No decorrer dos tempos, os dons do ministério cristão tiveram diversas interpretações, chegando a ser comercializados, negociados, adulterados, etc.., todavia interessa-nos, particularmente, aquilo que a Bíblia ensina a respeito. Assim, o objetivo deste pequeno curso dominical sobre dons ministeriais e dons do Espírito Santo é relembrar, ou melhor, frisar o ensinamento bíblico, nem sempre observado em determinadas igrejas.
A igreja tem uma diversidade imensa de pessoas, essas pessoas têm uma diversidade de necessidades. Assim, visando o bem-estar dessa unidade que é igreja, Deus providenciou uma diversidade de dons. Dessa forma, podemos dizer, sem nenhum medo de estar errando, que os dons só fazem sentido quando edificam a igreja, quando contribuem para o bem estar da mesma. Isso significa dizer que não faz o menor sentido falar em gente caindo no poder, caindo diante de um sopro de alguém, caindo diante de um paletó que se joga, gente grudando na parede com a tal unção da lagartixa, gente enlouquecida com a tal unção do riso e por aí vai. Bom, não é disso que vamos falar. Vamos falar de dons de verdade, aqueles que têm como função primordial a edificação do corpo de Cristo.
Outra coisa: a maioria de nós tem clareza de nossa vocação, no entanto nos protegemos em frases do tipo: “estou esperando o que o Senhor tem preparado pra mim”, “Deus ainda não me chamou para uma função específica”, “ainda estou meio perdido sobre o que devo fazer”, “eu quero muito trabalhar, mas não sei em que departamento, porque ainda não achei meu dom.” Então, queremos ajudar você. Você precisa se achar, descobrir ou redescobrir seu dom e cair dentro, se doar, se gastar, investir seu tempo na causa de Cristo, observando a recomendação apostólica: “Cada um deve permanecer na vocação para a qual foi chamado.”
Isac Machado de Moura
Lição 01
26/04/09
DONS MINISTERIAIS
Quando falamos dos dons do Espírito Santo voltados para o ministério da igreja, devemos ter em mente, basicamente, três citações do Novo Testamento (Ef 4:11; Rm 12:6-8; 1 Co 12:28), as quais se referem a uma variedade de ministérios, completando-se entre si, todos voltados para o bem da comunidade cristã.
EFÉSIOS 4:11,12: “E ele mesmo concedeu uns para APÓSTOLOS, outros para PROFETAS, outros para EVANGELISTAS, e outros para PASTORES e MESTRES, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para edificação do corpo de Cristo.”
ROMANOS 12:6-8: “Tendo , porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se PROFECIA, seja segundo a proporção da fé; se MINISTÉRIO, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ENSINA, esmere-se no fazê-lo; ou o que EXORTA, faça- o com dedicação; o que CONTRIBUI, com liberalidade; o que PRESIDE, com diligência; quem exerce MISERICÓRDIA, com alegria.”
1 CORÍNTIOS 12:28: “A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente APÓSTOLOS, em segundo lugar PROFETAS, em terceiro lugar MESTRES, depois OPERADORES DE MILAGRES, depois DONS DE CURAR, SOCORROS, GOVERNOS, VARIEDADES DE LÍNGUAS.”
O Apóstolo
REFERÊNCIAS BÍBLICAS: At 4:33; 6:6;8:14; Gl 1:17; Ef 2:20; Jd 17.
· E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça.
DONS MINISTERIAIS
Quando falamos dos dons do Espírito Santo voltados para o ministério da igreja, devemos ter em mente, basicamente, três citações do Novo Testamento (Ef 4:11; Rm 12:6-8; 1 Co 12:28), as quais se referem a uma variedade de ministérios, completando-se entre si, todos voltados para o bem da comunidade cristã.
EFÉSIOS 4:11,12: “E ele mesmo concedeu uns para APÓSTOLOS, outros para PROFETAS, outros para EVANGELISTAS, e outros para PASTORES e MESTRES, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para edificação do corpo de Cristo.”
ROMANOS 12:6-8: “Tendo , porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada: se PROFECIA, seja segundo a proporção da fé; se MINISTÉRIO, dediquemo-nos ao ministério; ou o que ENSINA, esmere-se no fazê-lo; ou o que EXORTA, faça- o com dedicação; o que CONTRIBUI, com liberalidade; o que PRESIDE, com diligência; quem exerce MISERICÓRDIA, com alegria.”
1 CORÍNTIOS 12:28: “A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente APÓSTOLOS, em segundo lugar PROFETAS, em terceiro lugar MESTRES, depois OPERADORES DE MILAGRES, depois DONS DE CURAR, SOCORROS, GOVERNOS, VARIEDADES DE LÍNGUAS.”
O Apóstolo
REFERÊNCIAS BÍBLICAS: At 4:33; 6:6;8:14; Gl 1:17; Ef 2:20; Jd 17.
· E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça.
· ... E os apresentaram ante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos.
· Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João.
· ... nem tornei a Jerusalém, a ter com os que já antes de mim eram apóstolos, mas parti para a Arábia e voltei outra vez a Damasco.
· Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina.
· Mas vós, amados, lembrai-vos das palavras que vos foram preditas pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo.
INTRODUÇÃO
Segundo Hebreus 3:1, o apostolado foi desempenhado pelo próprio Cristo, exemplo maior de pessoa ENVIADA ( no grego apóstolo significa mensageiro ou aquele que é enviado): “Assim como o pai me enviou, eu também vos envio”(Jo 20:21). O apóstolo é aquele que recebe uma comissão; não é, simplesmente, aquele que vai, mas o que é enviado.”
O OFÍCIO APOSTÓLICO
O apostolado é um ofício revestido de dignidade e poder, apresentado sempre em primeiro lugar na lista dos ministérios concedidos por Deus(1 Co 12:28 e Ef 4:11). Assim como Cristo foi enviado por Deus, da mesma forma Ele envia os apóstolos.
A IMPORTÂNCIA DO MINISTÉRIO APOSTÓLICO
O ministério apostólico, pela sua importância, é sempre acompanhado de sinais, conforme observamos no caso de Paulo, em 2 Coríntios 12:12: “... com toda a persistência, por sinais, prodígios e poderes miraculosos.”
Quando estudamos a vida dos apóstolos, observamos neles os frutos do espírito, bem como os seus dons sobrenaturais(1 Co 12:8-11).
Ao defender o seu apostolado, pergunta Paulo: “Não vi a Jesus, nosso Senhor?”(1 Co 9:1), dando a entender que a experiência pessoal do apóstolo não pode ser algo superficial, deve ser bastante profunda e real. Daqueles que reivindicam tal ofício, espera-se a mesma qualificação, a saber, uma experiência direta com Cristo: At 1:22; 13:2.
O testemunho, assim como o ensino apostólico, precisam ser norteados pela autoridade divina, pois trata-se de um mandato pessoal proveniente do Altíssimo: “Eu recebi do Senhor o que também vos entreguei”(1 Co 11:23).
MISSÃO APOSTÓLICA
A principal missão do apóstolo é lançar os fundamentos(1 Co 3:10; Ef 2:20), e neste sentido está determinado que os nomes dos 12 apóstolos do Cordeiro apareçam nos fundamentos da Nova Jerusalém, conforme Apocalipse 21:14. Eles lançaram os fundamentos da igreja, tendo sido os pioneiros na pregação do evangelho, bem como no recebimento do prometido complemento da revelação divina(Jo 16:12-15; Ef 3:5).
O ministério apostólico exigia do seu portador, praticamente, quase todos os outros ministérios do corpo de Cristo. Assim sendo, o apóstolo participava da inspiração do profeta; fazia a obra do evangelista; conhecia o pastoral cuidado de todas as igrejas, e devia ser apto para ensinar; atendendo à administração dos negócios da igreja, seguia o exemplo do Senhor em não se esquivar aos deveres do diácono, quando necessário(At 11:30).
APÓSTOLO X EVANGELISTA
O resultado de todo esse ministério global de dons espirituais certamente foi o poder de estabelecer igrejas, o que distinguia o apóstolo do evangelista. O evangelista podia dirigir um reavivamento com grande sucesso e manifestações do poder divino em cura e operação de milagres, todavia, faltavam-lhe os necessários dons de consolidar os resultados. Paulo e Barnabé, por exemplo, iam deixando atrás de si assembléias inteiramente organizadas, com pastores e diáconos(At 14:21,23; 15:41 – 16:5; Fl 1:1), que continuaram a crescer e florescer. Dentre os seus dons essenciais, evidentemente, notava-se o dom de governos(1 Co 12:28) – poderes de organização.
Sobre essas igrejas que eles mesmos haviam plantado ou organizado, os apóstolos exerciam autoridade natural e espontânea. A “autoridade apostólica” nessas primeiras igrejas não era coisa arbitrária e forçada, mas a posição lógica e espontaneamente atribuída em circunstâncias normais a homens reconhecidos como líderes, ou que eram “pais” espirituais(1 Co 4:15; Gl 4:19).
ATUALIDADE DO MINISTÉRIO APOSTÓLICO
Será que a igreja de hoje ainda pode contar com o ministério apostólico?
Em sentido restrito, específico, neotestamentário, a resposta seria NÃO. Houve apenas doze “apóstolos do Cordeiro”(Ap 21:14).Hoje é impossível aos homens ver a Jesus no sentido literal. Se admitimos a possibilidade de uma visão espiritual, tal como a de Paulo, na estrada de
Damasco(At 9:5), referida, posteriormente, em conexão com seu apostolado(At 15:8-9), devemos lembrar que ele, evidentemente, tomou como excepcional essa experiência particular – ele foi como um “nascido fora do tempo”. É bom lembrar que hoje já não há fundamento a ser lançado, conforme foi feito pelos primeiros apóstolos.
Existe ainda hoje o ofício apostólico? De acordo com 1 Coríntios 12:28, Deus estabeleceu este ministério na sua igreja, o que é reafirmado em Efésios 4:11-13, acrescentando que foi concedido “para edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé... a perfeita varonilidade”, o que ainda não aconteceu. Assim, entendemos que num certo sentido, desvinculado da idéia de fundamento, o ofício apostólico permanece em operação na igreja atual, considerando, inclusive, o fato de sermos enviados com uma missão.
Segundo o Novo Testamento, o ofício apostólico não se limitava estritamente aos doze, pois Barnabé, por exemplo, é chamado de apóstolo, em Atos 14:14; o mesmo acontece com Tiago, irmão de Jesus e líder da igreja em Jerusalém(Gl 1:19). Tais apóstolos “tiveram papel muito importante na edificação do corpo de Cristo e tipificavam uma classe de ministério que legitimamente podemos esperar ver em qualquer geração.”
Sobre o ministério apostólico hoje, declara DONALD GEE, em seu livro DONS DO MINISTÉRIO DE CRISTO: “Não é fácil encontrar o tipo de pessoa que verdadeiramente podemos considerar como APÓSTOLO no sentido escriturístico. Poderemos encontrar o apóstolo, indubitavelmente, nos campos missionários, uma vez que a própria natureza do esforço missionário vocaciona e requer pelo menos alguma coisa do ministério apostólico.”
Mesmo não chamando a si mesmos de apóstolos ou não sendo assim chamados por outras pessoas, devem os atuais apóstolos serem reconhecidos e respeitados. Assim como acontece com qualquer outro dom ministerial, o ofício de apóstolo não depende de nome, nem de título, mas sim de poder.
O TÍTULO DE APÓSTOLO HOJE ESTÁ RELACIONADO A STATUS
No Cristianismo da pós-modernidade, nas igrejas-comunidades, aquelas isoladas, que não fazem parte de uma “rede denominacional”, encontramos vários líderes que se intitularam apóstolos por uma questão de hierarquia, status e poder. Um dia, esses caras concluíram que o título de pastor já não os satisfazia, então se auto-ordenaram bispos. Tempos depois, havia vários bispos espalhados pelas mais diversas igrejas evangélicas do país (até mesmo em denominações tradicionais, em igrejas que fazem parte de uma rede). Pois bem, havia muitos “iguais”. Então, a necessidade de status, de poder, de exclusividade voltou a aflorar e se auto-ordenaram apóstolos. Quem ordena o apóstolo no cristianismo da pós-modernidade é o próprio candidato, alegando, normalmente, uma visão do além. É claro que não admitem que seja a necessidade de poder que direciona essa “visão”. Pois bem, esses caras, então, nada têm a ver com o que estamos estudando, ou seja, com o conceito de apóstolos, até porque muitos sequer são fundadores de igrejas-comunidades. Talvez, seguindo essa linha da necessidade do status, o próximo passo seja alguém mais ousado e mais cara-de-pau auto-ordenar-se semi-deus. Esses caras, companheiros e companheiras, não têm limites. Não sei até que ponto isso procede, mas outro dia ouvi falar em pai-apóstolo.
Lição 02
03/05/09
O Profeta
REFERÊNCIAS BÍBLICAS: 1 Co 14:24,25,31; 1 Pe 1:10,11; 1 Co 13:2(parte); Ap 22:18,19;
· Mas, se todos profetizarem, e algum indouto ou infiel entrar, de todos é convencido, de todos é julgado.
· Os segredos do seu coração ficarão manifestos, e assim, lançando-se sobre o seu rosto, adorará a Deus, publicando que Deus está verdadeiramente entre vós.
· Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros, para que todos aprendam e todos sejam consolados.
· Da qual salvação inquiriram e trataram diligentemente os profetas que profetizaram da graça que vos foi dada,
· Indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir e a glória que se lhes havia de seguir.
· E ainda que tivesse o dom de profecia... e não tivesse caridade, nada seria.
· Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro;
· E se alguém tirar quaisquer palavra do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida e da Cidade Santa, que estão escritas neste livro.
INTRODUÇÃO
Há inúmeras dúvidas no meio evangélico quanto a natureza do ofício profético. Algumas pessoas, por exemplo, defendem que profeta é apenas um outro nome dado ao “pregador”, sendo, portanto, profetas, todos os verdadeiros pregadores, uma vez que pregar a palavra é o mesmo que profetizar.
Outros defendem que a função primordial do profeta é prever o futuro, não tendo mais nada a realizar. Há ainda aqueles que asseguram que o dever do profeta é conduzir a igreja, inclusive quanto aos seus negócios particulares.
Juntando tudo o que foi dito até agora teríamos um conceito bem próximo daquilo que entendo quanto ao ministério profético, pois compreendemos que cabe ao profeta anunciar a palavra divina, prever o futuro, como no caso da visão apocalíptica e, em alguns casos, orientar a igreja, não guiá-la ou conduzi-la, funções atribuídas ao pastor.
Estudando o assunto no Novo Testamento, entendemos que os profetas exerciam seu ofício em função de um dom carismático, sendo homens de considerável aptidão espiritual, não havendo todavia, evidência de que tal posição dependesse de alguma forma específica de consagração ministerial.
PROFETAS DO NOVO TESTAMENTO
O Novo Testamento registra uma série de nomes de pessoas que exerciam o ministério profético: Barnabé. Simeão Níger, Lúcio de Cirene, Manaém, Saulo, Judas, Silas e Ágabo(At 11:27; 13:1; 15:32; 21:10). Naturalmente os profetas neotestamentários não se limitaram a esses; certamente nem todos foram citados nominalmente.
O PROFETA HOJE
Falando da atualidade do ministério profético, declara o pastor Raimundo F. de Oliveira: “Entendido o significado do ministério profético à luz do contexto histórico do antigo e do Novo Testamento, é perfeitamente admissível que já não há mais alguém que se distinga através dum ministério profético no modelo do ministério exercido pelos profetas dos dois testamentos...”
Ainda quanto ao ministério profético, à luz da Bíblia, não podemos esquecer que o mesmo apresentava um propósito divino preestabelecido, a saber, revelar o propósito de Deus em relação à humanidade. Dessa forma, uma vez encerrado o cânon escriturístico, tal ministério já não seria necessário, uma vez que a Bíblia apresenta todo o propósito divino em relação ao ser humano.
A profecia jamais foi(e não deve ser) exercida com fins diretivos, mas como uma “orientação”, tanto é assim que, no Antigo Testamento, Israel era dirigido por juízes ou reis, não por profetas; estes atuavam como colaboradores. Já no Novo Testamento, a liderança da igreja cabia aos presbíteros(bispos, pastores), não aos profetas, que exerciam um ministério auxiliar.
Ao contrário do que pensam alguns, o principal elemento da profecia não é a predição, mas a edificação, a exortação e a consolação, conforme 1 Co 14:3. É claro que a Bíblia registra uma série de profecias preditivas, algumas já cumpridas, outras a se cumprirem, todavia não se pode resumir a predições o ministério profético.
Apesar de entendermos que a profecia permanece na igreja de hoje, reconhecemos suas funções básicas(edificar, exortar e consolar) como exclusivas, não aceitando qualquer adição, ou seja, novas revelações que venham a ser feitas à revelação bíblica.
O PROFETA COMO PREGADOR
De acordo com o Novo Testamento, profeta é aquele que fala obedecendo ao impulso duma repentina inspiração(1 Co 14:30), diferentemente dos mestres, que exercem um ministério mais lógico, apelando para o raciocínio, enquanto ele, o profeta, apela para a consciência através das emoções; diferente também do evangelista, que mesmo exercendo um ministério emotivo, não ministra por revelação imediata ou momentânea.
Na igreja primitiva, o profeta exercia um papel muito elevado, inclusive na pregação, imprimindo-lhe nota distintiva de autoridade e poder divino, que abalavam o ouvinte, conforme entendemos de 1 Co 14:25. Nisso, foram dignos sucessores de João Batista e dos grandes pregadores-profetas do Antigo Testamento.
CONCLUSÃO
Algumas pessoas, na intenção de determinar o destino de outras, “profetizam” para estas de forma arbitrária, ainda que, às vezes, “bem intencionadas”, como se o dom de profecia fosse uma espécie de premonição ou de clarividência. Assim, nunca é demais lembrar que a profecia bíblica não tem por objetivo determinar o destino das pessoas, promover casamentos ou qualquer coisa parecida.
Entre os nossos irmãos pentecostais há um entendimento de que a profecia deve ser transmitida ao seu destinatário em primeira pessoa, ou seja, O Espírito Santo se “apossa” do profeta e este transmite a mensagem como um porta-voz de Deus falando em primeira pessoa, o que, muitas vezes, causa alguns constrangimentos, especialmente quando esse “profeta” resolve usar tal dom para colocar-se numa posição de superioridade em relação aos demais irmãos e aí valendo-se disso denuncia, aponta, prever punições divinas. Entendemos que a profecia maior é a Palavra de Deus (os companheiros pentecostais também concordam com isso) e que Ele pode levantar homens (seres humanos) para nos transmitir a Sua palavra de um forma direta, específica, particular. Entendemos também que Deus pode revelar algo a determinada pessoa, proporcionar sonhos, mostrar coisas de várias maneiras desde que tudo isso tenha como objetivo abençoar a vida de outros, exortando, consolando e edificando.
Lição 03
17/05/09
O Evangelista
REFERÊNCIAS BÍBLICAS: At 8:26, 27b, 40; 21:8; 8:6-7; 2 Tm 4:5.
· E o anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te e vai para a banda do sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserto;
· E levantou-se e foi...
· E Filipe se achou em Azoto e, indo passando, anunciava o evangelho em todas as cidades, até que chegou a Cesaréia.
· No dia seguinte, partindo dali Paulo e nós que com ele estávamos, chegamos a Cesaréia; e, entrando em casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele.
· E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia,
· Pois que os espíritos imundos saíam de muitos que os tinham, clamando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados.
· Mas tu sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério.
INTRODUÇÃO
A palavra evangelista significa mensageiro de boas novas e aparece no Novo Testamento apenas três vezes(At 21:8; Ef 4:11 e 2 Tm 4:5).
Na igreja primitiva, os evangelistas constituíam um ministério distinto dos apóstolos, profetas, pastores e mestres. O mais destacado evangelista neotestamentário é, sem dúvida alguma, Filipe, que exercia esse ministério paralelamente ao diaconato(At 6:5; 8:26,40).
INTERPRETANDO O MINISTÉRIO DE EVANGELISTA
O conceito popular de evangelista conservou-se próximo da verdade, todavia em muitas igrejas há uma “interpretação” equivocada deste ministério, pois analisando à luz do Novo testamento, é inconcebível a idéia de um evangelista confinado no templo, uma vez que o seu ministério deve ser externo, voltado para a evangelização e salvação das almas. Esse ministério não deve ser entendido como um posto da hierarquia da igreja; deve ser visto sim como um ministério independente, externo, não administrativo e, possivelmente, cumulativo.
O evangelista, nos moldes neotestamentários, é aquele indivíduo portador de um profundo amor pelas almas, que prega o evangelho “em tempo e fora de tempo”, além, é claro, de viver aquilo que prega. Trata-se de uma concessão direta do Senhor. Observamos que Filipe foi eleito pela igreja e ordenado pelos apóstolos como diácono(At 6:5), não foi “comissionado” para evangelizar, no entanto é encontrado exercendo o ministério de evangelista, obtendo grandes resultados.
A coisa funciona assim: evangelizar é missão de todos nós, todavia, algumas pessoas recebem um dom especial para isso, o que implica numa responsabilidade maior em relação a esta comissão. Então é assim: se o meu ministério é o ensino, não estou isento de evangelizar, mas Deus “cobrará” de mim o ensino. Se o seu ministério é a música, você não está isento de evangelizar, mas deverá prestar contas do ministério de louvor. O Evangelista, então, precisa evangelizar porque isso é missão de todos e porque esse é o seu ministério específico. Você já observou que algumas pessoas evangelizam com muito mais facilidade que outras, que criam oportunidades que você nem imaginava que fosse possível, pois é.
PARTICULARIDADES DA VERDADEIRA EVANGELIZAÇÃO
a) Publicidade sobrenatural: milagres de cura e muitos outros sem excessos humanos ou sensacionalismos: Lc 10:9; At 8:6;
b) A palavra é essencial: os milagres chamam a atenção e “prendem” o povo, mas é a pregação da Palavra que converte e salva(At 8:6,12,17). O convite ao arrependimento e a fé deve ter por objetivo movimentar a vontade do pecador e não, simplesmente, provocar emoções. Para exercer tal ministério é indispensável que o evangelista seja portador de outros dons, como, por exemplo, a “palavra da sabedoria”(1 Co 2);
c) Decisão individual: A conversão é um assunto pessoal, é algo que ocorre entre a pessoa e Deus. Cabe ao evangelista levar as almas, individualmente, em multidões (evangelismo em massa) ou não (evangelismo pessoal) a uma resolução pessoal.
O profeta pode mover os corações das multidões e o mestre pode instruí-las, mas cabe ao evangelista compelir, mediante a graça divina, a vontade individual a uma renúncia imediata em favor de Cristo.
LIMITAÇÕES DO MINISTÉRIO DE EVANGELISTA
Não é nenhuma novidade dizer que os vários ministérios concedidos por Cristo dependem uns dos outros e somente através da cooperação entre eles, é possível conseguir alcançar frutos permanentes.
Sabemos que Filipe, por exemplo, apesar de todos os seus dons espirituais, não tinha o “discernimento”; pelo menos é o que entendemos a partir de análise de Atos 8:13, quando ele, ao que parece, batizou Simão por profissão de fé, esquecido do estado do seu coração pecaminoso. Pedro, de imediato, percebeu a dificuldade(8:23). A Felipe também não foi concedido “transmitir o Espírito Santo”(At 8:15), além de não ser-lhe “permitido” ficar em Samaria pastoreando a congregação. Ele avançou em sua jornada evangelizadora(8:26), exercendo um grande ministério, conforme desígnio divino.
Segundo o relato de 2 Timóteo 4:5, Timóteo era portador do ministério evangelístico, no entanto, certamente por conta de uma necessidade local, assumiu a superintendência da igreja de Éfeso, o que não era, ao que parece, sua real vocação, haja vista a recomendação de Paulo: “Faça a obra de um evangelista”, preocupado, naturalmente, com a possibilidade de que tal situação eventual viesse a sufocar sua real chamada, a saber, a obra de evangelista.
Ao evangelista cabe evangelizar independente de separação ou consagração ministerial, uma vez que o dom é uma concessão direta do Espírito Santo, independente de “credencial”.
O Evangelista
REFERÊNCIAS BÍBLICAS: At 8:26, 27b, 40; 21:8; 8:6-7; 2 Tm 4:5.
· E o anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te e vai para a banda do sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserto;
· E levantou-se e foi...
· E Filipe se achou em Azoto e, indo passando, anunciava o evangelho em todas as cidades, até que chegou a Cesaréia.
· No dia seguinte, partindo dali Paulo e nós que com ele estávamos, chegamos a Cesaréia; e, entrando em casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele.
· E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia,
· Pois que os espíritos imundos saíam de muitos que os tinham, clamando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados.
· Mas tu sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério.
INTRODUÇÃO
A palavra evangelista significa mensageiro de boas novas e aparece no Novo Testamento apenas três vezes(At 21:8; Ef 4:11 e 2 Tm 4:5).
Na igreja primitiva, os evangelistas constituíam um ministério distinto dos apóstolos, profetas, pastores e mestres. O mais destacado evangelista neotestamentário é, sem dúvida alguma, Filipe, que exercia esse ministério paralelamente ao diaconato(At 6:5; 8:26,40).
INTERPRETANDO O MINISTÉRIO DE EVANGELISTA
O conceito popular de evangelista conservou-se próximo da verdade, todavia em muitas igrejas há uma “interpretação” equivocada deste ministério, pois analisando à luz do Novo testamento, é inconcebível a idéia de um evangelista confinado no templo, uma vez que o seu ministério deve ser externo, voltado para a evangelização e salvação das almas. Esse ministério não deve ser entendido como um posto da hierarquia da igreja; deve ser visto sim como um ministério independente, externo, não administrativo e, possivelmente, cumulativo.
O evangelista, nos moldes neotestamentários, é aquele indivíduo portador de um profundo amor pelas almas, que prega o evangelho “em tempo e fora de tempo”, além, é claro, de viver aquilo que prega. Trata-se de uma concessão direta do Senhor. Observamos que Filipe foi eleito pela igreja e ordenado pelos apóstolos como diácono(At 6:5), não foi “comissionado” para evangelizar, no entanto é encontrado exercendo o ministério de evangelista, obtendo grandes resultados.
A coisa funciona assim: evangelizar é missão de todos nós, todavia, algumas pessoas recebem um dom especial para isso, o que implica numa responsabilidade maior em relação a esta comissão. Então é assim: se o meu ministério é o ensino, não estou isento de evangelizar, mas Deus “cobrará” de mim o ensino. Se o seu ministério é a música, você não está isento de evangelizar, mas deverá prestar contas do ministério de louvor. O Evangelista, então, precisa evangelizar porque isso é missão de todos e porque esse é o seu ministério específico. Você já observou que algumas pessoas evangelizam com muito mais facilidade que outras, que criam oportunidades que você nem imaginava que fosse possível, pois é.
PARTICULARIDADES DA VERDADEIRA EVANGELIZAÇÃO
a) Publicidade sobrenatural: milagres de cura e muitos outros sem excessos humanos ou sensacionalismos: Lc 10:9; At 8:6;
b) A palavra é essencial: os milagres chamam a atenção e “prendem” o povo, mas é a pregação da Palavra que converte e salva(At 8:6,12,17). O convite ao arrependimento e a fé deve ter por objetivo movimentar a vontade do pecador e não, simplesmente, provocar emoções. Para exercer tal ministério é indispensável que o evangelista seja portador de outros dons, como, por exemplo, a “palavra da sabedoria”(1 Co 2);
c) Decisão individual: A conversão é um assunto pessoal, é algo que ocorre entre a pessoa e Deus. Cabe ao evangelista levar as almas, individualmente, em multidões (evangelismo em massa) ou não (evangelismo pessoal) a uma resolução pessoal.
O profeta pode mover os corações das multidões e o mestre pode instruí-las, mas cabe ao evangelista compelir, mediante a graça divina, a vontade individual a uma renúncia imediata em favor de Cristo.
LIMITAÇÕES DO MINISTÉRIO DE EVANGELISTA
Não é nenhuma novidade dizer que os vários ministérios concedidos por Cristo dependem uns dos outros e somente através da cooperação entre eles, é possível conseguir alcançar frutos permanentes.
Sabemos que Filipe, por exemplo, apesar de todos os seus dons espirituais, não tinha o “discernimento”; pelo menos é o que entendemos a partir de análise de Atos 8:13, quando ele, ao que parece, batizou Simão por profissão de fé, esquecido do estado do seu coração pecaminoso. Pedro, de imediato, percebeu a dificuldade(8:23). A Felipe também não foi concedido “transmitir o Espírito Santo”(At 8:15), além de não ser-lhe “permitido” ficar em Samaria pastoreando a congregação. Ele avançou em sua jornada evangelizadora(8:26), exercendo um grande ministério, conforme desígnio divino.
Segundo o relato de 2 Timóteo 4:5, Timóteo era portador do ministério evangelístico, no entanto, certamente por conta de uma necessidade local, assumiu a superintendência da igreja de Éfeso, o que não era, ao que parece, sua real vocação, haja vista a recomendação de Paulo: “Faça a obra de um evangelista”, preocupado, naturalmente, com a possibilidade de que tal situação eventual viesse a sufocar sua real chamada, a saber, a obra de evangelista.
Ao evangelista cabe evangelizar independente de separação ou consagração ministerial, uma vez que o dom é uma concessão direta do Espírito Santo, independente de “credencial”.
Lição 04
31/05/09
O Mestre
REFERÊNCIAS BÍBLICAS: Jo 17:17; At 11:21-23; 14:21-22; 15:36; 1 Tm 3:2 (parte).
· Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.
· E a mão do Senhor era com eles; e grande número creu e se converteu ao Senhor.
· E chegou a fama destas coisas aos ouvidos da igreja que estava em Jerusalém; e enviaram Barnabé até Antioquia,
· O qual quando chegou e viu a graça de Deus, se alegrou e exortou a todos a que, com firmeza de coração, permanecessem no Senhor.
· E tendo anunciado o evangelho naquela cidade e feito muitos discípulos, voltaram para Listra, e Icônio, e Antioquia,
· Confirmando o ânimo dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos importa entrar no Reino de Deus.
· Alguns dias depois, disse Paulo a Barnabé: Tornemos a visitar nossos irmãos por todas as cidades em que já anunciamos a palavra do Senhor, para ver como estão.
· Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível... apto para ensinar.
INTRODUÇÃO
O ministério de mestre tem singular importância no Novo Testamento, aparecendo, simultaneamente, nas três listas dos dons ministeriais: Rm 12:6-8; 1 Co 12:28 e Ef 4:11, onde encontramos a indicação de que tal ministério unia-se ao de pastor. Assim, o texto de 1 Pe 5:2 exorta os anciãos(=bispos, pastores, presbíteros) a que pastoreiem “o rebanho de Deus” e o texto de 1 Tm 3:2 recomenda que sejam “aptos para ensinar”, de onde concluímos que o pastor deve ser um mestre (observe: pastores e mestres), todavia, o mestre não tem que ser pastor.
No grego, a palavra que se traduz por mestre é didáskalos, usada para designar um ensinador, um doutor ou alguém apto para ensinar. O termo refere-se também àqueles que, com o auxílio do Espírito Santo, foram chamados por Deus para exercer o ministério de ensinar aos crentes os preceitos e mandamentos das Escrituras Sagradas.
QUALIDADES INDISPENSÁVEIS A UM MESTRE
Encontramos em Esdras, no Velho Testamento, um exemplo de mestre: “Porque Esdras tinha disposto o seu coração para buscar a lei do Senhor e para cumprir e para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus juízos.”
Assim como Esdras, o verdadeiro mestre precisa buscar a Lei do Senhor, cumpri-la e ensiná-la. Antes de ensinar é preciso viver a Palavra do Senhor. O discurso do mestre deve refletir aquilo que ele vive; do contrário, seu ministério será um fracasso.
Isso me faz lembrar de uma lenda que conta uma situação atribuída a Buda: uma mãe preocupada com a mania do seu filho comer açúcar, ciente do quanto isso lhe era prejudicial, vai procurar o Buda. Caminha dias para ter com o mestre, espera horas para ser atendida e quando está diante dele, faz seu pedido: “meu filho come muito açúcar e isso lhe faz mal. Nesse particular, ele não me ouve, come escondido, e eu gostaria que você dissesse a ele para que não coma mais açúcar, ele o ouvirá”. Buda olha pra ela com um ar simpático e lhe diz: “volte amanhã ou na próxima semana.” Mas mestre, eu venho de muito longe, caminhamos dias para estar aqui.” Ele diz, com uma certa frieza: “por favor, volte amanhã ou na próxima semana”. Ela volta, todo o sacrifício de novo, mas era pelo bem estar do seu filho, valeria a pena. Quando está diante dele, imaginando que terá uma longa conversa com o seu filho e que o convencerá de não mais comer açúcar, refaz seu pedido. Ele vira para o menino e diz simplesmente: “não coma mais açúcar, isso te faz mal.” A mãe fica frustrada, e pergunta por que ele não fez isso na semana anterior. Ele encara-a e diz: “eu não podia, até aquele dia eu comia açúcar.” É isso, um mestre não pode ensinar aquilo que não vive.
Então, voltando ao ministério cristão, ninguém é mestre por acaso ou, simplesmente, em virtude de habilidade ou inclinação natural. É claro que isso ajuda, mas acima de qualquer coisa é indispensável o dom do Espírito Santo. Hoje sabemos de muitas pessoas que ensinam nas igrejas apenas porque possuem formação superior, faltando-lhes, porém, o dom; em consequência, seus ensinos, muitas vezes, são secos ou conduzem a divisões, quando deveriam conduzir à reflexão, ao questionamento. Ora, nenhum ministério com o poder do Espírito Santo pode ser árido, muito pelo contrário, dele “fluirão rios de água viva”(Jo 7:38).
O ministério de Apolo é descrito pelo apóstolo Paulo como irrigação(1 Co 3:6), o que acontece com todo o ensino resultante de um dom espiritual. Segundo o texto de Atos 18:27, ele “muito auxiliou aqueles que mediante a graça haviam crido.”
O VALOR E A NECESSIDADE DE MESTRES
O ministério do ensino tem sido, frequentemente, subestimado por muitas lideranças evangélicas, o que acarreta, automaticamente, inúmeros prejuízos à obra de Deus.
Qualquer grande campanha de evangelização terá seus resultados comprometidos se não houver um trabalho continuativo desenvolvido por pastores e mestres, ministérios igualmente essenciais. Os apóstolos, por exemplo, davam especial atenção às necessidades dos novos convertidos quanto ao ensino da Palavra, como observamos nas referências bíblicas introdutórias desta lição.
Muitos têm errado, não avaliando devidamente o trabalho do mestre e interpretando indevidamente o texto de 1 João 2:27 (“E a unção que vós recebestes dele, fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim nele permanecereis”), julgando ser desnecessário o trabalho do mesmo em relação àqueles que receberam a plenitude do Espírito Santo. Ora, o texto em questão, aliás, nenhum texto pode ser tomado isoladamente. No contexto, o que João está querendo dizer é que “os crentes que receberam a unção estão capacitados para separar os bons dos falsos mestres, podendo receber essa revelação pessoal vinda diretamente do Espírito de Deus acerca da verdade que faz parte de suas próprias vidas em Cristo.”
TENTAÇÕES NO CAMINHO DE UM MESTRE
O fato de alguém ser portador de conhecimento bíblico, fundamento do ministério de ensino, pode levá-lo à tentação do orgulho(1 Co 8:1), o que deve ser evitado a todo custo. O maior sinal da verdadeira grandeza de um mestre está no fato dele, mesmo tendo um verdadeiro conhecimento da Palavra e dos caminhos de Deus, ter a simplicidade de uma criança e uma profunda humildade, tudo isso sem hipocrisia.
Em seu livro “Os Dons do Ministério de Cristo”, declara Donald Gee: “Quando um mestre deixa de ser aprendiz, recusando dar o devido peso e valor à luz e à experiência outorgadas também a outros, quando se jacta de sua doutrina, recusando-se submetê-la à aprovação de todo o corpo de Cristo, torna-se, positivamente, perigoso.”
O verdadeiro mestre está sempre pronto e aberto para receber novos vislumbres da verdade, bem como para atualizar-se constantemente, reequipando o seu ministério, jamais sentindo-se satisfeito com o seu conhecimento, buscando sempre mais, todavia, não tornando-se cético, pois “o verdadeiro mestre é aquele que, havendo recebido o dom, não deixou de receber também a graça de nosso Senhor Jesus Cristo.”
Lição 05
O Mestre
REFERÊNCIAS BÍBLICAS: Jo 17:17; At 11:21-23; 14:21-22; 15:36; 1 Tm 3:2 (parte).
· Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.
· E a mão do Senhor era com eles; e grande número creu e se converteu ao Senhor.
· E chegou a fama destas coisas aos ouvidos da igreja que estava em Jerusalém; e enviaram Barnabé até Antioquia,
· O qual quando chegou e viu a graça de Deus, se alegrou e exortou a todos a que, com firmeza de coração, permanecessem no Senhor.
· E tendo anunciado o evangelho naquela cidade e feito muitos discípulos, voltaram para Listra, e Icônio, e Antioquia,
· Confirmando o ânimo dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos importa entrar no Reino de Deus.
· Alguns dias depois, disse Paulo a Barnabé: Tornemos a visitar nossos irmãos por todas as cidades em que já anunciamos a palavra do Senhor, para ver como estão.
· Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível... apto para ensinar.
INTRODUÇÃO
O ministério de mestre tem singular importância no Novo Testamento, aparecendo, simultaneamente, nas três listas dos dons ministeriais: Rm 12:6-8; 1 Co 12:28 e Ef 4:11, onde encontramos a indicação de que tal ministério unia-se ao de pastor. Assim, o texto de 1 Pe 5:2 exorta os anciãos(=bispos, pastores, presbíteros) a que pastoreiem “o rebanho de Deus” e o texto de 1 Tm 3:2 recomenda que sejam “aptos para ensinar”, de onde concluímos que o pastor deve ser um mestre (observe: pastores e mestres), todavia, o mestre não tem que ser pastor.
No grego, a palavra que se traduz por mestre é didáskalos, usada para designar um ensinador, um doutor ou alguém apto para ensinar. O termo refere-se também àqueles que, com o auxílio do Espírito Santo, foram chamados por Deus para exercer o ministério de ensinar aos crentes os preceitos e mandamentos das Escrituras Sagradas.
QUALIDADES INDISPENSÁVEIS A UM MESTRE
Encontramos em Esdras, no Velho Testamento, um exemplo de mestre: “Porque Esdras tinha disposto o seu coração para buscar a lei do Senhor e para cumprir e para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus juízos.”
Assim como Esdras, o verdadeiro mestre precisa buscar a Lei do Senhor, cumpri-la e ensiná-la. Antes de ensinar é preciso viver a Palavra do Senhor. O discurso do mestre deve refletir aquilo que ele vive; do contrário, seu ministério será um fracasso.
Isso me faz lembrar de uma lenda que conta uma situação atribuída a Buda: uma mãe preocupada com a mania do seu filho comer açúcar, ciente do quanto isso lhe era prejudicial, vai procurar o Buda. Caminha dias para ter com o mestre, espera horas para ser atendida e quando está diante dele, faz seu pedido: “meu filho come muito açúcar e isso lhe faz mal. Nesse particular, ele não me ouve, come escondido, e eu gostaria que você dissesse a ele para que não coma mais açúcar, ele o ouvirá”. Buda olha pra ela com um ar simpático e lhe diz: “volte amanhã ou na próxima semana.” Mas mestre, eu venho de muito longe, caminhamos dias para estar aqui.” Ele diz, com uma certa frieza: “por favor, volte amanhã ou na próxima semana”. Ela volta, todo o sacrifício de novo, mas era pelo bem estar do seu filho, valeria a pena. Quando está diante dele, imaginando que terá uma longa conversa com o seu filho e que o convencerá de não mais comer açúcar, refaz seu pedido. Ele vira para o menino e diz simplesmente: “não coma mais açúcar, isso te faz mal.” A mãe fica frustrada, e pergunta por que ele não fez isso na semana anterior. Ele encara-a e diz: “eu não podia, até aquele dia eu comia açúcar.” É isso, um mestre não pode ensinar aquilo que não vive.
Então, voltando ao ministério cristão, ninguém é mestre por acaso ou, simplesmente, em virtude de habilidade ou inclinação natural. É claro que isso ajuda, mas acima de qualquer coisa é indispensável o dom do Espírito Santo. Hoje sabemos de muitas pessoas que ensinam nas igrejas apenas porque possuem formação superior, faltando-lhes, porém, o dom; em consequência, seus ensinos, muitas vezes, são secos ou conduzem a divisões, quando deveriam conduzir à reflexão, ao questionamento. Ora, nenhum ministério com o poder do Espírito Santo pode ser árido, muito pelo contrário, dele “fluirão rios de água viva”(Jo 7:38).
O ministério de Apolo é descrito pelo apóstolo Paulo como irrigação(1 Co 3:6), o que acontece com todo o ensino resultante de um dom espiritual. Segundo o texto de Atos 18:27, ele “muito auxiliou aqueles que mediante a graça haviam crido.”
O VALOR E A NECESSIDADE DE MESTRES
O ministério do ensino tem sido, frequentemente, subestimado por muitas lideranças evangélicas, o que acarreta, automaticamente, inúmeros prejuízos à obra de Deus.
Qualquer grande campanha de evangelização terá seus resultados comprometidos se não houver um trabalho continuativo desenvolvido por pastores e mestres, ministérios igualmente essenciais. Os apóstolos, por exemplo, davam especial atenção às necessidades dos novos convertidos quanto ao ensino da Palavra, como observamos nas referências bíblicas introdutórias desta lição.
Muitos têm errado, não avaliando devidamente o trabalho do mestre e interpretando indevidamente o texto de 1 João 2:27 (“E a unção que vós recebestes dele, fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim nele permanecereis”), julgando ser desnecessário o trabalho do mesmo em relação àqueles que receberam a plenitude do Espírito Santo. Ora, o texto em questão, aliás, nenhum texto pode ser tomado isoladamente. No contexto, o que João está querendo dizer é que “os crentes que receberam a unção estão capacitados para separar os bons dos falsos mestres, podendo receber essa revelação pessoal vinda diretamente do Espírito de Deus acerca da verdade que faz parte de suas próprias vidas em Cristo.”
TENTAÇÕES NO CAMINHO DE UM MESTRE
O fato de alguém ser portador de conhecimento bíblico, fundamento do ministério de ensino, pode levá-lo à tentação do orgulho(1 Co 8:1), o que deve ser evitado a todo custo. O maior sinal da verdadeira grandeza de um mestre está no fato dele, mesmo tendo um verdadeiro conhecimento da Palavra e dos caminhos de Deus, ter a simplicidade de uma criança e uma profunda humildade, tudo isso sem hipocrisia.
Em seu livro “Os Dons do Ministério de Cristo”, declara Donald Gee: “Quando um mestre deixa de ser aprendiz, recusando dar o devido peso e valor à luz e à experiência outorgadas também a outros, quando se jacta de sua doutrina, recusando-se submetê-la à aprovação de todo o corpo de Cristo, torna-se, positivamente, perigoso.”
O verdadeiro mestre está sempre pronto e aberto para receber novos vislumbres da verdade, bem como para atualizar-se constantemente, reequipando o seu ministério, jamais sentindo-se satisfeito com o seu conhecimento, buscando sempre mais, todavia, não tornando-se cético, pois “o verdadeiro mestre é aquele que, havendo recebido o dom, não deixou de receber também a graça de nosso Senhor Jesus Cristo.”
Lição 05
14/06/09
O Diaconato e outros dons de serviço
REFERÊNCIAS BÍBLICAS: At 6:3; 1 Tm 3:8-13; Rm 16:1.
· Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio.
· Da mesma sorte os diáconos sejam honestos, não de língua dobre, não dados a muito vinho, não cobiçosos de torpe ganância,
· Guardando o mistério da fé em uma pura consciência.
· E também estes sejam primeiro provados, depois sirvam, se forem irrepreensíveis.
· Da mesma sorte as mulheres sejam honestas, não maldizentes, sóbrias e fiéis em tudo.
· Os diáconos sejam maridos de uma mulher e governem bem seus filhos e suas próprias casas.
· Porque os que servirem bem como diáconos adquirirão para si uma boa posição e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus.
· Recomendo-vos, pois, Febe, nossa irmã, a qual serve na igreja que está em Cencréia
INTRODUÇÃO
A palavra diácono vem do grego diákonos , que significa, geralmente, servo, servidor, servente (Jo 2:5; Mt 22:13). Conforme o contexto de Atos 6:1-4, o diácono é alguém encarregado de servir.
ORIGEM E ATUALIDADE DO MINISTÉRIO DIACONAL
O Diaconato e outros dons de serviço
REFERÊNCIAS BÍBLICAS: At 6:3; 1 Tm 3:8-13; Rm 16:1.
· Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio.
· Da mesma sorte os diáconos sejam honestos, não de língua dobre, não dados a muito vinho, não cobiçosos de torpe ganância,
· Guardando o mistério da fé em uma pura consciência.
· E também estes sejam primeiro provados, depois sirvam, se forem irrepreensíveis.
· Da mesma sorte as mulheres sejam honestas, não maldizentes, sóbrias e fiéis em tudo.
· Os diáconos sejam maridos de uma mulher e governem bem seus filhos e suas próprias casas.
· Porque os que servirem bem como diáconos adquirirão para si uma boa posição e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus.
· Recomendo-vos, pois, Febe, nossa irmã, a qual serve na igreja que está em Cencréia
INTRODUÇÃO
A palavra diácono vem do grego diákonos , que significa, geralmente, servo, servidor, servente (Jo 2:5; Mt 22:13). Conforme o contexto de Atos 6:1-4, o diácono é alguém encarregado de servir.
ORIGEM E ATUALIDADE DO MINISTÉRIO DIACONAL
O ministério diaconal foi instituído pela igreja neotestamentária em virtude da crise surgida no atendimento às necessidades materiais das viúvas pobres que viviam sob os cuidados da igreja em Jerusalém.
O diácono da igreja atual exerce funções, de certa forma, diferentes daquelas exercidas pelo diácono da igreja primitiva, que tinha seu ministério afeto a assistência social, atividade, atualmente, desenvolvida pela MCA ou por um ministério específico de Ação Social. São as irmãs “diaconisas”, embora, muitas vezes, não reconhecidas oficialmente. Por outro lado, o livro de Atos sugere que a função do diácono não era limitada ao serviço material, podendo, portanto, militarem em outras áreas do ministério, como é o caso, por exemplo, de Filipe e Estêvão.
Aquele que é chamado (vocacionado) para o diaconato deve exercer seu ministério com dedicação, consciente de que as funções ministeriais não devem ser galgadas por promoção, tempo de casa ou qualquer outro motivo que não seja a vocação, a chamada específica para tal ministério.
PODE UMA MULHER EXERCER O DIACONATO?
Respondemos examinando o caso de FEBE, uma diaconisa dos dias do Novo Testamento. Como observamos nas referências bíblicas desta lição, ela é citada nominalmente pelo apóstolo Paulo (na mesma passagem ele cita mais 7 mulheres). O texto indica que ela desempenhava a função de diácono, talvez por falta de elementos do sexo masculino ou, simplesmente, por competência mesmo e por vocação divina. Febe ministrava aos pobres, aos enfermos e aos necessitados, além de prestar assistência a missionários, como aconteceu em relação ao próprio Paulo.
O OBREIRO COMO EXEMPLO DOS FIÉIS
Enquanto obreiro do Senhor, o diácono, assim como os demais obreiros, precisa ser exemplo dos fiéis, mantendo um excelente testemunho cristão. Ninguém aceitará o seu ministério se o seu modo de vida não for condizente com aquilo que recomenda a Palavra de Deus.
Um obreiro do Senhor não pode, em hipótese alguma:
· Envolver-se com brigas;
· Fazer dívidas acima do seu orçamento, ficando impossibilitado de quitá-las;
· Permitir que seu nome permaneça no cadastro de inadimplentes do SPC, SERASA, Banco Central ou outra instituição;
· Envolver-se com fofocas, maledicências ou confusões;
· Ser visto pela comunidade na qual está inserido como desordeiro, falso, hipócrita, mesquinho, etc...
· Se casado, trair o cônjuge; se solteiro, ser inconsequente, namorando mais de uma pessoa ao mesmo tempo;
· Ser uma pedra de tropeço para o evangelho.
CONCLUSÃO
Como vimos nas referências bíblicas desta lição, os diáconos precisam ser primeiro provados para que se aprovados possam servir. Assim, se o candidato não atende às exigências apresentadas, se ele de fato não é um modelo para os demais, jamais poderá exercer o diaconato.
OUTROS DONS
Socorro – Aqueles dotados por Deus para várias modalidades específicas de auxílio. Pessoas que se manifestam nas mais diversas situações para ajudar o outro e sentem imenso prazer nisso.
Administrador – Aqueles dotados por Deus para orientar e supervisionar atividades diversas da igreja. Nem sempre o pastor é um administrador em potencial. Alguns precisam do auxílio específico de um portador desse dom para que as coisas fluam plenamente no campo administrativo da igreja, na parte burocrática da coisa.
Exortador – Aqueles dotados por Deus para motivar outros cristãos a uma fé mais profunda em Cristo, a uma maior dedicação a Ele, a uma manifestação mais plena do fruto do Espírito Santo e a uma separação mais completa do “mundo”. Essas pessoas falam determinadas coisas para outra pessoa de uma forma que pode nos deixar chocados, mas depois vemos o resultado na vida do outro irmão e entendemos que aquele companheiro falou com autoridade divina.
Doador – Aqueles dotados por Deus para darem liberalmente dos seus recursos para as necessidades do povo de Deus. Essas pessoas são fantásticas. Eu já vi uma criatura dessas dividir com outro seus últimos dez reais e ficar satisfeito, feliz da vida com a ação. É muito fofo.
Consolador – Aqueles dotados por Deus para consolar os aflitos mediante atos de misericórdia. Essas criaturas falam as palavras certas nas horas certas e é uma belezura.
Lição 06
21/06/09
O Pastor
REFERÊNCIAS BÍBLICAS: 1 Tm 3:1-7; 1 Pe 5:2-4.
· Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja.
· Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar;
· Não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento;
· Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia
· (porque se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?);
· Não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo.
· Convém, também, que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em afronta e no laço do diabo.
· Aos presbíteros que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há de revelar:
· Apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto;
· Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho.
· E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória.
INTRODUÇÃO
Dentre os ministérios cristãos, o pastorado, sem dúvida alguma, é o mais conhecido. O vocábulo grego traduzido por pastor significa, simplesmente, guardador de ovelhas. Nesse contexto, o próprio Jesus é considerado o maior exemplo de verdadeiro pastor(Jo 10:11; Hb 13:20; 1 Pe 2:25; 5:4).
A necessidade de pastores surgiu quando os crentes do Novo Testamento começaram a se reunir em igrejas e assembléias locais (1 Ts 2:24). O pastor precisava residir no local há algum tempo. Não podia ser como o apóstolo, que se deslocava, constantemente, para um lado e para outro. Assim, as primeiras igrejas foram entregues aos cuidados de anciãos locais(At 11:30; 14:23; 20:17,28), que deveriam ser homens mais idosos, os quais graças a sua posição e a sua experiência, estavam habilitados para tal responsabilidade.
ANCIÃO, PRESBÍTERO, BISPO OU PASTOR?
A palavra ancião ou presbítero (do grego presbúteros) referia-se à idade e a posição deles. Já o termo bispo (do grego episkopos) definia algo mais oficial relacionado à liderança, superintendente ou supervisor (At 20:28; Fp 1:1; 1 Tm 3:1-7; Tt 1:7-9). Cabia, portanto, ao ancião, bispo ou presbítero GOVERNAR, exercendo paralelamente o ministério da palavra (1 Tm 5:17) – “pastores e mestres”-, alimentando o rebanho(1 Pe 5:2).
É sabido que alguns desses anciãos continuavam exercendo suas ocupações e seus negócios costumeiros; outros, todavia, eram sustentados pelas assembléias, haja vista o fato de dedicarem-se exclusivamente ao ministério, não tendo, portanto, outra “fonte de renda”, dedicando todo o tempo ao cuidado do rebanho.
Pedro adverte que o motivo do ministério pastoral não deve ser a “sórdida ganância”(1 Pe 5:2). O apóstolo Paulo, por outro lado, declara que não se deve amordaçar “o boi quando pisa o grão”, porque o trabalhador é digno de seu salário(1 Tm 5:18). O verso 17 fala de “duplicada honra”, “pagamento dobrado” ou “dobrados honorários”, conforme versões diversas, trazendo a idéia de recompensa por serviço feito, pois se “afadigam na palavra e no ensino.”
ATRIBUIÇÕES PASTORAIS
· Supervisão das reuniões cristãs, de modo que todas as coisas sejam feitas “com decência e ordem”: 1 Co 14:40;
· Zelar pela conservação e aplicação da sã doutrina: Tt 1:9;
· Defender o rebanho dos lobos e dos falsos profetas: Tt 1:11; 2 Pe 2:1;
· Ministração pessoal aos membros, conforme necessidade de cada um: Tg 5:14;
· Assistência amorosa a todas as almas: Mt 24:45; Hb 13:17;
· Alimentar o rebanho: At 20:28; 1 Pe 5:2;
· Visitação: At 20:20;
É bom lembrar que nem todo brilhante pregador, mestre ou evangelista tem que ser um bom pastor, uma vez que “há diversidade de dons” e que cada ministério requer uma vocação específica.
O que nós temos hoje, em muitas de nossas igrejas, é o foco de alguns companheiros no ministério pastoral, mesmo quando não são vocacionados para isso. Conheço casos de grandes mestres que foram ordenados ao pastorado e que exerceram esse ministério de forma medíocre, pois não “permaneceram na vocação para a qual foram chamados”. Temos também o outro lado. Isso acontece, principalmente, em seminários teológicos. Entendem alguns que grandes pastores têm por obrigação ser excelentes professores (mestres) e nem sempre isso acontece. Eu, particularmente, acho lindo o ministério pastoral, mas não me vejo, nem nos meus maiores devaneios, exercendo-o.
Penso que o que leva alguns mestres convictos a desejarem o ministério pastoral do qual não têm convicção é o status, a identidade, a credencial de pastor com todas as suas prerrogativas, coisa que o mestre não tem.
Felizes são as igrejas que têm pastores fiéis a velar por suas almas e mestres convictos e aplicados a assessorá-los.
MODELOS PASTORAIS DO NOVO TESTAMENTO
· Tiago: At 15:13; 21:18;
· Barnabé: At 11:22-26; 4:36; 9:27;
· Paulo, que teve esse ministério superado pelo apostolado, sendo auxiliado por Timóteo: 1 Tm 1:3; 4:11-16;
Vale lembrar aqui os anjos das sete igrejas do Apocalipse(capítulos 2 e 3), ministros ou mensageiros, ou seja, pastores.
MINISTÉRIO PASTORAL: RENÚNCIA E PRIVILÉGIOS
O ministério pastoral por tudo o que envolve exige, daquele que é chamado, renúncia. Hoje, porém, muitos buscam privilégios, regalias, dinheiro... e ainda outros ousam envolver-se com política partidária, comprometendo o ministério da igreja, o seu bom nome e a sua confiabilidade, exercendo, assim, o pastorado como se fosse uma profissão lucrativa, exigindo salários totalmente fora da realidade de sua comunidade.
“O bom pastor é aquele que dá a vida pelas ovelhas”(Jo 10:11). Todo aquele que ocupa o cargo pastoral visando ao seu próprio benefício, a sua posição ou fama, nega o ofício sagrado. Que sejam fiéis e abnegados os nossos pastores, dos quais o Senhor possa dizer: “Pastores segundo o meu coração, que vos apascentam com conhecimento e com inteligência”(Jr 3:15). Isso é um privilégio impagável.
Lição 07
12/07/09
DONS DO ESPÍRITO SANTO
TEXTOS BÍBLICOS
“A respeito dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes.” – 1 Co 12:1;
“ ... entretanto, procurai com zelo, os melhores dons.” – 1 Co 12:31;
“... como desejais dons espirituais, procurai abundar neles, para edificação da igreja.”
VISÃO GERAL
Os dons espirituais são meios pelos quais o Espírito revela o poder e a sabedoria de Deus através de instrumentos humanos que os recebem e que devem usá-los para a edificação do corpo de Cristo, a igreja.
O termo DOM vem do grego CHARISMA, “habilitação do favor e da graça de Deus.”
Os dons espirituais mencionados em 1 Co 12:1-11 podem ser classificados em três grupos:
1. DONS DE REVELAÇÃO:
- Palavra da sabedoria;
- Palavra do conhecimento;
- Discernimento de espírito;
2. DONS DE PODER:
- O dom da fé;
- Operação de milagres;
- Os dons de curar.
3. DONS DE ELOCUÇÃO:
- Profecia;
- Variedade de línguas;
- Interpretação de línguas;
O Novo Testamento apresenta três relações de dons espirituais: 1 Co 12:1-11; Rm 12:3-8; Ef 4:11-12.
ANÁLISE DOS DONS
1.Palavra da Sabedoria
“Porque a um é dada, mediante o Espírito, a palavra da sabedoria.”
“O dom da palavra da sabedoria se baseia no fato de que Deus, na sua presciência, tem perante si fatos e ocorrências da terra e do céu, do presente e do futuro, do tempo e da eternidade.”
“Este dom é uma palavra (proclamação, declaração) de sabedoria, dada por Deus através da revelação do Espírito Santo para satisfazer a necessidade de solução de um problema particular.”
É a revelação sobrenatural dos propósitos de Deus através do Espírito Santo;
É a declaração da mente e da vontade de Deus;
É a revelação dos planos divinos para certas coisas, pessoas, lugares, povos, nações...
Manifestações
DONS DO ESPÍRITO SANTO
TEXTOS BÍBLICOS
“A respeito dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes.” – 1 Co 12:1;
“ ... entretanto, procurai com zelo, os melhores dons.” – 1 Co 12:31;
“... como desejais dons espirituais, procurai abundar neles, para edificação da igreja.”
VISÃO GERAL
Os dons espirituais são meios pelos quais o Espírito revela o poder e a sabedoria de Deus através de instrumentos humanos que os recebem e que devem usá-los para a edificação do corpo de Cristo, a igreja.
O termo DOM vem do grego CHARISMA, “habilitação do favor e da graça de Deus.”
Os dons espirituais mencionados em 1 Co 12:1-11 podem ser classificados em três grupos:
1. DONS DE REVELAÇÃO:
- Palavra da sabedoria;
- Palavra do conhecimento;
- Discernimento de espírito;
2. DONS DE PODER:
- O dom da fé;
- Operação de milagres;
- Os dons de curar.
3. DONS DE ELOCUÇÃO:
- Profecia;
- Variedade de línguas;
- Interpretação de línguas;
O Novo Testamento apresenta três relações de dons espirituais: 1 Co 12:1-11; Rm 12:3-8; Ef 4:11-12.
ANÁLISE DOS DONS
1.Palavra da Sabedoria
“Porque a um é dada, mediante o Espírito, a palavra da sabedoria.”
“O dom da palavra da sabedoria se baseia no fato de que Deus, na sua presciência, tem perante si fatos e ocorrências da terra e do céu, do presente e do futuro, do tempo e da eternidade.”
“Este dom é uma palavra (proclamação, declaração) de sabedoria, dada por Deus através da revelação do Espírito Santo para satisfazer a necessidade de solução de um problema particular.”
É a revelação sobrenatural dos propósitos de Deus através do Espírito Santo;
É a declaração da mente e da vontade de Deus;
É a revelação dos planos divinos para certas coisas, pessoas, lugares, povos, nações...
Manifestações
Na vida de José: Gn 41:16, 25, 38; At 7:10;
Na vida de Salomão: 1 Rs 3:12; 4:29;
Na vida de uma anônima: 2 Sm 20:16-22;
No ministério de Jesus:
- na resposta aos seus inimigos: Mt 21:23-27;
- na questão do tributo: Mt 22:17-22;
- na resposta à mulher samaritana: Jo 4:20-24;
2. Palavra do Conhecimento
“Consiste na revelação de algum fato que existe na mente de Deus, mas que o homem, devido às suas naturais limitações, não pode conhecer, a não ser que o Espírito Santo lhe revele.”
É um fragmento do conhecimento divino;
É a revelação de ações e fatos que se baseiam no perfeito conhecimento de Deus.
Manifestações
para avisar um rei sobre o plano inimigo: 2 Rs 6:8-12;
para desmascarar um hipócrita: 2 Rs 5:20-27;
para descobrir um homem que se escondia: 1 Sm 9:15-20; 10:22;
para revelar uma rainha que se disfarçava: 1 Rs 14:6;
Pedro é advertido: Lc 22:31-34;
Paulo é avisado: At 27:9-10;
Ananias é desmascarado: At 5:3-4;
Natanael é contemplado: Jo 1:47-48;
Ananias é revelado: At 9:10-12;
No ministério de Jesus:
- moeda dentro de um peixe: Mt 17:27;
- um cenáculo mobiliado: Mc 14:15,16;
- um jumentinho preso: Mc 11:2,3;
- uma mulher que tinha cinco maridos: Jo 4:17-19;
- um homem em cima da árvore: Lc 19:5
3. Discernimento de espírito
“O dom de discernimento de espíritos nos habilita a conhecermos o espírito que opera. É claro que em qualquer situação, somente um dos três espíritos pode agir: O Espírito Santo, o humano ou o maligno.”
“Discernir é detectar; saber discernir que tipo de espírito está atuando. Do grego diakrisis, a palavra discernir significa julgar através de, distinguir, e tem o sentido de penetrar por baixo da superfície, desmascarando e/ou descobrindo a verdadeira fonte dos motivos e da animação.”
Não é habilidade para descobrir faltas alheias;
Nada tem a ver com leitura de pensamento ou com qualquer fenômeno parapsicológico.
Usado para desmascarar os que pelo poder de satanás tentam operar milagres, como em 2 Ts 2:9.
Lição 08
19/07/09
DONS DO ESPÍRITO SANTO II
4. O Dom da Fé
“A fé é como uma chave que Deus põe em nossas mãos, com a qual podemos abrir todos os tesouros de Deus e liberar todas as suas promessas.”
Manifestações
No ministério de Elias: 1 Rs 18:41-46;
Na vida de homens judeus: Hb 11:33,34.
5. Dons de Curar
Alguns companheiros acreditam que como são diferentes os tipos de enfermidades, então há um dom de cura para cada uma delas. Usam esse argumento para justificar o plural (dons). Sendo isso ou não, é um dom atual disponível para o bem estar físico da igreja. O que não pode acontecer é o portador desse dom sentir-se um curandeiro e agir como tal.
Manifestações
Na vida de Pedro: At 3:6,7;
Na vida de Filipe: At 8:5-7;
Na vida de Paulo: At 14:8-10;
No ministério de Jesus:
- a cura de um paralítico: Lc 5:24;
- a cura de um hidrópico: Lc 14:1-6;
- a cura de um cego: Mc 10:46-52;
- Jesus curava a todos: At 10:38.
Na igreja:
- Curai os enfermos: Mt 10:8;
- Porão as mãos sobre os enfermos e os curarão: Mc 16:18-20;
- A oração da fé salvará o doente: Tg 5:14;
- E muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo: At 5:11,12;
6. Operação de Milagres
“A operação de milagres é um dom de poder. É tão estupendo que se torna inconcebível à mente finita do homem.”
Segundo Gordon Chovn, “o milagre é a intervenção sobrenatural na função normal da natureza; a suspensão temporária da ordem habitual; a interrupção do sistema natural observado pelos homens.”
Manifestações:
No ministério de Josué: Js 3:13,17; 10:12;
No ministério de Elias: 2 Rs 1:9-14; 2:8;
No ministério de Elizeu: 2 Rs 6:1-7; 4:38;
No ministério de Samuel: 1 Sm 7:9-12;
No ministério de Moisés: Ex 7:20,21; 8:5,6,17; 14:21-26; 17:5-7;
No ministério de Jesus: Mt 8:23-27; Jo 11:41-44; Lc 7:11-16; Mt 14:13-32;
Na vida de Paulo: At 13:8-12; 16:25-26; 19:1;
Na vida de Pedro: At 5:14-16; 9:32-35; 3:1-6;
Na vida de Isaías: Is 38:7-8;
Na igreja: Mc 16:17,18.
7. Variedade de línguas
“É a expressão falada e sobrenatural duma língua nunca estudada pela pessoa que fala; uma palavra enunciada pelo poder do Espírito Santo, não compreendida por quem fala e, usualmente, incompreensível para o ouvinte.”
É um meio divino para edificação individual: 1 Co 14:4;
É uma conversa com Deus: 1 Co 14:2,28.
O Aurélio define a palavra glossolalia como um dom sobrenatural de falar línguas desconhecidas.
Os nossos irmãos pentecostais registram duas situações diferentes quanto ao falar em línguas. Paul A. Hamar, em seu comentário sobre 1 Coríntios, afirma: “Existe uma diferença reconhecida entre as línguas como evidência do batismo com o Espírito Santo e em oração individual, e as línguas como um dom. A diferença é basicamente de propósito: a pessoa edifica seu próprio espírito, no primeiro caso, e no outro, edifica a congregação.”
Os que possuem o dom de línguas podem aplicá-lo para falar com Deus em louvor, orar ou cantar no Espírito, ou falar na congregação; todavia, o falar em línguas em público precisa ser interpretado.
Sei que há muitas divergências teológicas quanto ao falar em línguas. Muitos evangélicos sequer admitem tal possibilidade e alguns grupos, diante do registro bíblico e diante da necessidade de dar um parecer sobre o texto explicam que falar do evangelho é falar uma língua estranha para a sociedade. Esta afirmação é até razoável, mas nem com muito boa vontade dá pra encaixar no contexto de 1 Coríntios. Pois é, muitas vezes preferimos pular esta parte da Bíblia, evitar falar sobre isso, fazer de conta que não há um registro bíblico a respeito e isso não é legal. Mesmo que tenhamos dificuldade de entender este dom, o registro está lá, não dá pra ignorar, e pessoas que nunca estudaram um outro idioma estão por aí falando línguas.
Há abusos, claro, infantilidades até, equívocos, mas negar, não podemos, não posso. Muito pelo contrário, pelo que tenho observado nas igrejas evangélicas brasileiras, está rolando uma tendência muito forte a “pentecostalização” em muitas delas, inclusive nas igrejas batistas, o que já gerou, há anos atrás um rótulo de igreja batista renovada. Enfim, é melhor analisar este assunto com bastante carinho e sem preconceitos.
8. Interpretação das línguas
“A interpretação de línguas é a manifestação pelo Espírito do sentido de uma expressão ou mensagem em outra língua. Esta interpretação não é operação da mente do intérprete, mas sim da mente do Espírito de Deus.”
Interpretação é uma locução inspirada;
A interpretação emana do Espírito e não da mente humana;
O dom de interpretação é o único que depende de outro.
Lição 09
DONS DO ESPÍRITO SANTO II
4. O Dom da Fé
“A fé é como uma chave que Deus põe em nossas mãos, com a qual podemos abrir todos os tesouros de Deus e liberar todas as suas promessas.”
Manifestações
No ministério de Elias: 1 Rs 18:41-46;
Na vida de homens judeus: Hb 11:33,34.
5. Dons de Curar
Alguns companheiros acreditam que como são diferentes os tipos de enfermidades, então há um dom de cura para cada uma delas. Usam esse argumento para justificar o plural (dons). Sendo isso ou não, é um dom atual disponível para o bem estar físico da igreja. O que não pode acontecer é o portador desse dom sentir-se um curandeiro e agir como tal.
Manifestações
Na vida de Pedro: At 3:6,7;
Na vida de Filipe: At 8:5-7;
Na vida de Paulo: At 14:8-10;
No ministério de Jesus:
- a cura de um paralítico: Lc 5:24;
- a cura de um hidrópico: Lc 14:1-6;
- a cura de um cego: Mc 10:46-52;
- Jesus curava a todos: At 10:38.
Na igreja:
- Curai os enfermos: Mt 10:8;
- Porão as mãos sobre os enfermos e os curarão: Mc 16:18-20;
- A oração da fé salvará o doente: Tg 5:14;
- E muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo: At 5:11,12;
6. Operação de Milagres
“A operação de milagres é um dom de poder. É tão estupendo que se torna inconcebível à mente finita do homem.”
Segundo Gordon Chovn, “o milagre é a intervenção sobrenatural na função normal da natureza; a suspensão temporária da ordem habitual; a interrupção do sistema natural observado pelos homens.”
Manifestações:
No ministério de Josué: Js 3:13,17; 10:12;
No ministério de Elias: 2 Rs 1:9-14; 2:8;
No ministério de Elizeu: 2 Rs 6:1-7; 4:38;
No ministério de Samuel: 1 Sm 7:9-12;
No ministério de Moisés: Ex 7:20,21; 8:5,6,17; 14:21-26; 17:5-7;
No ministério de Jesus: Mt 8:23-27; Jo 11:41-44; Lc 7:11-16; Mt 14:13-32;
Na vida de Paulo: At 13:8-12; 16:25-26; 19:1;
Na vida de Pedro: At 5:14-16; 9:32-35; 3:1-6;
Na vida de Isaías: Is 38:7-8;
Na igreja: Mc 16:17,18.
7. Variedade de línguas
“É a expressão falada e sobrenatural duma língua nunca estudada pela pessoa que fala; uma palavra enunciada pelo poder do Espírito Santo, não compreendida por quem fala e, usualmente, incompreensível para o ouvinte.”
É um meio divino para edificação individual: 1 Co 14:4;
É uma conversa com Deus: 1 Co 14:2,28.
O Aurélio define a palavra glossolalia como um dom sobrenatural de falar línguas desconhecidas.
Os nossos irmãos pentecostais registram duas situações diferentes quanto ao falar em línguas. Paul A. Hamar, em seu comentário sobre 1 Coríntios, afirma: “Existe uma diferença reconhecida entre as línguas como evidência do batismo com o Espírito Santo e em oração individual, e as línguas como um dom. A diferença é basicamente de propósito: a pessoa edifica seu próprio espírito, no primeiro caso, e no outro, edifica a congregação.”
Os que possuem o dom de línguas podem aplicá-lo para falar com Deus em louvor, orar ou cantar no Espírito, ou falar na congregação; todavia, o falar em línguas em público precisa ser interpretado.
Sei que há muitas divergências teológicas quanto ao falar em línguas. Muitos evangélicos sequer admitem tal possibilidade e alguns grupos, diante do registro bíblico e diante da necessidade de dar um parecer sobre o texto explicam que falar do evangelho é falar uma língua estranha para a sociedade. Esta afirmação é até razoável, mas nem com muito boa vontade dá pra encaixar no contexto de 1 Coríntios. Pois é, muitas vezes preferimos pular esta parte da Bíblia, evitar falar sobre isso, fazer de conta que não há um registro bíblico a respeito e isso não é legal. Mesmo que tenhamos dificuldade de entender este dom, o registro está lá, não dá pra ignorar, e pessoas que nunca estudaram um outro idioma estão por aí falando línguas.
Há abusos, claro, infantilidades até, equívocos, mas negar, não podemos, não posso. Muito pelo contrário, pelo que tenho observado nas igrejas evangélicas brasileiras, está rolando uma tendência muito forte a “pentecostalização” em muitas delas, inclusive nas igrejas batistas, o que já gerou, há anos atrás um rótulo de igreja batista renovada. Enfim, é melhor analisar este assunto com bastante carinho e sem preconceitos.
8. Interpretação das línguas
“A interpretação de línguas é a manifestação pelo Espírito do sentido de uma expressão ou mensagem em outra língua. Esta interpretação não é operação da mente do intérprete, mas sim da mente do Espírito de Deus.”
Interpretação é uma locução inspirada;
A interpretação emana do Espírito e não da mente humana;
O dom de interpretação é o único que depende de outro.
Lição 09
26/07/09
OS FRUTOS DO ESPÍRITO SANTO
GÁLATAS 5:22-26
- Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
- Contra estas coisas não há lei.
- E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.
- Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito.
- Não sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros.
OPINIÃO
É claro que todos os dons estudados até aqui são importantes e lindos. Só não podemos esquecer que há um preço a pagar. Nada, porém, é mais importante na vida do cristão que a manifestação dos frutos do Espírito em sua vida, pois disso dependerá o bom desempenho de qualquer dom que porventura tenha.
Sabe aquelas pessoas (de outras igrejas, na nossa não acontece isso não) que no púlpito são uma coisa fofa, cheias de sorrisos, de frases bonitas, expressando toda a sua suposta espiritualidade, mas fora dele, ou seja, quando descem de lá, quando estão fora do templo são outras criaturas (secas, rudes, frias, encrenqueiras), pois é, essas pessoas podem até ter determinados dons, mas faltam-lhes os frutos do espírito.
OS FRUTOS DO ESPÍRITO SANTO
GÁLATAS 5:22-26
- Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
- Contra estas coisas não há lei.
- E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.
- Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito.
- Não sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros.
OPINIÃO
É claro que todos os dons estudados até aqui são importantes e lindos. Só não podemos esquecer que há um preço a pagar. Nada, porém, é mais importante na vida do cristão que a manifestação dos frutos do Espírito em sua vida, pois disso dependerá o bom desempenho de qualquer dom que porventura tenha.
Sabe aquelas pessoas (de outras igrejas, na nossa não acontece isso não) que no púlpito são uma coisa fofa, cheias de sorrisos, de frases bonitas, expressando toda a sua suposta espiritualidade, mas fora dele, ou seja, quando descem de lá, quando estão fora do templo são outras criaturas (secas, rudes, frias, encrenqueiras), pois é, essas pessoas podem até ter determinados dons, mas faltam-lhes os frutos do espírito.
Vejamos, então, esses frutos do espírito detalhadamente:
Amor – O amor que o Espírito produz é mais do que o afeto humano comum, por mais sincero que seja. Ele vem da permanência em Cristo e da experiência de seu amor fluindo através da alma.
Alegria – A alegria é a reação do amor às misericórdias, bênçãos e benefícios de Deus. A alegria cristã não é, porém, dependente das circunstâncias, pois sendo o aspecto do amor, confia em Deus nas mais diversas circunstâncias.
Paz – É mais profunda e mais constante que a alegria; é uma característica interior que se manifesta em uma relação pacífica com os outros. Quem apresenta este fruto do espírito procura viver em harmonia com todos, independente de qualquer diferença.
Longanimidade (paciência) – Como não se trata de uma característica predominante do espírito humano, a maioria de nós carece dessa graciosa virtude: a paciência, que o cristão pode obter por meio da sua aproximação de Cristo e permanência nele. Longanimidade é o amor que não se cansa.
Benignidade (delicadeza) – Talvez nada desmereça mais o nosso testemunho e ministério do que a falta de delicadeza. Nenhuma circunstância é capaz de justificar o tratamento indelicado para com os outros por parte de um cristão.
Bondade – Obras e atos de bondade, bondade mostrada a outros, obras práticas de amor. Quando o cristão é bondoso de coração, ele faz o bem a outros, sem farisaísmo ou hipocrisia, mas o bem de verdade, de coração, pois a verdadeira bondade é o amor em ação.
Fé – Muitos tradutores interpretam o termo aqui empregado como sendo “fidelidade”, o que tem a ver com o caráter do cristão em relação aos outros. Assim, segundo J. Lancaster, “... o que está em vista aqui é a fidelidade de caráter e conduta produzida pela fé.” O verdadeiro cristão jamais será infiel ou desconfiado, terá “fé” nos homens, sofrerá por isso, mas não se importará, sempre há de superar tais frustrações, pois apresenta os frutos do Espírito em sua vida.
Mansidão – Lentidão em irar-se e ficar ofendido. Os mansos não são violentos, ruidosos ou agressivos; não brigam, não discutem nem contendem. Não deve ser confundida com timidez, vergonha ou fraqueza, características de um complexo de inferioridade.
Domínio próprio (autocontrole) – Domínio próprio ou temperança é, na verdade, autocontrole, verdadeiro amor a si mesmo. Aquele que respeita a si mesmo, que considera o seu corpo um templo do Espírito Santo, exercerá controle sobre seus impulsos.
CONCLUSÃO
Enquanto seres humanos que somos, temos diferentes temperamentos, alguns mais explosivos, outros calmos, outros muito calmos, outros lerdos. Independente do nosso temperamento, podemos obter os frutos do espírito e aplicá-los às nossas vidas, superando, assim, nossas tendências.
Fora do Cristianismo, temos um exemplo fantástico de superação de seu temperamento em Gandhi. Ele se definiu, num determinado momento, como um sujeito violento, mas tornou-se símbolo da paz. Superação.
No Velho Testamento, temos um exemplo fantástico em Moisés. Um cabra explosivo a ponto de matar um egípcio para defender um hebreu. Tornou-se um cabra paciente. Sem paciência jamais teria conduzido aquele povo chato e enjoado até Canaã.
No Novo Testamento, temos um exemplo fantástico em João. Um sujeito bruto e impetuoso. Tornou-se o apóstolo do amor.
Esses caras todos foram gente como nós, viveram adversidades como nós. Então vamos parar de nos orgulhar de nosso temperamento explosivo e vamos buscar a transformação através dos frutos do espírito.