05/08/12
Tatuagem e Piercing
(Prof. Isac M.Moura)
Pelos mortos não dareis golpes na vossa
carne; nem fareis marca alguma sobre vós. Eu sou o SENHOR. (Lv 19:28)
FILHOS sois do SENHOR vosso Deus; não vos dareis golpes, nem fareis
calva entre vossos olhos por causa de algum morto.
Porque és povo santo ao SENHOR teu Deus; e o
SENHOR te escolheu, de todos os povos que há sobre a face da terra, para lhe
seres o seu próprio povo. (Dt 14:1-2)
ESTAI, pois, firmes na liberdade com que
Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão.
Eis que eu, Paulo, vos digo que, se vos deixardes circuncidar, Cristo
de nada vos aproveitará. (Gl 5:1-2)
E aconteceu que, acabando os camelos de beber, tomou o homem um
pendente de ouro de meio siclo de peso, e duas pulseiras para as suas mãos, do
peso de dez iclos de ouro (Gn 24:22)
Então lhe perguntei, e disse: De quem és filha? E ela disse: Filha de
Betuel, filho de Naor, que lhe deu Milca. Então eu pus o pendente no seu rosto,
e as pulseiras sobre as suas mãos (Gn
24:47)
E te enfeitei com adornos, e te pus braceletes nas mãos e um colar ao
redor do teu pescoço.
E te pus um pendente na testa, e brincos nas orelhas, e uma coroa de
glória na cabeça. (Ez 16:11,12)
PARA COMEÇO DE CONVERSA
A idéia principal
nos textos acima é de que não se deveria alterar o próprio corpo fazendo
marcas, perfurações ou qualquer coisa dessa natureza. No caso de Gn 24, temos
uma questão cultural daquele povo. Então, a princípio, vamos combinar assim: se
não devemos fazer alterações no corpo, temos que incluir, modernamente, a aplicação de
silicone e as cirurgias meramente estéticas. Ou isso não seria alterar o corpo?
Quem põe silicone nos seios, por
exemplo, não o faz com outro objetivo que não seja aumentar seu poder de
sedução, ainda que isso possa acontecer de forma inconsciente. Fato é que algumas pessoas não serão felizes
plenamente até que ponham silicone nos peitos, enquanto outras só serão felizes
quando retirarem parte deles. Outras precisam fazer uma lipoaspiração para
serem felizes. Quem faz tatuagem não faz para si apenas, mas para os outros,
para chamar a atenção, para parecer diferente. Quem põe um piercing o faz
também para chamar a atenção, para parecer diferente, porque para essas pessoas
é símbolo de rebeldia. Não estou dizendo, de jeito nenhum, que quem passa o maior sufoco para economizar grana a
fim de pôr silicone, fazer lipoaspiração, ou quem põe um piercing ou faz
tatuagem seja de todo uma pessoa infeliz ou fútil. Cada caso precisa ser
examinado com carinho, cada ser humano é diferente do outro; então precisamos
conhecer as motivações de cada um. Uma menina que use minissaias extravagantes
ou xortes minúsculos pode afirmar que o faz apenas porque gosta e não para
provocar ninguém. Para ela, isso é verdade, mas de fato não é bem assim. Ainda
que inconscientemente, a intenção é provocar o outro, despertar paixões,
suspiros, fantasias. Então tá, o princípio motivador é o mesmo, ou você
acredita que alguém que ponha um piercing na língua o faz porque é confortável?
claro que não. O que leva uma criatura a colocar um piercing na vagina, por
exemplo, e comentar com os amigos e amigas e até mostrar para os mais íntimos,
que não seja a necessidade de extravagância, de ser diferente, de mostrar
coragem, de sentir-se a cara e ouvir comentários do tipo: “Caraca, sabe onde a
fulaninha tem um piercing? Ih, ela diz que é a maior sensação, aí...”
“A VAIDADE extrapola todos os limites do bom
senso”. Por exemplo, para terem a cintura mais fina possível, as mulheres do
século 19 se comprimiam em espartilhos tão apertados que mal podiam respirar.
Houve as que usaram espartilhos tão apertados a ponto das costelas penetrarem
no fígado, causando-lhes a morte.
Bem, acho que
essa introdução já passou dos limites, vamos ao desenvolvimento da coisa, vamos
observar diversos argumentos e formar nossa própria opinião sobre o caso, quer
dizer, os casos.
TATUAGEM,
PIERCING E ALGO MAIS
A
Enciclopédia Delta Universal explica: “Tatuagem é a prática de pintar desenhos
que permanecem no corpo humano. Faz-se a tatuagem perfurando na pele pequenos e
profundos furos que são enchidos com uma substância corante.”
“Formas mais
radicais de ‘body decoration’ (decoração do corpo) estão se popularizando,
especialmente entre os jovens. Piercings múltiplos em várias partes do corpo —
incluindo mamilo, nariz, língua e até órgãos genitais — estão ficando cada vez
mais comuns. Para uma minoria, esses piercings múltiplos já não satisfazem.
Eles estão experimentando algo mais radical, como o branding (tatuagem a ferro
quente), o cutting (cortes e incisões para obter cicatrizes) e o body
sculpting, em que objetos são inseridos sob a pele para produzir orifícios e
saliências extravagantes.
A tatuagem,
os piercings e os cortes já eram conhecidos nos tempos bíblicos, praticados
principalmente por nações pagãs em ritos relacionados com sua religião. Não é
de admirar que Jeová proibisse seu povo, os judeus, de imitar tais pagãos.
(Levítico 19:28). Como ‘propriedade especial’ do próprio Deus, os judeus foram
assim protegidos de práticas degradantes daquelas religiões (Deuteronômio
14:2). Os cristãos não estão debaixo da Lei mosaica, mas os princípios dela
continuam a vigorar na congregação cristã (Colossenses 2:14). Sendo assim, os
cristãos têm a liberdade de escolher que tipo de adorno usar, respeitando os
limites do bom senso (Gálatas 5:1; 1 Timóteo 2:9, 10), no entanto, essa
liberdade tem limites (1 Pedro 2:16).
Em 1
Coríntios 6:12, Paulo escreveu: “Todas as coisas me são lícitas; mas nem todas
as coisas são vantajosas.” Ele compreendia que sua liberdade como cristão não
lhe dava licença para fazer o que bem entendesse, sem consideração pelos
outros.
Embora adornos como piercings ou
tatuagens possam ser populares entre alguns, o jovem evangélico precisa perguntar-se:
Que reação esse tipo de adorno provocaria na região onde moro? Será que as
pessoas me associariam com grupos que vivem à margem da sociedade? Mesmo que
minha consciência me permitisse, que efeito teria o piercing ou a tatuagem
sobre outros da congregação?
Aceitar ou
não esses riscos é uma questão de decisão pessoal. Mas quem procura agradar a
Deus reconhece que tornar-se cristão envolve oferecer a sua pessoa a Deus.
Nossos corpos são sacrifícios vivos apresentados a Deus para o Seu uso (Romanos
12:1). Assim, os cristãos maduros não
encaram o corpo como sua propriedade exclusiva, a ser danificado ou desfigurado
a seu bel-prazer.
O que nos
anos 90 era visto como atitude de rebeldia e tratado pela sociedade com
reprovação e preconceito, é hoje visto em homens, mulheres, jovens e até mesmo
em crianças e aceito pela sociedade com naturalidade como forma de adereço,
assim como pulseiras, colares, etc.
A cultura é
um conjunto de crenças, regras, manifestações artísticas, técnicas, tradições,
ensinamentos e costumes produzidos e transmitidos no interior de uma sociedade.
A tatuagem e
o piercing no umbigo eram comuns no Antigo Egito. Alguns povos usam piercing,
brincos e outras formas de alteração do corpo. O fato é que o mundo está
ficando pequeno. Estamos nos tornando cada vez mais uma aldeia global. Esta
globalização faz com que certos costumes que antes só eram vistos em algumas
culturas isoladas e lugares remotos da terra, comecem a se tornar moda em todo
o mundo.
Grande parte
dos lideres evangélicos condena o uso de piercing e tatuagens por ser uma
modificação do corpo, o qual é templo do Espírito Santo, que faz parte do corpo
de Cristo e que tais adereços agridem a pele e consideram essa agressão uma
ofensa a Deus.
Por outro
lado, tem personalidades famosas do mundo evangélico brasileiro com o corpo
siliconado. Oxente, todos sabemos que cirurgia plástica meramente estética é uma forma severa de alteração do corpo.
Isto é aceito, mas brincos e tatuagens, não são?
Podemos citar
textos na Bíblia como na história de Eliezer que deu a Rebeca uma argola de
seis gramas de ouro para ser colocada no nariz (piercing?) e, após fazer isto,
ajoelhou-se para adorar a Deus (Gn.24.22,47). No livro de Êxodo, percebemos que as
mulheres dos hebreus usavam brincos e argolas, os quais foram oferecidos como
oferta dedicada ao Senhor para a construção do Tabernáculo.
Em Ezequiel
16, o próprio Deus diz que adornou
Jerusalém com jóias, pulseiras, colares, argolas para o nariz e brincos para as
orelhas, o que significa dizer que naquele contexto tais adornos não eram uma ofensa ao Senhor.
CONCLUSÃO:
O desafio da igreja, olhando por
esta perspectiva, não está em julgar ou condenar, mas orientar as pessoas
(principalmente os jovens) para os riscos que existem em fazer estas coisas sem
uma orientação profissional e cuidados de higiene e saúde. A pessoa está
consciente dos riscos de inflamação, doenças contagiosas e “efeitos colaterais”
diante da sociedade? Está consciente de que algumas alterações são
irreversíveis e, mesmo diante da possibilidade de reversão, podem deixar marcas
para o resto da vida? Mais ainda, precisamos falar sobre questões de identidade,
valor pessoal e autoimagem. Pois são estas as questões mais importantes para
quem está considerando qualquer forma de alteração do corpo, seja uma plástica
no nariz, implantar silicone nos seios, colocar um piercing ou fazer uma
tatuagem.
O jovem pode até dizer: “mas onde está na Bíblia que
isto é pecado?” Como é próprio do jovem, sempre desafiando a autoridade (pai,
pastor, chefe, etc). Bem, pra começar
não estamos fazendo um estudo sobre pecado, mas sobre o uso do nosso corpo como
forma de culto ao Senhor, sobre o nosso corpo como forma de expressão daquilo
que somos. E para concluir, vou parafrasear uma frase que ficou muito famosa no
Brasil dos anos 70: “Cristianismo – viva-o ou deixe-o.”
A cultura é
um conjunto de crenças, regras, manifestações artísticas, técnicas, tradições,
ensinamentos e costumes produzidos e transmitidos no interior de uma sociedade.
A tatuagem e
o piercing no umbigo eram comuns no Antigo Egito. Alguns povos usam piercing,
brincos e outras formas de alteração do corpo. O fato é que o mundo está
ficando pequeno. Estamos nos tornando cada vez mais uma aldeia global. Esta
globalização faz com que certos costumes que antes só eram vistos em algumas
culturas isoladas e lugares remotos da terra, comecem a se tornar moda em todo
o mundo.
Grande parte
dos lideres evangélicos condena o uso de piercing e tatuagens por ser uma
modificação do corpo, o qual é templo do Espírito Santo, que faz parte do corpo
de Cristo e que tais adereços agridem a pele e consideram essa agressão uma
ofensa a Deus.
Por outro
lado, tem personalidades famosas do mundo evangélico brasileiro com o corpo
siliconado. Oxente, todos sabemos que cirurgia plástica meramente estética é uma forma severa de alteração do corpo.
Isto é aceito, mas brincos e tatuagens, não são?
Podemos citar
textos na Bíblia como na história de Eliezer que deu a Rebeca uma argola de
seis gramas de ouro para ser colocada no nariz (piercing?) e, após fazer isto,
ajoelhou-se para adorar a Deus (Gn.24.22,47). No livro de Êxodo, percebemos que as
mulheres dos hebreus usavam brincos e argolas, os quais foram oferecidos como
oferta dedicada ao Senhor para a construção do Tabernáculo.
Em Ezequiel
16, o próprio Deus diz que adornou
Jerusalém com jóias, pulseiras, colares, argolas para o nariz e brincos para as
orelhas, o que significa dizer que naquele contexto tais adornos não eram uma ofensa ao Senhor.
CONCLUSÃO:
O desafio da igreja, olhando por
esta perspectiva, não está em julgar ou condenar, mas orientar as pessoas
(principalmente os jovens) para os riscos que existem em fazer estas coisas sem
uma orientação profissional e cuidados de higiene e saúde. A pessoa está
consciente dos riscos de inflamação, doenças contagiosas e “efeitos colaterais”
diante da sociedade? Está consciente de que algumas alterações são
irreversíveis e, mesmo diante da possibilidade de reversão, podem deixar marcas
para o resto da vida? Mais ainda, precisamos falar sobre questões de
identidade, valor pessoal e autoimagem. Pois são estas as questões mais
importantes para quem está considerando qualquer forma de alteração do corpo,
seja uma plástica no nariz, implantar silicone nos seios, colocar um piercing
ou fazer uma tatuagem.
O jovem pode até dizer: “mas onde está na Bíblia que
isto é pecado?” Como é próprio do jovem, sempre desafiando a autoridade (pai,
pastor, chefe, etc). Bem, pra começar
não estamos fazendo um estudo sobre pecado, mas sobre o uso do nosso corpo como
forma de culto ao Senhor, sobre o nosso corpo como forma de expressão daquilo
que somos. E para concluir, vou parafrasear uma frase que ficou muito famosa no
Brasil dos anos 70: “Cristianismo – viva-o ou deixe-o.”
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