-se grávida.
Jovem...
tantos planos poucos...
Um
descuido... pintou o clima...
Uma
irresponsabilidade?
Engravidou.
E
agora?
Mudança de
planos: casar.
Só
pelo filho?
Por
amor?
Por
pressão?
Tudo
mudou.
Mãe.
E
nem teve tempo direito para ser filha.
Que
filha da mãe!
Mãe...
isso pesa:
O
corpo muda,
A
mentalidade muda,
Mudam
as emoções.
Amamentar,
fazer dormir, adivinhar...
Tão
pouco tempo de prazer
Por
tantas consequências.
Uma
barriga, um filho, uma responsabilidade.
Educar...
quando nem mesmo
completou
seu período de educação;
amamentar...
quando nem mesmo
deixou
de ser criança.
A
televisão?
A
sociedade?
Os
amigos?
Ela
mesma? / Os dois?
“Prenda
sua cabrita,
meu
bode está solto.”
O
menino não engravida.
Sua
filha é que se ofereceu.
A
vizinhança brinda:
assunto
para nove meses.
A
filha de dona fulana, heim?
Quem
diria?
Irresponsável!
/ Oferecida!
É
bem filha de quem é.
O
menino inocentado... foi vítima.
Sobre
ele ninguém fala... é macho,
ela
é que é sem-vergonha,
vai
com qualquer um...
Mas
só foi com o namorado!
E
a criança?
Mais
um filho de duas crianças.
O
mundo está cheio,
as
barrigas estão cheias
de
crianças indesejadas,
e
é sempre assim: de repente.
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