domingo, 29 de maio de 2011

ADOLESCENTES - junho a setembro/2011


LIÇÃO 01   -  05/06/2011

SAUDAÇÕES E PALAVRAS INICIAIS

Confesso que as primeiras palavras de uma lição são sempre complicadas para mim. Acho que fico tão preocupado em como iniciar que perco o fio da meada. Como dizem por aí, menos é mais. Então serei bem simples. Em primeiro lugar é um grande prazer escrever mais esse pacote de lições para todos vocês. Espero sinceramente que Deus possa me ajudar para que todos nós consigamos aprender um pouco mais sobre seus maravilhosos ensinamentos.
O foco principal dessa revista que você tem em suas mãos será o estudo da Epístola de Paulo aos Efésios. Falando assim pode parecer complicado, mas na verdade não é. Antes de entrarmos nesse assunto, que tal abrirmos um parêntese? Você sabe quem foi esse tal de Paulo? Ihh, fácil, foi um apóstolo de Cristo. Tá bom, isso ele realmente foi, mas será que isso é tudo que precisamos saber sobre ele? Por exemplo, se eu disser que você é membro da PIB será que estou descrevendo quem você é de forma apropriada? Claro que não. Portanto, precisamos conhecer um pouco mais esse homem chamado Paulo.
Ele foi um apóstolo que se diferenciava dos outros por ter uma formação mais culta, tendo sido até mesmo instruído em grego. Enquanto a maioria dos outros apóstolos eram pescadores, Paulo de Tarso era um estudioso. Uma das coisas mais importantes sobre Paulo é que ele não nasceu seguindo a Cristo. Longe disso, Paulo, ou Saulo, como era conhecido antes de sua conversão, era um ferrenho perseguidor dos seguidores de Cristo. Para que possamos compreender melhor a história de Paulo vamos dar uma lida em Atos 9: 1 – 22.
O fato de Cristo ter selecionado uma pessoa que  perseguia a sua igreja para ser um de seus discípulos tem um significado muito importante que nós não podemos deixar de lado. Por que Ele fez essa estranha escolha? As razões são várias, mas com certeza Jesus viu em Paulo algo que seria extremamente importante para a expansão da sua obra. Reveja os seguintes versículos do capítulo 9 de Atos:
 
10.   E havia em Damasco um certo discípulo chamado Ananias; e disse-lhe o Senhor em visão: Ananias! E ele respondeu: Eis-me aqui, Senhor.
11.   E disse-lhe o Senhor: Levanta-te, e vai à rua chamada Direita, e pergunta em casa de Judas por um homem de Tarso chamado Saulo; pois eis que ele está orando;
12.   E numa visão ele viu que entrava um homem chamado Ananias, e punha sobre ele a mão, para que tornasse a ver.
13.   E respondeu Ananias: Senhor, a muitos ouvi acerca deste homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém;
14.   E aqui tem poder dos principais dos sacerdotes para prender a todos os que invocam o teu nome.
15.   Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel.

Jesus escolheu Paulo para que ele levasse a palavra de Deus para o maior número possível de pessoas em lugares distantes e remotos. Talvez algumas pessoas tenham ficado desconfiadas da lealdade de Paulo à Cristo inicialmente. Se isso aconteceu essas pessoas foram surpreendidas, pois Paulo se tornou um grande apóstolo de Cristo. Além disso, Paulo tinha uma qualidade que até hoje é muito importante para todos nós. Ele tinha compaixão por seus irmãos de fé. A prova dessa enorme compaixão foi registrada em suas cartas, escritas para várias igrejas do seu tempo.
A grande lição que devemos tirar da escolha de Cristo por Paulo é que não devemos julgar as pessoas a ponto de imaginarmos que elas não serão capazes de mudar. Muitas vezes demonstramos ter pouca fé ao acharmos que fulano ou beltrano nunca irá seguir a Cristo, ou que determinada pessoa já convertida não será capaz de assumir uma função de responsabilidade dentro da igreja.
Para que não venhamos a cair nesse equivoco, sigamos o conselho de Jesus em Mateus 7: 1 – 5:

1.       Não julgueis, para que não sejais julgados.
2.       Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós.
3.       E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?
4.       Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu?
5.       Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.

Lembra que dissemos que o objetivo dessa revista é o estudo da Epístola aos Efésios? Pois então. Paulo escreveu uma carta para uma igreja cristã em Éfeso para que pudesse tratar dos problemas locais daquela igreja. Sem querer comparar Paulo com nosso grande irmão Isac, mas olhando para as revistas que Isac amorosamente escreve para as classes de nossa igreja, vemos o seu grande amor em visar tratar os nossos problemas para que possamos crescer em união. De forma parecida, Paulo escreveu suas cartas para diversas igrejas que ele visitou para mostrar que se preocupava com cada uma delas e que mesmo distante, estava pensando nos problemas de cada uma delas. Quanto amor!
Além desse amor, tanto o apóstolo Paulo, o Isac, eu e outras pessoas que estão direta ou indiretamente envolvidas com o seu crescimento espiritual, também compartilhamos outro sentimento: desejo de vê-lo pôr em prática aquilo que lhe é ensinado. As cartas de Paulo, assim como todo o restante da Bíblia são incríveis. Claramente notamos que ela foi escrita sob a inspiração de nosso Pai celestial, é realmente extraordinária. Porém, mesmo a Bíblia pode se tornar um livro empoeirado na sua prateleira se você não se dedicar com sinceridade. A palavra de Deus não foi feita para ser apenas lida, mas também para ser sentida, experimentada, vivida. Um cristão que não vive os ensinamentos de Deus não está realmente compreendendo o que Ele requer de nós, e  consequentemente terá uma vida mais difícil do que se ouvisse a Deus. Isaías 48: 17 – 18.
Na carta aos Efésios,  podemos retirar vários ensinamentos úteis para nós hoje. Iremos ler cuidadosamente vários trechos dessa carta para que possamos trazer os conselhos de Paulo para o nosso dia a dia. Iremos redescobrir os conselhos que Paulo escreveu nessa carta. Com certeza, há várias coisas que aprenderemos juntos e há muitas outras coisas que você irá trazer de útil para nossas aulas. Existem vários motivos para que o apóstolo Paulo tenha escrito uma carta tão carinhosa aos irmãos em Éfeso. Veremos alguns desses motivos e seguramente iremos retirar grandes lições dessa leitura.


LIÇÃO 02  -  12/06/2011


APRESENTAÇÃO DA EPÍSTOLA AOS EFÉSIOS   
(Prof. Isac M. Moura)
            Meninos e meninas, farei a apresentação desta epístola tomando como base um registro da Bíblia Anotada (Editora Mundo Cristão, 1994 – pág. 1.481) e o livro de  Merril C. Tenney, O Novo Testamento, sua origem e análise (edições  vida nova).
AS EPÍSTOLAS DA PRISÃO

            Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemon são denominadas assim por terem sido escritas durante a prisão de Paulo em Roma (Ef 3:1;  Fp 1:17; Cl 4:10; Fm 9):
POR esta causa eu, Paulo, sou o prisioneiro de Jesus Cristo por vós, os gentios. Como tenho por justo sentir isto de vós todos, porque vos retenho em meu coração, pois todos vós fostes participantes da minha graça, tanto nas minhas prisões como na minha defesa e confirmação do evangelho. Aristarco, que está preso comigo, vos saúda, e Marcos, o sobrinho de Barnabé, acerca do qual já recebestes mandamentos; se ele for ter convosco, recebei-o;
Todavia peço-te antes por amor, sendo eu tal como sou, Paulo o velho, e também agora prisioneiro de Jesus Cristo.
           
Durante a primeira prisão de Paulo em Roma, ele foi mantido prisioneiro num acampamento da guarda pretoriana (ou próximo a ele), ou ainda numa casa que ele mesmo alugara (At 28:30) por dois anos, durante os quais estas cartas foram escritas. Ele previa sua libertação (Fm 22), após a qual realizou várias viagens, escreveu 1 Timóteo e Tito, foi novamente aprisionado, escreveu 2 Timóteo e foi martirizado (veja introdução a Tito). Estas, portanto, são as cartas da primeira prisão em Roma, ao passo que 2 Timóteo é a carta da segunda prisão.
UMA ENCÍCLICA (uma epístola circular)

            Várias coisas indicam que Efésios foi uma carta circular, um tratado doutrinário em forma de carta, enviado às várias igrejas da Ásia Menor. Alguns bons manuscritos gregos omitem as palavras “em Éfeso” (1:1). Alguns especialistas falam num espaço em branco onde seria colocado o nome de cada  igreja que receberia a carta, de certa forma, personalizando-a. O fato é que a carta não trata de nenhuma controvérsia relacionada a uma igreja local, ou seja, a uma igreja específica.
            Outro fato interessante é que Paulo trabalhou em Éfeso por quase três anos. Quando ele escrevia a uma igreja em especial, sempre mencionava nomes de amigos, de pessoas que tinham trabalhado com ele. Isso não acontece nesta carta, o que reforça a ideia de uma carta circular. Provavelmente, foi enviada primeiro a Éfeso, por meio de Tíquico (Ef 6:21,22; Cl 4:7,8), sendo talvez a mesma carta chamada “a dos de Laodicéia” (Cl 4:16).
SOBRE A CIDADE DE ÉFESO

            O Cristianismo provavelmente chegou a Éfeso com Áquila e Priscila, quando Paulo fez ali uma breve parada em sua segunda viagem missionária (At 18:18,19). Em sua terceira viagem, ele permaneceu na cidade por quase três anos e o evangelho se disseminou por toda a província romana da Ásia (At 19:10).  A cidade era um centro comercial, político e religioso, estando ali o templo de Artemis (Diana). Como  grande centro comercial, concorria com Alexandria e Antioquia. Depois de Paulo, Timóteo liderou a igreja por algum tempo (1 Tm 1:3) e, mais tarde, o apóstolo João fez da cidade sua base de operações.
            Aqueles que defendem o apostolado de Maria Madalena, afirmam que sua base de operações teria sido montada também em Éfeso, junto com João.
                Éfeso possuía um grande templo, como já disse, orgulho da cidade, dedicado a  deusa Ártemis, uma divindade local, também conhecida como Diana dos romanos.
                O templo não era apenas um centro de adoração religiosa, mas também, por serem os seus átrios e terrenos considerados sagrados e invioláveis, tornou-se um asilo para os oprimidos e um depósito de fundos, de doações.
            A população de Éfeso revelava uma dedicação quase fanática por Ártemis, como podemos ver na reação da multidão no anfiteatro, narrada em Atos 19:34, diante da chegada de Paulo a cidade:  Mas quando conheceram que era judeu, todos unanimemente levantaram a voz, clamando por espaço de quase duas horas: Grande é a Diana dos efésios.”  O aborrecimento da multidão de adoradores de Diana reside no fato de que a chegada da mensagem do evangelho ameaçava o lucro de muitos com a venda de imagens, de relíquias relacionadas à deusa. 

VISÃO CONTEMPORÂNEA DA CARTA

            Já que a epístola aos Efésios foi, na verdade, uma carta circular destinada a diversas igrejas, vamos adaptar, então, o versículo primeiro, levando em conta que a mesma chegou até nós: 
PAULO, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, aos santos que estão em Unamar, e fiéis em Cristo Jesus:


NOTAS ADICIONAIS SOBRE O TEMPLO DE ÁRTEMIS

Em Éfeso, na Ásia Menor, ficava o templo da deusa Ártemis, a quarta maravilha do mundo antigo. Sua construção começou na metade do século VI a.C. , por ordem do conquistador Creso, rei da Lídia -- região montanhosa que hoje é o oeste da Turquia.
Com 90 metros de altura - como a estátua da Liberdade, em Nova York - e 45 de largura, o templo era decorado com magníficas obras de arte. Protetora da cidade e deusa dos bosques e animais, Ártemis (Diana, para os romanos) foi esculpida em ébano, ouro, prata e pedra preta.
Tinha as pernas e quadris cobertos por uma saia comprida decorada com relevos de animais. Da cintura para cima, três fileiras de seios se superpunham. Um ornamento em forma de pilar lhe adornava a cabeça.
O templo foi incendiado no século III a.C. por um certo Heróstrato (um maníaco), que assim pretendia tornar-se imortal.
Pelo visto, conseguiu. Reconstruído, destruído e ainda outra vez reconstruído, o templo foi finalmente arrasado em 262 pelos godos, povo germânico que durante o século III invadiu províncias romanas na Ásia Menor e na península balcânica.
Fonte: geocities.yahoo.com.br


LIÇÃO 03   -  19/06/2011

REDESCOBRINDO SUA VOCAÇÃO CELESTIAL

Vez por outra nosso amado pastor Luciano faz questão de nos lembrar de que bom cristão é aquele que trabalha por sua igreja. Nosso pastor não diz isso por acaso, ele sabe muito bem que é por meio de nossas obras que seremos capazes de crescer em comunhão com nossos irmãos na fé, e são as nossas obras que serão responsáveis pelas bênçãos de Deus em nossas vidas e na vida de outros. Dentro de uma igreja, existem muitas coisas que podemos fazer. Por exemplo, podemos ingressar em algum ministério, também há a possibilidade de participarmos da recepção das pessoas durante os cultos, ou ajudar em alguma necessidade local da igreja. Para se trabalhar, basta se querer fazer isso. Infelizmente, notamos que muitas pessoas dentro de nossa própria igreja não estão trabalhando pela obra de Deus e aqueles que já fazem algo, muitas vezes não compreendem o foco da necessidade do trabalho cristão. Já parou para pensar por que algumas pessoas dançam no início de alguns cultos? Definitivamente não é só porque sabem dançar e gostam de fazer isso. Há muito mais envolvido nisso e em outras formas de trabalho cristão.
Porém é comum deixarmos de lado essas razões porque tem hora que ficamos acomodados com o simples fato de virmos aos cultos dominicais, conversar, louvar, nos emocionar e pronto. Vamos para nossas casas e no outro dia tocamos nossa vida como se nada tivesse acontecido.
Meu caro, é óbvio que frequentar aos cultos é essencial para nossa saúde cristã, mas não dá para ficar só nisso. Olhe só para si próprio. Você é jovem e está cheio de energia, então por que se contentar em só frequentar os cultos e a EBD? Você precisa dar o seu máximo para Deus, e deve fazer isso com amor e alegria.

Saber de que forma você pode trabalhar para Deus dando a Ele seu melhor não é tarefa simples, requer muita calma e paciência e acima de tudo oração para saber exatamente qual a sua vocação dentro do propósito celestial. A coisa é tão séria que o apóstolo Paulo fez questão de tratar sobre esse tema em sua carta aos Efésios. Logo no primeiro capítulo, veja os seguintes versículos:
16.   Não cesso de dar graças por vós, fazendo menção de vós nas minhas orações,
17.   para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele,
18.   iluminados os olhos de vosso coração, para saberdes qual é a esperança de seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos
19.   e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder;

Paulo nos revela que orava constantemente para que os cristãos em Éfeso recebessem inspiração divina para entenderem a esperança de seu chamamento. Para nós, hoje, esse chamado pode significar aquilo que Deus nos deu como dom, e que podemos utilizar em benefício de nossa igreja e nosso Deus. Atente para o fato de que Paulo não se refreava de conversar com Deus e de orar pelos seus irmãos. Será que nós hoje seguimos esse maravilhoso exemplo?
Compreender a necessidade de se trabalhar para Deus não é tudo. Além disso, é extremamente importante saber como e por que fazer algo para Ele. Dentro da nossa igreja, há, com certeza, uma dúzia de coisas que você gostaria de fazer, mas não por que quer honrar nosso Deus, mas por que quer exercer uma posição de certo destaque. Afinal de contas, subir no púlpito e tocar uma batera é legal pra caramba, por exemplo. Todo mundo gosta de certo reconhecimento e destaque, e até certo ponto isso é bom, pois se você é reconhecido, provavelmente deve estar fazendo um bom trabalho. O problema surge quando a sua principal motivação é ficar famoso. Aí você precisa rever seus conceitos e rápido.

Dedicar seu tempo para trabalhar na igreja, seja em alguma atividade pública ou nos bastidores, significa glorificar a Deus com nossa própria vida. Ele nos deu um dom. Pode parecer que não, mas com certeza você é capaz de fazer alguma coisa útil e boa. Seja uma bela voz, a capacidade de tocar instrumentos, a habilidade para dançar, escrever, calcular, limpar, conversar, sei lá. Você sabe fazer algo bem, então cabe a você utilizar esse dom para a obra de Deus. Porém usar esse dom pode não ser tão simples como possa parecer.

TRABALHAR DÁ MUITO TRABALHO

Para ilustrar nosso ponto, digamos que você tenha um talento natural para o canto. Você possui uma bela voz, mas nunca se deu ao trabalho de treinar um minuto sequer para aprimorá-la. Canta o que der na telha e quando está a fim. Certo dia, incentivado por um amigo ou algum irmão que notou esse seu dom, você resolve ingressar no Ministério de Louvor. Até aqui, tudo bacana. Você está usando um dom que Deus lhe deu para trabalhar na igreja e honrar a Deus. Todo mundo gosta da sua voz e você começa a gostar da sensação de fama que subir no púlpito lhe traz todo domingo.
Porém, nem tudo é um mar de rosas. No próximo domingo de manhã, você decide dar um pulinho na praia, afinal tá um sol de rachar e você só tem que cantar de noite. A praia tá ótima e você nem sequer sente falta da EBD. Semana que vem você vai, isso se estiver a fim, é claro. Então à noite, um pouco antes de você subir no púlpito para o louvor inicial, o pastor te chama para bater um papo. Você fica arrasado quando ele te diz que por ter faltado a EBD você não poderia participar do louvor. Você até pensa em inventar uma desculpa qualquer para sua falta, mas o pastor acrescenta que por ter faltado ao ensaio de sábado você tem mais um ponto contra sua participação naquele louvor. Nessa hora a sua ficha cai. Trabalhar na igreja dá um trabalho enorme.

Você precisa se dedicar e muito para que possa glorificar e honrar a Deus com algo que tenha talento para fazer. A coisa é muito séria. Paulo já orava lá atrás para que aquelas pessoas compreendessem isso. Ele sabia o quão importante era se dedicar na obra de Deus, mas tinha noção da dificuldade que isso trazia. Portanto, nós hoje em dia, temos sim que buscar dar nosso máximo pela nossa igreja e, principalmente, por nosso Deus, mas tendo sempre em mente que isso irá exigir muito de nós. A primeira coisa a fazer é conversar com nosso Deus e pedir ajuda para descobrir o que nós podemos “fazer por Ele” e por sua obra em nossa igreja. Muitas vezes aquilo que queremos fazer não é aquilo que Deus estabeleceu como nosso propósito. Em seguida, precisamos pensar três, quatro, cinco vezes antes de assumirmos uma responsabilidade com nossa igreja. Lembre-se que há pessoas que irão contar com você, e a última coisa que você deve fazer é decepcioná-las. Finalmente, temos que estar corretamente motivados em nosso trabalho, o foco é Deus e ponto final. Não trabalhamos pra agradar nossos pais, amigos, pastores  etc., trabalhamos para Deus. Precisamos ter isso em mente, assim como o seguinte texto bíblico:
Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.
1 Coríntios 15:58


LIÇÃO 04                                       26/06/2011

REDESCOBRINDO NOSSO ESPAÇO NA FAMÍLIA DE DEUS

Atualmente, observamos que a maior parte das pessoas ao nosso redor não valorizam a importância da sua própria família. O desrespeito entre pais e filhos se tornou algo comum, e diante de tantos problemas de relacionamento, muitos jovens vivem uma contagem regressiva para se verem livres da vida na casa de seus pais. Equivocadamente, esses jovens acreditam que uma vida maravilhosa os aguarda. Sinceramente, espero que você não viva uma situação parecida com essa. O relacionamento com seus pais exerce uma influência direta na sua relação com Deus. Por isso é que diante de tantos problemas, algumas questões precisam ser tratadas com cuidado. Será que uma fuga é a solução para tais problemas? Como a sua relação familiar afeta sua amizade com Deus? Como podemos encontrar nosso espaço na família de Deus?
AMOR E SACRIFÍCIOS

Você já deve ter ouvido aquele papo de amar e respeitar seus pais, afinal de contas eles são os seus pais e só isso já é motivo suficiente para que você faça isso. A questão é que algumas vezes não é fácil tratar nossos pais como eles merecem. Todos nós somos imperfeitos e é claro que cometemos diversos erros um atrás do outro. Então não se espante quando você achar que seus pais estão sendo injustos com você, pois pode ser que você esteja errado, ou pode até ser que seus pais estejam errados, mas isso faz parte da natureza humana. Apesar dessa questão, você precisa ter em mente que seus pais fizeram enormes sacrifícios por você.
A única razão para tudo que eles fazem por você é o AMOR. Vou dar um exemplo pessoal que comprova isso. No momento que escrevo essa lição estou preocupado com minha mãe.
Ela está internada porque está com dengue. A mesma doença que eu tive há alguns dias atrás. A prova de amor nessa história é que durante dez dias minha mãe me deu todo suporte possível, já que eu estava doente. Ela já estava se sentindo mal por causa da mesma dengue, mas ela não falou nada porque estava preocupada comigo. Somente quando  recebi alta do hospital é que ela começou a buscar tratamento para si mesma. Quanto amor! Obviamente, há exceções, mas a grande parte dos pais estão sempre dispostos a fazer sacrifícios por seus filhos. Portanto, tenha em mente que seus pais te dão um valor enorme e que apesar dos erros que cometem, estão sempre dispostos a fazer o bem para você. Esse comportamento não existe por acaso, na verdade tal amor vem de uma fonte muito especial.

DEUS É AMOR
Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor. 1 João 4:8

O texto bíblico acima resume bem tudo o que Deus faz por nós. Quando olhamos para nossos próprios pais, somos capazes de identificar várias imperfeições, mas mesmo assim vemos muitos traços característicos do amor que nosso grandioso Pai sente por todos nós. Agora, quando olhamos para Deus percebemos que Ele não apenas possui amor, Ele simplesmente é amor e não erra como nossos pais humanos. Nosso grande pai celestial faz todo possível para nosso bem. Infelizmente, vez por outra nos esquecemos dos sacrifícios que Ele fez por nós. O apóstolo Paulo em sua carta aos Efésios fez questão de lembrar àqueles irmãos o grande amor que Deus tem por todos nós, seus filhos. Vejamos Efésios 2: 1 – 22.

1.     E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados,
2.    Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência.
3.    Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.
4.    Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou,
5.  Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos),
6.    E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus;
7.   Para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus.
8.    Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.
9.    Não vem das obras, para que ninguém se glorie;
10.   Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.
11.   Portanto, lembrai-vos de que vós noutro tempo éreis gentios na carne, e chamados incircuncisão pelos que na carne se chamam circuncisão feita pela mão dos homens;
12.   Que naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo.
13.   Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto.
14.   Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio,
15.   Na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz,
16.   E pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades.
17.   E, vindo, ele evangelizou a paz, a vós que estáveis longe, e aos que estavam perto;
18.   Porque por ele ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito.
19.   Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Deus;
20.   Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina;
21.   No qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor.
22. No qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito.

Agora preste atenção aos versículos 1, 4, 5 e 6. Deus provou da forma mais difícil o amor que sente por cada um de nós. Foi capaz de entregar a vida de seu próprio filho, Jesus Cristo, para que nos pudéssemos ser remidos de nossos pecados. Esse sacrifício não pode ter sido feito em vão. Assim como tempos grandes responsabilidades com nossos pais humanos, nós temos ainda uma obrigação maior de amar e respeitar nosso Deus. 
A GRANDE FAMÍLIA
Não, não estou me referindo ao programa humorístico da rede Globo, que por sinal é muito interessante. Estou me referindo a uma família muito maior e mais importante. A família de Deus. Logo no início dessa lição, vimos que a sua relação familiar afeta a sua relação com Deus. Agora veremos como isso acontece. Como você percebeu, Deus nos tem como seus filhos e Ele nos ama e respeita como se cada um de nós fôssemos seu único filho. Nada é maior do que o sacrifício de Cristo por nós. Porém, nada que Deus faça por nós significará algo se nós mesmos não assumirmos nosso papel dentro dessa família.
Na sua casa, por exemplo, cada membro da sua família fica responsável por diferentes tarefas. Alguém cozinha, lava roupas, enquanto outra pessoa limpa os banheiros, e você fica responsável por cuidar do seu quarto, ou algo parecido. O ponto é que cada família possui uma divisão de tarefas e responsabilidades. Na nossa relação com Deus não é diferente. Cada um de nós possui uma tarefa ou várias, e precisamos ser responsáveis em lidar com elas. Como somos uma grande família, precisamos amar uns aos outros e é claro, respeito nessa relação é fundamental. Deus é nosso pai, e nós somos irmãos e irmãs na fé.
Vejamos novamente o que Paulo tem a falar sobre isso:
Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Deus. Efésios 2: 19

Quanta alegria é fazer parte de uma família onde nosso Pai celestial é perfeito no seu tratamento para com todos nós. Quando Deus nos pede algo precisamos ter grande prazer em atendê-lo prontamente, com muito amor. Há responsabilidades e tarefas a serem seguidas, é claro, mas se formos capazes de sermos reconhecidos como bons filhos recebermos muito amor e bênçãos de nosso Deus. Ele com certeza tem um lugar reservado para você, basta que você esteja disposto a assumir seu papel como filho de Deus. Será que você faz isso?

LIÇÃO 05   -   03/07/2011

REDESCOBRINDO A UNIDADE DA FÉ

1.      Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados,
2.      Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor,
3.      Procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz.
4.      Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação;
5.      Um só Senhor, uma só fé, um só batismo;
6.      Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós.
Efésios 4: 1-6

As palavras de Paulo acima nos mostram importantes pontos que precisam ser tratados com relação ao valor de nossa fé. Sinceramente, você já parou para pensar por que está aqui? Você provavelmente frequenta os cultos, a EBD e outros encontros na PIB, semana após semana, mês após mês, ano após ano. Mas será que já parou para pensar qual o valor da sua fé em tudo isso? Paulo tratou nesse trecho sobre a importância da unidade do Espírito. Você tem noção do que ele quis dizer com isso? Sim? Não? Vamos tratar sobre isso para que possamos entender o valor da unidade da nossa fé.
O caminho estreito da fé
Antes de qualquer coisa é importante que você tenha em mente o seguinte. A vida que você leva, aqui congregando e seguindo a Deus é dose para mamute. Não vai achando que basta estar nos cultos, trabalhando na igreja e amando ao próximo que você estará com o burro na sombra. Muito pelo contrário, quanto mais dedicado e fiel você for, mais difícil sua vida será. Lembre-se do que está escrito em Mateus 7: 14:

E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.

Olha, eu não quero que você fique triste ou desanimado, só que caia na real. Mesmo se esforçando para adorar a Deus, você precisa ter em mente que nem todos que se dizem seguidor de Cristo serão salvos. Sabe por quê? Simplesmente porque há muita gente que se diz cristã e que faz muita coisa bacana, mas não tem um pingo de fé sincera. Aí que entra aquela questão sobre a unidade da fé. Vamos tratar sobre isso com mais detalhes e entender que fé, de verdade, gera transformação em nossas vidas. 
Suportar é amar

Todos nós sabemos que um dos pilares de uma igreja são os membros. Aqui na PIBU não é diferente. De acordo com uma pesquisa recente feita pela direção do nosso Ministério de Educação, somos ao todo 669 membros batizados. Como você já deve ter notado, infelizmente nem todas essas pessoas frequentam a igreja, mas isso é assunto pra outro momento. O que quero mostrar para você agora é que somos um número expressivo de membros, que graças a Deus segue crescendo. Por causa disso é quase impossível que tenhamos contato regular com todos os irmãos. Por exemplo, já observou que em um culto de manhã onde temos um maior número de membros, há um grande número de pessoas que você não tem a menor ideia de quem sejam? Eu mesmo fico transtornado de falar com alguém, abraçar e tudo, e não ter a menor noção do nome dessa pessoa. O  que me conforta um pouquinho é saber que essa pessoa provavelmente não sabe quem eu sou também.
Embora eu não saiba quem essa pessoa é, eu acredito que eu e ela compartilhamos uma mesma fé. Amamos o mesmo Deus e temos esperanças iguais ou similares. Tudo isso me motiva a abraçar e orar por uma pessoa que talvez eu não saiba o nome, mas sei a fé. Infelizmente, nem sempre o relacionamento entre os irmãos é legal. Às vezes nem conhecemos uma pessoa, mas já “não vamos com a cara dela”. Só de olhar, já achamos essa pessoa insuportável.
O pior é que junto com esse sentimento inexplicável vem um monte de comentários venenosos sobre tal pessoa. Fala sério, nós às vezes implicamos com tudo e somos insuportáveis. Basta essa pessoa chegar ao culto e já criticamos a sua roupa ou seu comportamento. Sem razão alguma.
Esse comportamento não acontece só aqui na PIBU. Pelo que Paulo disse, sobre suportarmos uns aos outros, prova que desde a época dele o ser humano já tinha dificuldades de relacionamento. Paulo foi muito inteligente na escolha de suas palavras, pois quando ele diz que precisamos nos suportar amorosamente, isso quer dizer que mesmo que você não morra de paixão por um irmão, você precisa tratá-lo com respeito e demonstrar amor na sua conduta com ele. Podemos fazer isso por gestos simples, como dar um bom dia, orar por eles e, principalmente, não fofocar ou falar mal deles. Difícil? Sim, pode ser bem difícil, porque está na nossa natureza pecar, mas precisamos nos esforçar. Dessa forma, iremos alcançar a paz a que Paulo faz referência no trecho destacado. Se você realmente quiser mudar, Deus seguramente irá ajudá-lo.
Uma única Fé

Paulo termina esse trecho tratando sobre a necessidade de seguirmos um só Deus, e termos fé apenas Nele. Era comum naquela época que as pessoas adorassem diversos deuses diferentes, que simbolizavam milhares de coisas. Aqueles povos politeístas celebravam a colheita de alimentos, por exemplo, como se fosse o presente de um de seus deuses. Então se chovesse, prestavam honrarias a outro deus, e se a lua estivesse cheia, adoravam a outro deus. Tal cultura ainda é comum hoje em dia, principalmente na Ásia. Precisamos respeitar sempre outras culturas e amar ao próximo como vimos logo acima, mas sabemos que há um só Deus verdadeiro e que nossa fé deve ser exclusiva para Ele.
A não ser que você tenha em seu quarto um bezerro de ouro que você regularmente idolatra, pode parecer fácil toda essa história de uma única fé e adorarmos um só Deus. A essa altura do campeonato você já deve imaginar o que vou dizer a seguir.

Talvez pareça fácil, mas pode ter certeza que não é. Precisamos adaptar o conselho de Paulo para nossos dias, aí iremos perceber como muitas vezes cometemos certos deslizes que comprometem nossa fé. Vou dar um exemplo bem prático, mas antes quero deixar bem claro que meu exemplo não é direcionado a ninguém especificamente e que você tem todo direito de discordar dele. Eu só peço que, caso você discorde do meu exemplo, pense em algum outro que lhe ajude a compreender o que Paulo quis dizer.
Não há nada de errado em se torcer por um time de futebol, até mesmo se for o Flamengo. Eu mesmo sou Botafoguense louco e vejo o futebol como um esporte maravilhoso que nos ensina grandes lições de vida. Mas não podemos nos esquecer de que futebol é apenas um esporte. Ficamos chateados quando nosso time de coração sofre uma derrota, principalmente para o grande rival,  ou então ficamos extremamente satisfeitos de vermos nosso clube levantar uma taça. A vontade de comemorar é tanta que vamos a PIBU vestidos (ou seria fantasiados?) com o uniforme de nosso time. Não há nada de errado em estar vestindo o uniforme de seu clube. Afinal, é apenas uma roupa. O problema é que muitas vezes essa roupa vem com uma carga enorme de distração. Eu mesmo já vivi essa experiência, sei bem como é. As pessoas te veem e começam a fazer brincadeiras relacionadas ao seu time, e ao jogo mais recente. Você vai na onda e zoa também. Até aqui você ainda lembra por que veio a PIBU, adorar a Deus. Só que esse pensamento some quando o seu time está jogando na hora do culto noturno e a sua maior preocupação é o placar. Aí você pergunta a um irmão, desesperado como você, o resultado do jogo. Ele, tenso, olha o celular impaciente por receber um SMS com o placar da partida. Está demorando. Vocês ficam nervosos. Finalmente, chega o SMS e você recebe a ótima notícia que seu time venceu o clássico. Vocês, obviamente, ficam felizes. Então você volta para dentro do templo, ops... esqueci de mencionar que você e seu amigo estavam do lado de fora realizando essa operação. Como se isso fosse o suficiente para esconder tudo de Deus..  abençoada ignorância.
Mais uma vez, não há nada de errado com futebol. Eu poderia ter citado qualquer outro esporte ou atividade que fizesse você perder o foco de sua fé. O que você precisa ter em mente é que a igreja é um local de adoração e que Deus merece nossa dedicação e fé exclusiva. Tudo aquilo que nos leva a ficar distraídos deve ser evitado a todo custo. Paulo deixou bem claro que Deus faz tudo por todos nós. Qual seria o resultado se nós não déssemos a Ele pelo menos algumas horas de exclusividade? Reflita.


LIÇÃO 06  -  17/07/2011

REDESCOBRINDO NOSSA INTEGRIDADE CRISTÃ – PARTE I

O que você entende por integridade? Podemos ser íntegros no mundo de hoje? Começamos nossa lição com duas perguntas que serão respondidas por partes, então vamos lá.
De acordo com o dicionário Michaelis integridade significa:
sf (lat integritate) 1 Qualidade do que é íntegro. 2 Inteireza moral, retidão, honestidade. 3 Imparcialidade. 4 Inocência. 5 Virgindade.

Curiosamente a definição dessa simples palavra engloba diversos valores cristãos. Seria ótimo que no mundo em que vivemos houvesse várias pessoas que compartilhassem tais valores, mas como sabemos que a vida não é cor de rosa, devemos então, como cristãos, buscar, ao menos carregar essas qualidades conosco e quem sabe deixar um exemplo para os que estão ao nosso redor. Uma das definições de integridade engloba nossa moral e honestidade. Sobre esses dois pontos, poderíamos escrever um livro, mas como o tempo não permite, vamos falar um pouco sobre essas questões.
Cada um de nós precisa dar atenção a nossa conduta moral. Nossa vida reflete o nome de nosso Deus e também de nossa igreja. Isso é coisa séria. Por exemplo, todos nós sabemos que o povo fala, e geralmente fala mal; diferentemente de víboras as pessoas destilam seu veneno a torto e a direito. Então se alguma dessas abençoadas pessoas virem você aprontando alguma, a primeira coisa que elas falarão, será sem dúvida: Como assim ele tá fazendo isso? Ele não frequenta aquela tal igreja batista. Fé em Deus que nada, ele só quer vender uma imagem de certinho. O exemplo vai daí para pior, sabe como é, há várias pessoas desbocadas por aí. Há ainda a questão da honestidade, porque caso você tenha fama de mentiroso, todo mundo recebe pedradas, você, a PIBU, Deus, etc.

Ser íntegro também significa ser imparcial. Como assim? Vou dar mais um exemplo para responder essa pergunta. Digamos que dois de seus amigos tenham um problema entre si, o que gera uma discussão e, consequentemente, eles cortem relações. Nessa hora, quem fica com um tremendo abacaxi para descascar é você, pois a boa relação entre os três agora deve ser feita entre você e apenas um deles. Caso você queira manter amizade com os dois, talvez tenha que esconder isso do outro, já que um acha que você não deve sequer falar com o outro. O pior de tudo é que seus dois amigos entraram em rota de colisão por uma coisa boba e na verdade os dois têm sua parcela de culpa. Em casos assim, talvez tenhamos uma tendência em tomar as dores de uma das partes e tratarmos uma das pessoas tão mal que parece que o problema foi entre nós e ela. Caso venhamos a fazer isso, estaremos agindo de forma pouco inteligente, como vemos no seguinte versículo:
Mas a sabedoria que do alto vem é, primeiramente, pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia. Tiago 3:17

Em situações difíceis como essa, o que temos que tentar fazer é fugir do erro de julgarmos com nosso coração o comportamento de nossos amigos. Se deixarmos esse julgamento para Deus, então poderemos nos preocupar em como criar condições para resolver o problema entre eles, para que tudo volte a sua normalidade.
Para finalizarmos nossa tentativa de compreensão sobre integridade, falaremos de duas características que então interligadas: inocência e virgindade. Não estamos tratando do sentido denotativo dessas palavras, embora o cristão venha a prezar a virgindade e a sua inocência, antes falamos do sentido conotativo de ambas. Um cristão que vive de acordo com os ensinamentos de nosso Pai será com certeza virgem em relação a uma dezena de pecados que vemos pessoas não cristãs cometerem. Embora o pecado esteja em todos nós, seguir os ensinamentos de Deus nos fortalece e nos capacita para evitar cair em erros que são comuns na vida de pessoas mais frágeis. Sob os olhos de Deus devemos carregar certa inocência, pois:

Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam. 1 Coríntios 10:23

Nossa inocência cristã precisa ser preservada, e para tal precisamos entender que devemos nos manter afastados de certas coisas. Algumas pessoas podem até achar que cristão é alienado e que não sabe absolutamente nada sobre o mundo ao seu redor, mas do que nos serve saber, por exemplo, qual é a melhor maneira de se livrar de uma ressaca? Não sei quanto a você, mas eu pessoalmente me orgulho de nunca ter vivenciado isso, e sou feliz por carregar em mim essa marca de inocência.
Íntegros em vida

Tudo bem, agora que você aprendeu o que significa integridade, preciso perguntar. E daí? Não é nenhuma novidade que você passa pouco tempo na PIBU e que na maior parte da sua vida você lida com pessoas que não estão nem um pouco preocupadas com serem íntegras, e  buscam sempre uma chance de puxarem o tapete do próximo. Aí dão a famosa desculpa do “jeitinho brasileiro”. Ora, diante de tanta malandragem, não dá para ficar parado sendo passado pra trás sempre e saindo na foto como um bobo. Será?
Responda essa pergunta você mesmo após ler Efésios 5: 1-8.
Então? Chegou a sua conclusão sobre se somos capazes ou não de manter nossa integridade na sociedade atual? Sozinhos nós não seremos capazes, mas nós bem sabemos que não estamos sozinhos nessa caminhada. Deus nos faz um convite para andarmos a seu lado, e dessa forma seremos abençoados com uma força inigualável.

Para Deus, somos a luz do mundo. Tal visão sobre nós nos mostra o poder que carregamos em nós mesmos.
Uma simples experiência que você pode fazer no seu próprio quarto serve para ilustrar o valor dessas palavras. À noite, feche a porta de seu quarto e apague todas as luzes (espero que não tenha medo de escuro). Fique então alguns minutos nessa escuridão. O que você vê é o mundo em que vivemos. Obscuro.
Mesmo que você ache que conhece bem onde ficam os objetos de seu quarto, basta que você tente dar uma dúzia de passos para que  tropece, e quem sabe, até mesmo caia. De modo semelhante, a vida no mundo obscuro que nos cerca também pode nos fazer tropeçar facilmente, mesmo quando achamos que o conhecemos bem. Porém se você pegar uma simples vela, apenas uma, e acendê-la tudo fica diferente. Por mais escuro que seu quarto esteja, a luz dessa vela será mais forte. Nunca a escuridão é capaz de enfraquecer a luz, pelo contrário, quanto mais escuro, mais diferença fará a vinda da luz àquele local.
Nós como cristãos íntegros somos capazes de ser como essa vela no mundo em que vivemos. Porém, será que estamos agindo como essa vela, ou já deixamos uma corrente de ar nos apagar? Veremos a resposta para essa pergunta na próxima lição.

LIÇÃO 07  - 24/07/2011

REDESCOBRINDO NOSSA INTEGRIDADE CRISTÃ – PARTE II

Por maior que seja nosso amor a Deus e a nossa igreja, há uma coisa dentro de nós que teremos que enfrentar. A nossa natureza humana imperfeita. Infelizmente por mais que saibamos o que é correto e queiramos pôr em prática esse conhecimento, haverá diversos momentos onde não seremos bem sucedidos. Novamente, iremos ler as sábias palavras de Paulo que tratam também sobre essa questão:
14.   Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado.
15.   Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço.
16.   E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa.
17.   De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim.
18.   Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem.
19.   Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço.
Romanos 7: 14 - 19

Quando Paulo nos fala sobre sermos vendidos para o pecado, ele deixa bem claro que nosso comportamento está submisso a nossa imperfeição. Por isso diversas vezes sabemos exatamente qual o caminho correto a seguir para resolvermos um problema ou agirmos em determinada situação, mas mesmo assim colocamos o pé na jaca. Diante desse cenário, será que devemos nos conformar com nossa tendência natural pelo pecado e desistirmos de buscar dar a Deus nosso melhor?
A questão acima é bem interessante, pois de fato, Deus melhor do que ninguém conhece as nossas deficiências. Ele compreende muito bem que pecamos, embora busquemos ter um comportamento cristão. Por essa razão, Ele está sempre disposto a nos ouvir em oração e a maravilhosamente nos dar seu perdão caso nos mostremos realmente arrependidos pelo pecado que cometemos. Porém como podemos demonstrar nosso sincero arrependimento e, dessa forma, cultivarmos nossa integridade cristã?
Já parou para pensar quantas orações você já fez a Deus? Não é possível se chegar a um número exato, pois nossa relação com Deus nos faz estar sempre em contato com ele. Em certos momentos, nos preparamos para conversar com ele, nos ajoelhamos e fechamos nossos olhos, mas em outros momentos deixamos de lado esses procedimentos e simplesmente clamamos por aquilo que necessitamos. O ponto em questão é que frequentemente nos dirigimos a Deus, e ao fazermos isso é quase automático pedirmos perdão por nossos pecados.
Não quero dizer que esse é o caso com você, mas geralmente quando fazemos algo com alta freqüência, podemos cair em uma perigosa rotina. Não me leve a mal, rotina é algo necessário, afinal sem ela nossas vidas seriam muito desorganizadas. Por exemplo, comer uma banana todas as manhãs antes de ir para escola ou trabalho é uma boa rotina. Banana faz muito bem para os músculos, evita cãibra. Com relação às bananas, é difícil imaginar como comê-las poderia se tornar algo prejudicial, mas quando tratamos sobre a questão do perdão, a rotina pode se tornar muito perigosa.
Perdão rotineiro e genuíno
Cair na rotina de pecar e pedir perdão sem realmente estar arrependido é algo muito comum e pode acontecer de diversas formas. Dificilmente você acorda de manhã e pensa: “Que erro eu vou cometer hoje?” Até porque seria ridículo escolher de que forma se quer pecar só para depois pedir perdão. A rotina do pecado acontece de forma diferente, mais sutil.
Sabemos que estamos errados, porém por causa da conveniência ou do conformismo, fingimos acreditar que o que fazemos não está errado. Em certos casos, chegamos ao ponto de visar um objetivo, como se os fins justificassem os meios, para explicar os erros que cometemos. Quando temos esse tipo de comportamento, não estamos nem um pouco preocupados com nossa integridade cristã.
Quero dar dois exemplos para ilustrar a diferença entre uma pessoa que já caiu na rotina de pecar e pedir perdão e outra que também peca, mas que se arrepende genuinamente. Os exemplos são sobre algo bem simples e rotineiro, a vinda para a igreja. Sempre pensamos na igreja como sendo o grande objetivo, e pouco pensamos em como chegamos nela. Porém há muito que se aprender pelo caminho. Obviamente é importante que cheguemos aos cultos no horário certo; atrasos são prejudiciais e devem ser evitados a qualquer custo. Então para não chegar atrasado, um abençoado irmão, que mora longe da igreja, resolve pegar uma lotada (carro de passeio usado para fins de transporte público) para chegar ao culto na hora certa. Será que ele está certo? Afinal chegar ao culto atrasado é ruim, então devemos fazer de tudo para chegarmos a tempo, certo? Por mais que seja inconveniente esperar até horas no ponto por um ônibus, que às vezes nem para, ou uma van legalizada, sempre lotada, não podemos cair no erro de achar que pegar uma lotada, algo errado e perigoso, pois além do fato de estarmos contribuindo com uma forma de transporte ilegal, estamos também colocando nossas vidas em risco, pois não temos nenhuma garantia da capacidade daquele estranho ao volante de nos conduzir em segurança, pegar uma lotada é errado de qualquer forma e o fato de ser para chegar à igreja não apaga o pecado cometido. A rotina se torna perigosa quando esse irmão pega a lotada para vir e voltar da igreja e ora sempre por perdão. Pedir perdão é importante, mas é uma atitude que deve vir seguida por atitudes que provem que estamos dispostos a mudar.
Outro irmão, que também tem dificuldades de vir aos cultos por causa da distância, nos mostra que realmente se arrependeu pelos seus pecados. Ele sofria por ter de passar horas no ponto de ônibus para pegar alguma forma de transporte legal, e por isso sempre chegava atrasado aos cultos. Por causa disso, resolveu utilizar o transporte ilegal. Ele até chegava na hora certa aos cultos, mas trazia consigo um sentimento de arrependimento. Esse irmão não utilizava lotadas para ir a nenhum outro lugar, e só as pegava para ir à igreja quando percebia que chegaria atrasado, mas mesmo assim isso o incomodava. Esse irmão resolveu que precisava mudar sua conduta quando leu as palavras de Paulo:
15.   Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios,
16.   Remindo o tempo; porquanto os dias são maus.
17.   Por isso não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor. Efésios 5: 15 - 17

Ele entendeu qual era a vontade do Senhor em sua vida. Manter sua integridade cristã acima de tudo, isso significa, dentre várias coisas, arrepender-se genuinamente pelos seus pecados. Além de orar para ter a força necessária para mudar, esse irmão também procurou mudar suas atitudes. Como morava longe da igreja e dependia de transporte público ele resolveu que aos cultos de manhã iria de bicicleta à igreja, e nos cultos noturnos iria chegar mais cedo ao ponto de ônibus e conversaria com algum irmão que possuísse um carro para combinar caronas ocasionais na hora de voltar para casa.
Os exemplos acima servem para mostrar a necessidade de não nos conformarmos com nossos erros. Ficar acomodado é muito mais fácil e conveniente, mas isso não é o que Deus espera de nós. Ficar no ponto depois do culto de domingo à noite até às 22h aturando uma forte chuva e o frio, porque não passa nenhum ônibus ou van legalizada, é dose para mamute, principalmente quando o motorista do ônibus resolve não parar; eu sei porque já vivi isso. Não sou maluco. Quero chegar em casa, jantar e dormir, mas não a troco da minha integridade cristã. Não é fácil manter-se íntegro no mundo no qual vivemos, mas não estaremos sozinhos nessa guerra. Deus estará ao nosso lado e nos dará condição de vencer esse e outros obstáculos. Nas próximas lições veremos de que forma Ele faz isso.

LIÇÃO 08   -  31/07/2011

REDESCOBRINDO A ARMADURA DE DEUS

Você provavelmente já assistiu a algum filme ou seriado de tema medieval ou clássico. Posso citar, por exemplo, o excelente filme Gladiador, que é ambientado no período de ápice do império romano, governado pelo imperador César. Nesse filme, há várias cenas de combate, onde vemos soldados e, principalmente gladiadores lutando entre si. Obviamente, esses guerreiros não engajavam um combate sem preparo adequado. Como o Gladiador e diversos outros filmes bem retratam, esses guerreiros lutavam sempre bem equipados, com espadas, escudos, lanças e outras armas e o item mais importante, uma armadura. Era essencial que estivessem protegidos adequadamente para que contribuíssem da melhor forma no combate em que ingressavam. A armadura significava em muitas ocasiões a diferença entre a vida e a morte.
Os soldados do exército de César, que lutavam em defesa de Roma e seu imperador, não agiam de forma diferente. Trajavam pesadas armaduras de metal para realizarem suas marchas ao redor da Europa. A disciplina e o preparo daqueles exércitos somados a um equipamento de combate eficiente fizeram com que tais jornadas fossem vitoriosas. Não foi por acaso que sob o comando de César e outros governantes, Roma se tornou um vasto império que chegou a dominar grande parte da Europa e que conseguiu subjugar mais que 25% da população mundial, com cerca de 60 milhões de pessoas, de diferentes povos e culturas, sob seu poder. Feitos incríveis para seres humanos imperfeitos alcançarem.
As legiões de soldados romanos eram temidas por toda extensão do território que tinham conquistado. Aqueles soldados trajavam uma armadura que representava não só o império romano, mas a própria autoridade do imperador César. Os que se dispunham a desafiar aqueles soldados e enfrentá-los estavam também desafiando o próprio imperador. A armadura concedia aos soldados o poder da autoridade do imperador que os liderava, por isso deveriam ser temidos e respeitados por todos os cidadãos.

Nosso amigo Paulo bem sabia disso e não foi por acaso que escreveu em Éfesios 6: 10 – 13:
10.   No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder.
11.   Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.
12.   Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.
13.   Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.

Paulo compara a nossa relação com Deus com a relação entre os soldados romanos e seu imperador. Um imperador provê uma armadura para proteção de seu soldado, essa armadura lhe fortalece e ainda traz um sentimento de honra. Em retribuição, como já falamos, o soldado entrega sua vida pelo imperador. Felizmente a nossa relação com Deus é muito melhor e nos traz muito mais benefícios.
Deus nos fornece uma armadura para que possamos nos proteger dos ataques que sofremos no mundo. Seja pelos nossos familiares, colegas ou por desconhecidos, a armadura de Deus irá nos capacitar a resistir a qualquer forma de perseguição. Assim como no caso dos soldados romanos, a armadura de Deus nos permite que tomemos um lugar no exército do Senhor. Com a sua ajuda estaremos prontos para enfrentar o mundo que nos cerca e que, infelizmente, como disse João: Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno.”João 5: 19
Deus não permite que fiquemos desassistidos; quando alguém nos ataca, estão também atacando a nosso grandioso Deus. Ele seguramente não ficará conformado com essa situação. No exemplo dos soldados romanos, vimos que os soldados juravam sua vida pela defesa de seu líder, mas Deus não exige isso de nós. Pelo contrário, Deus nos lidera e nos prepara para o difícil combate que temos que encarar, e, além disso, Ele se prontifica em nos garantir que a recompensa pela luta que engajamos será nada menos do que a maravilhosa vida eterna.

22.   Mas agora, libertados do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna.
23.   Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor. Romanos 6: 22 - 23

Quão maravilhoso é saber que Deus nos liberta do nosso pecado e nos prepara para guerra diante de nós. Ele faz tudo isso nos dando a total garantia de que se o amarmos e fizermos o mesmo por Jesus Cristo, receberemos, gratuitamente, vida eterna.
Prontos para combate
Os soldados romanos não sabiam ao certo quando precisariam provar sua lealdade ao seu imperador. Poderia haver, por exemplo, uma insurgência em alguma das áreas dominadas por Roma que exigisse que eles se prontificassem para impedir um problema ainda maior, ou o próprio imperador poderia decidir iniciar uma marcha com objetivo de invadir uma nova nação. Diversas outras coisas poderiam acontecer, mas independentemente disso, todos aqueles soldados deveriam estar sempre prontos para o combate. Não somente precisavam estar bem equipados e dispostos, mas também tinham a obrigação de cuidarem da manutenção de seu equipamento de combate. Caso um soldado fosse descuidado nesse quesito e não cuidasse do estado de sua armadura, na hora em que mais precisasse dela algo ruim poderia ocorrer, e isso poderia significar a perda de sua vida. Deus amorosamente nos equipou com o que há de melhor no universo. Sua armadura nos capacita a realizar feitos inimagináveis, porém essa armadura também precisa estar bem cuidada e polida. Como soldados de Deus, precisamos saber exatamente qual a função de cada peça da armadura que usamos, e, além disso, devemos nos dedicar para cuidar de cada uma das peças que vestimos. Se optarmos por omissão e desleixo, tenha certeza de que no momento de maior necessidade, não seremos capazes de resistir às investidas de nosso maior inimigo.
Releia o versículo 12 de Éfesios 6. Percebeu agora o valor da armadura de Deus. Enquanto estamos aqui, nesse mundo imperfeito, enfrentamos diversos problemas com os seres humanos, essa é a luta contra a carne e o sangue. Entretanto, nossa maior luta é contra os espíritos da maldade, isto é, o diabo e seus demônios. Não seriamos capazes de enfrentá-los sem a proteção divina. Nas próximas lições, conheceremos cada parte de nossa armadura e também como devemos cuidar dela e nos prepararmos para combate.


LIÇÃO 09    -   07/08/2011

REDESCOBRINDO A VERDADE E A JUSTIÇA


Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça. Éfesios 6: 14

A primeira parte da armadura de Deus foi feita para ser vestida em nosso tronco, e exerce duas funções principais. A primeira é permitir que nós ganhemos respeito e confiança de outros por meio da verdade, e em segundo é garantir que tenhamos condição de lutar para que as pessoas que vivem em desvantagem recebam alguma forma de auxílio por meio da justiça. Infelizmente, observamos na sociedade atual que a verdade e a justiça são fatores quase que inúteis nas relações profissionais e pessoais. As pessoas parecem ter simplesmente se esquecido da importância de não se mentir e de não se conformar com o sofrimento alheio. Como soldados de Deus nós não podemos agir dessa forma, temos que defender nossa postura cristã. De que forma então podemos fazer isso?
Digamos que você tenha que fazer um trabalho em grupo para um projeto de ciência da sua escola. Você e mais cinco pessoas deveriam se reunir e discutir de que forma o trabalho seria desenvolvido. Então haveria uma divisão igualitária das funções para que ninguém ficasse sobrecarregado. Todos os membros do grupo trocariam informações sobre suas partes e antes da apresentação do trabalho na escola, vocês todos ainda se reuniriam duas ou três vezes para acertar como apresentar o trabalho. Com tanto planejamento, no fim as coisas saem muito bem.
Eu espero sinceramente que você já tenha passado por uma situação parecida com a do exemplo; particularmente, já participei de muitos trabalhos em grupo e conto nos dedos aqueles que realmente puderam ser chamados de trabalho em grupo. Na maioria das vezes, eu assumia mais tarefas do que deveria, comportamento que fere a ideia de um trabalho em GRUPO. O pior é que se não tivesse tal postura, muitas das minhas notas teriam sido baixas. Durante todo o processo, os membros do grupo não se interessam pelo trabalho e você apenas entrega o que cada um deve falar, só para não estragar o seu trabalho (opa, não era em grupo?); então o professor, malandro, pergunta o que cada um fez pelo desenvolvimento do trabalho. Nessa hora, os seus amigos (trabalho em grupo se faz geralmente com amigos, embora seja mais complicado) olham pra você com aquela cara mal lavada. Faca de dois gumes. Falar a verdade para o professor, embora seja o correto e justo com você mesmo, irá gerar conflito com seus amigos. Por outro lado, não devemos mentir de forma alguma, pois como soldados de Deus temos que primar pela verdade. Qual é a solução? Vamos tratar disso mais a frente. Agora vamos dar uma olhada nesse velho conflito entre verdade e mentira.
A verdade e a mentira – conflito eterno 

Já se perguntou de onde vem a mentira? Boa pergunta. Quando Deus criou o Éden e o primeiro casal de seres humanos, havia uma relação perfeita entre todos. Nosso Deus é o “Deus da verdade”, Ele não pode e nem quer mentir, além disso, condena a mentira e os mentirosos. – Salmos 31: 5; João 17: 17; Tito 1: 2.
Se as coisas eram tão maravilhosas, como é possível que a mentira e a injustiça surgissem? Você, com certeza, lembra o desfecho da história de Adão e Eva. Ainda no paraíso, eles foram induzidos ao pecado por Satanás, que por meio de mentiras destruiu a vida perfeita que eles desfrutavam. Naquele momento, se fez o uso da primeira mentira, que como sabemos gerou também o primeiro pecado. Esse fato já nos dá uma noção sobre quão fatal é a mentira. O próprio Jesus também falou sobre a mentira quando confrontado por perseguidores religiosos, veja o que ele disse:
Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira. João 8: 44


As palavras de Jesus não deixam dúvida alguma sobre  quem é o pai da mentira, o Diabo. Ele deu origem à mentira, a falsidade, a injustiça e principalmente nos dias de hoje tem gasto sua energia e tempo como patrocinador desses pecados. Agindo de forma sutil e inteligente, como já havia feito  no Éden, o Diabo faz da mentira algo inofensivo e prático. É muito comum em locais de trabalho ou de estudo ouvirmos as pessoas se referirem a mentiras inofensivas que se não forem contadas tornariam a vida insuportável. São o tipo de pessoas que, por exemplo, quando questionados por um amigo se o novo corte de cabelo ficou bonito, diriam que está lindo, mesmo que não achem isso. Beleza está nos olhos de quem vê, mas nesse caso não podemos pensar que para não ofender ou entristecer o outro, devemos falar aquilo que ele quer ouvir, mesmo que para isso precisemos mentir.
Como parte do exército de Deus,  precisamos ter em mente que a mentira nos mancha, pois ela é uma das marcas do Diabo. Em absolutamente nenhuma circunstância, a mentira deve ser encarada como normal e necessária, muito menos inofensiva. Entretanto, devemos também ter em mente que a verdade pode ferir se não for dita com carinho e amor. Deus deixou claro que devemos amar ao próximo como a nós mesmos (Mateus 22: 39), então precisamos ter cuidado com o modo como falamos a verdade. Nos exemplos anteriores, poderíamos dizer que embora preferisse o cabelo do seu amigo antes do corte, o importante é que ele se sinta bem com o corte do cabelo. Sobre o primeiro exemplo, você poderia dizer ao professor o que fez no trabalho e então deixar bem claro que você só pode responder por suas atitudes. Peça para que o professor faça a mesma pergunta para seus amigos. Ficará na consciência deles se falarão a verdade ou se mentirão.
De qualquer forma você terá condições de avaliar a integridade de seus amigos. Será que Deus gostaria que andássemos com pessoas mentirosas e injustas? Ele nos garante proteção contra esses dois pecados, pois falar a verdade será muito difícil. Podemos perder amigos, sofrer perseguição, discriminação, etc. Felizmente, se mantivermos nossa armadura bem cuidada teremos condições de vencer todos esses problemas.

Deus não está cego às dificuldades que enfrentamos, é por isso que Ele nos concede uma armadura completa para lutarmos nessa guerra contra o Diabo. Talvez achemos que o fardo é demasiado grande para suportarmos, mas Deus nos dá uma amorosa certeza.

A verdade será estabelecida para sempre 

O lábio da verdade permanece para sempre, mas a língua da falsidade dura por um só momento.
Provérbios 12: 19

Ser verdadeiro fará com que você conquiste relacionamentos duradouros e benéficos. Você também receberá recompensas de Deus, como ter sua consciência limpa, ser respeitado e bem quisto por outras pessoas. Por outro lado, a mentira tem pernas curtas, talvez a língua que profere falsidades sobreviva por algum tempo, mas em longo prazo as coisas mudarão. Lembre-se pecar é pecado e:

Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.
Romanos 6: 23


LIÇÃO 1028/08/2011
REDESCOBRINDO A EVANGELIZAÇÃO 
Uma das necessidades dos soldados romanos era realizarem marchas extensas sob um clima que não contribuía a favor. Estamos falando de um sol abrasador por horas a fio, de uma jornada por desertos inóspitos. Para que eles conseguissem concluir tão árdua tarefa, era necessário que eles tivessem seus pés calçados adequadamente para que ficassem protegidos da exposição ao calor, assim como também contra escorpiões e cobras. Assim como os soldados, que recebiam uma proteção para seus pés, Deus faz o mesmo por nós. Na verdade, Ele tem calçado nossos pés por milhares de anos. Com certeza, há uma razão para que Deus se disponha a fazer isso por nós.

Passos de evangelização

Sabemos bem que o atual mundo em que vivemos jaz no poder do iniquo (1 João 5: 19) e que mesmo com a noção de que precisamos nos manter afastados do pecado enraizado nos princípios de nossa sociedade (João 17: 16), recebemos de nosso grandioso Deus uma função de grande responsabilidade. Embora estejamos travando uma guerra contra o Diabo e seus adoradores, em nenhum momento Deus gostaria de ver as pessoas que não reconhecem sua autoridade e força, sofrendo ou morrendo. Como soldados de Deus, nossa missão nessa guerra é salvar vidas e não tirá-las. Para que possamos fazer isso, devemos propagar a palavra de nosso Deus onde quer que coloquemos nossos pés.

Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém. Mateus 28: 19 - 20

Nossos pés estão calçados para que possamos cumprir essa importante função. O apóstolo Paulo reconhecia essa necessidade e por isso disse aos cristãos em Éfeso.
E calçados os pés na preparação do evangelho da paz. Éfesios 6: 15

Um bom soldado conhece diversas estratégias de combate. Dessa forma, ele terá a capacidade de decidir qual será a melhor forma de vencer seus oponentes. De modo similar, nós também temos a nossa disposição um número variado de estratégias para evangelização. Vejamos quais são algumas delas.
Marchando aos confins da Terra 

Escrevo essa lição em meados de Abril de 2011, e há algumas semanas nossa igreja iniciou sua participação na campanha de missões. Durante os cultos, temos visto momentos nos quais se fala um pouco sobre missões em lugares ao redor do Brasil e no mundo. Pessoalmente, acho que a entrega e dedicação que os missionários dão a esse tipo de serviço é algo extraordinário. Se você tem alguma dúvida sobre a motivação dessas pessoas, não precisa pensar muito, a resposta é simples, Deus. Se nós somos soldados de Deus, tomo a liberdade de classificar essas pessoas como parte de uma tropa de elite, ou algo equivalente. Já se imaginou visitando diversos locais inóspitos e carentes, visitando pessoas que sofrem e que vivem muitas vezes abaixo da linha da esperança? Que qualidades você precisa ter que para fazer parte dessa legião?
Tamanha preocupação com a necessidade do próximo só pode ser justificada pelo amor. Por causa desse sentimento, sabemos de vários exemplos bíblicos de doação e entrega plena.
Abra sua bíblia em Gênesis 22: 1 – 16 e leia sobre o grande exemplo de Abraão. Veja agora o seguinte versículo:
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. João 3: 16

Em Gênesis, vemos que Abraão se dispôs a sacrificar a vida de seu filho Isaque por ser essa a vontade de Deus. Ele poderia ter se recusado, afinal era seu filho, uma bênção de Deus, que logo lhe seria tomada pelo próprio Deus, mas ao invés disso Abraão aceitou a decisão e sem nem ao menos uma reclamação, se prontificou para realizar o sacrifício. Deus ao ver tamanho amor e tamanha fé, logo libertou Abraão daquela tarefa. O amor de Abraão foi responsável por tudo aquilo.
Além desse grandioso exemplo humano, nosso próprio Pai nos mostrou que também está disposto a se sacrificar por amor. Todos nós, provavelmente, conhecemos a história de Jesus Cristo e sobre a entrega de sua vida pela expiação de nossos pecados. Uma prova de que:

Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor. 1 João 4:8

De modo similar, o serviço missionário exige de nós enormes sacrifícios. Por exemplo, ingressar nessa obra pode vir a adiar o sonho de um casamento e filhos. Uma decisão tão grande como essa não pode ser tomada sem muitas horas de reflexão, mas tenha em mente que ninguém ingressa no serviço missionário sem receber o chamado de Deus, assim como no caso de Abraão. Deus nos escolhe e o amor é o que nos move.


Caminho de pregação
Como disse inicialmente, há várias estratégias para que a evangelização seja feita. O serviço missionário é uma delas, mas exige um chamado de Deus. Talvez hoje, você, assim como eu, ainda não  tenha recebido tal chamado. Isso quer dizer então que não participamos da evangelização? Claro que não. Deus convocou todos a pregar sua palavra, não só um grupo de pessoas. Lembre-se que todos nós somos parte deu seu exército. Podemos evangelizar nossa família, amigos, professores etc. de diversas formas.
A mais óbvia é falar de nosso Deus e de Jesus Cristo, da obra e  da nossa fé. Embora seja óbvio, é bem difícil. Nem sempre nos sentimos à vontade para falar sobre isso com outras pessoas, seja por causa de certa timidez ou por certo bloqueio da outra pessoa. Antes de abrir sua boca você pode fazer um ótimo trabalho de evangelização por sua postura e conduta. Por exemplo, se você for o único aluno da sua turma que não fala palavrões na hora de um jogo de futebol, com certeza seus colegas e professores vão notar que há algo de “estranho” em você. Quando alguém perguntar o porquê de seu comportamento, você terá uma excelente abertura para expor sua fé e os princípios divinos que regem sua vida.
Reforço novamente que existem muitas formas de evangelizar ao próximo. Seja por um serviço missionário ou não, tudo que fizermos em honra do nome de nosso Deus será uma forma de levar à Palavra ao próximo. Infelizmente muitos nos atacarão por causa disso. Na próxima lição veremos que objeto Deus nos forneceu para nos protegermos de tais investidas.


LIÇÃO 11   -  04/09/2011

REDESCOBRINDO O ESCUDO DA FÉ
Assumir nosso papel como soldado do exército de Deus, como vimos nas últimas lições, traz grandes responsabilidades. Afinal, um bom soldado deve ter plena percepção de seus deveres. Como já dissemos antes, travamos uma guerra constante contra forças espirituais (Éfesios 6: 12), e por causa dessa batalha seremos constantemente alvos de ataques. Satanás sabe exatamente quais são nossas fraquezas e imperfeições, e ele sabe também que nos atacar diretamente é a única forma que ele tem de afetar nosso Deus Todo-poderoso. Lembra-se do que ele fez com o fiel Jó? Por favor, leia Jó 1: 6 – 12. Após esse encontro, Satanás destruiu os mais valiosos bens de Jô, e ainda matou sua família. Como reagiu Jó diante de tanto sofrimento? Ele manteve-se fiel e provou seu amor a Deus, que no fim restituiu tudo o que havia perdido e ainda concedeu novas bênçãos. Como será que hoje podemos seguir tal exemplo, e resistir aos ataques do Diabo?
A primeira coisa que devemos ter em mente é que o Diabo é extremamente inteligente. Ele utiliza as armadilhas mais ardilosas para nos vencer. Além disso, ele é uma criatura muito insistente, que está sempre alerta e vigilante, aguardando o melhor momento para nos atacar. Vencê-lo uma vez não significa que estejamos seguros, pois ele está sempre à espreita.
Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.
Efésios 6:11
Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar;
1 Pedro 5:8

Não por acaso, o Diabo é comparado com um leão faminto que busca uma presa. De fato, ele está desesperado para devorar uma quantidade cada vez maior de pessoas, pois sabe que seu tempo de vida é curto. Semelhante a um leão, o Diabo sabe se camuflar no ambiente e ser bem sutil na hora de escolher sua próxima vítima. Quando percebemos sua presença, já pode ser tarde demais, ouvimos seu forte rugido e estamos tão próximos que conseguimos sentir o forte odor de sangue de sua mandíbula. Ficamos paralisados de medo, e sabemos que também seremos atacados. Porém antes desse momento final, esse maligno leão se aproximou sutilmente.
Atenção às sutilezas
Elis resolveu finalmente aceitar o convite de sua amiga Carla, de irem a uma festa da sua turma de escola. A festa seria feita na casa de um dos rapazes mais populares da escola, que por diversas vezes tentou “ficar” com Elis. Esqueci de falar que Elis era alvo de vários garotos, não só por causa de sua beleza, mas também por causa de sua postura. Por não dar bola para as investidas feitas pelos rapazes da escola, e nunca ter “ficado” com ninguém, muitos jovens olhavam pra ela como um desafio. Queriam vencer o torneio “Peguei a Elis”. Era a primeira vez que ela ia a um evento da sua turma, fora da escola. Na verdade, ela não queria ir, mas por Carla ser sua melhor amiga e ter insistido tanto para que ela a acompanhasse, até porque era aniversário da Carla, Elis não resistiu e foi à festa. Ela até pensou que algum rapaz fosse dar em cima dela, como na escola, mas resolver isso, na cabeça dela, seria fácil. Um simples NÃO e pronto. Elis estava pronta para se defender de grandes investidas, porém mal sabia ela que a sutileza é a maior força do Diabo.
Após algum tempo na festa Elis recebeu de sua amiga Carla a oferta de uma cerveja. Beber álcool não é errado e é uma decisão pessoal. Elis já havia decidido que na sua relação com Deus, álcool não era bem vindo. Tentou até recusar a cerva, mas sua amiga, já bêbada, insistiu tanto que Elis acabou pegando a bebida. Pensou: um gole não vai fazer mal. O problema é que a coisa não ficou em um gole. Pior ainda é que Elis acabou não resistindo às novas investidas do rapaz que citamos acima. Não, eles não transaram, o lance ficou em uns “amassos”, mas porque nesse caso Elis se recusou a dar um passo a mais (ufa!). Elis estava se sentindo mal por tudo aquilo e então sem nem ao menos se despedir de Carla, foi para casa. Ingenuamente Elis achou que era o fim do problema.

O problema só surgiu mesmo no retorno à escola, quando o rapaz espalhou o boato de ter transado com uma bêbada (Elis) para todo mundo. Que situação complicada, e pensar que tudo começou com o simples fato de Elis querer agradar sua amiga.
O exemplo de Elis serve para mostrar que o Diabo não nos ataca com uma avalanche. Ele nos lança uma pequena bola de neve, que geralmente nem notamos que nos atinge. Essas bolinhas de neve uma hora se tornam uma bola maior que causa uma grande avalanche em nossas vidas. Então já é tarde, o mal já foi feito. Elis teve sua imagem manchada, mas muitos problemas ainda piores podem surgir. Será que estamos suscetíveis a tais ataques constantemente?
Erga seu escudo
Foge também das paixões da mocidade; e segue a justiça, a fé, o amor, e a paz com os que, com um coração puro, invocam o Senhor.2 Timóteo 2: 26
Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo.Romanos 7: 21

Os textos acima provam dois fatores muito importantes:
1. Você, ainda aproveitando a flor de sua adolescência, vai sentir vontade de fazer muita besteira. Nunca caia no erro de achar que é forte o bastante para resistir ao mal. A fé converte corações, não hormônios. Cuidado!
2.Mesmo quando estamos com as melhores das intenções, vamos vacilar. Olha, dificilmente você vai acordar de manhã e pensar: que besteira farei hoje? É normal pensarmos em fazer coisas boas, mas na prática trocarmos os pés pelas mãos.
Tanto Deus como o Diabo sabem bem disso. Do Diabo só podemos esperar ataques letais, assim como de um leão faminto. Porém, Deus nosso líder,  não nos deixa desassistidos.
Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Efésios 6: 16

Para um soldado, seu escudo é uma proteção contra as piores investidas do inimigo. Embora sua armadura o proteja, a correta utilização do escudo permite que o soldado resista aos piores ataques. Porém o escudo só será eficiente se for direcionado para de onde vem o ataque. Assim irá bloqueá-lo. Devemos ficar alertas e atentos para os sutis ataques do Diabo. Eles virão dos lugares e pessoas que você menos espera. Resistirmos a todas essas adversidades é o que permitirá que alcancemos nossa salvação. Falaremos mais sobre isso na próxima lição.

LIÇÃO 12  - 11/09/2011
REDESCOBRINDO A ESPERANÇA DA SALVAÇÃO
A árdua guerra que travamos contra as forças do mal podem fazer com que percamos o foco de nossa luta. Claro que lutamos por amor e fé por nosso grandioso Deus, mas nossa jornada possui um destino. Precisamos estar preparados para realizar essa difícil jornada rumo à salvação. Paulo escreveu em sua carta aos Efésios:
Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus. Efésios 6: 17

Não por acaso, nosso Pai celestial nos equipou com um capacete da salvação. Como você provavelmente já percebeu, nada que Deus faça é feito por acaso. Há uma grande razão para nos equiparmos com esse capacete.
A marcha da salvação
Há algumas lições atrás, vimos que uma das razões para o poder do exército romano era que aqueles soldados estavam muito bem preparados e condicionados para ingressarem em extenuantes marchas por regiões inóspitas. Eles percorriam centenas de quilômetros até alcançarem seu destino, que poderia, por exemplo, ser uma cidade prestes a ser sitiada e conquistada. Apesar de tantos obstáculos, aqueles soldados estavam motivados pelo desejo de alcançar a vitória. Felizmente, nossa marcha não nos levará a causar mal ou destruição a nenhum ser vivente. Nossa longa marcha tem como destino a vida eterna. Porém, assim como os soldados romanos sofriam para cumprir sua marcha, nós também enfrentamos enormes dificuldades.
Pedras no caminho


No meio do caminho

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra

O poeta Drummond nos fala em sua belíssima criação sobre a existência de uma pedra no seu caminho. Assim como no poema, nós também encaramos pedras em nosso caminho. São pedras de diversos tamanhos e formas, que podem às vezes, apenas entrar em nossas botas e nos incomodar durante o restante da marcha, ou podem ser pedras demasiadamente grandes que nos farão parar por um momento, para que possamos pensar na melhor forma de desviarmos dela. Nossa marcha não será regular, pelo contrário, embora haja apenas um caminho que nos leva a salvação, as pedras vez por outra, nos desviam desse caminho. Entretanto, um soldado nunca deve perder seu foco, sua missão.
Lembra-se que dissemos anteriormente que as ações de Deus possuem uma razão muito peculiar para terem sido realizadas? Pois é. Jeová  nos equipou com o capacete da salvação precisamente para mantermos sempre em nossas cabeças a necessidade de buscarmos essa maravilhosa bênção. Apesar das diversas pedras que entram em nosso caminho, não podemos jamais perder o objetivo de nossa marcha. Sabemos que durante essa empreitada seremos alvejados por forças malignas espirituais e por diversos problemas humanos, mas o capacete da salvação nos ajudará a manter as palavras do fiel Judas em nossas mentes:

Conservai-vos a vós mesmos no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna. Judas 1: 21

Compreendendo a salvação 

Precisamos ter certo cuidado com o fato de mantermos o nosso foco na salvação. Embora tenhamos que carregar essa percepção sempre em nossos corações, devemos nos precaver para não criarmos conceitos errados sobre salvação. Faça uma autoavaliação e questione-se: Por que razão eu venho à igreja?

Se a primeira coisa que vem à sua mente é: “Porque sou obrigado pelos meus pais!”, nossa, você está passando por um gravíssimo problema. Sugiro sinceramente que converse com Deus, seus pais e até as suas professoras de EBD, faça de tudo para mudar essa sua resposta. Se a sua resposta for algo parecido com: “Para ser salvo e receber a bênção da vida eterna.”, infelizmente, lhe informo que sua motivação está equivocada como a do primeiro exemplo, e sugiro que siga as mesmas sugestões. Sabe por quê?
Não podemos jamais determinar nossa vida espiritual por causa das bênçãos que Deus nos concede. Apesar de precisarmos ter a salvação como foco, não podemos encará-la como a motivação. Todos nós temos a esperança da salvação em nós, queremos viver eternamente, mas não adoramos a Deus só por causa disso. Nossa relação com Ele não pode ser uma troca de presentes. Algo como: “Deus, eu lhe dou adoração e você me dá vida eterna e outras coisas a mais.”. Essa relação é parecida com a relação entre um aluno e uma prova. Estudar para fazer uma prova é essencial, mas o foco dos estudos não pode ser a nota da prova, antes deve ser o conhecimento que adquirimos. Digo isso porque como professor, eu não classifico meus alunos por causa da nota que tiram em uma prova, mas sim pelo desempenho que demonstram em cada aula. Assim como eu, vários professores agem da mesma forma e avaliam o aluno por tudo o que fazem. Deus age da mesma forma.

Ele não espera que nos saiamos bem em uma prova, mas em todo processo. Uma prova escolar pode ser a razão para que o aluno seja aprovado em uma determinada série, mas Deus não nos avalia dessa forma. Mesmo aprovado, o aluno pode não saber mais nada do que estudou. Deus espera que conheçamos sua palavra e o adoremos com amor diariamente. Ele deseja que cresçamos espiritualmente, mas carregando e aplicando o conhecimento que recebemos. Se mantivermos esse bom comportamento, nós receberemos diversas bênçãos e também alcançaremos a vida eterna, mas de qualquer modo, o principal já está acontecendo, estamos aprendendo cada vez mais sobre nosso Deus, e nossa relação com Ele está cada vez melhor.
O capacete da salvação nos foi concedido pra que possamos manter em nós uma visão correta sobre a salvação. Com ele, estaremos completamente protegidos contra nossos inimigos. Porém, como bem sabemos, um soldado não deve apenas se limitar à defesa. Após a marcha, chega o momento do soldado erguer sua arma e lutar contra seus adversários. Deus também nos fornece uma poderosa arma para que no devido momento derrotemos nossos perigosos adversários. Na próxima e última lição, veremos qual é essa valiosa arma e como devemos manejá-la.


LIÇÃO 13  -  18/09/2011

REDESCOBRINDO A ESPADA DO ESPÍRITO
Durante todo o estudo de nossa atual revista, nós observamos quais são os equipamentos que Deus nos deu para que pudéssemos marchar em seu nome nessa guerra espiritual que enfrentamos. Vamos dar uma repassada em tudo que já vimos, mais uma vez leiamos as palavras de Paulo:
11.   Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.
12.   Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.
13.   Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.
14.   Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça;
15.   E calçados os pés na preparação do evangelho da paz;
16.   Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.
17.   Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus. Efésios 6: 11 – 17

Sinceramente,  espero que você tenha frequentado às últimas aulas de nossa EBD, porque caso contrário, você, infelizmente, perdeu muita coisa importante. Seria bom que você buscasse estudar todo conteúdo perdido com alguém que esteve conosco durante esse maravilhoso período. Dando continuidade com nosso assunto principal, até o presente momento tratamos sobre a armadura divina que precisamos vestir, agora chegou a hora de falarmos sobre a poderosa arma que nosso Deus nos concede.
Mais do que apenas palavras
Você já deve, em algum momento de sua vida, ter ouvido a bela música Palavras ao Vento. Essa música foi composta por Marisa Monte e Moraes Moreira, e ficou muito famosa na voz da cantora Cássia Eller. O refrão dessa composição diz:

Palavras, apenas
Palavras pequenas
Palavras, momentos
Palavras palavras
Palavras palavras
Palavras ao vento

Na música, as palavras são tratadas como frágeis e pequenas. Isso é reflexo do próprio comportamento que muitas pessoas têm diariamente. Talvez sejam cobradas no trabalho por seus chefes, mas não dão a mínima atenção ao que lhes foi dito; ou quem sabe são aconselhados por seus pais, mas decidem simplesmente assumir uma postura de intolerância que no fim os leva a cometer grandes erros. Nesses e em muitos outros casos que poderíamos citar aqui, as palavras foram apenas palavras pequenas lançadas ao vento. Para um soldado, contrário a tal comportamento, a palavra de seu comandante é uma obrigação máxima. Quando recebe uma ordem, o soldado fará de tudo para cumpri-la, mesmo que para isso deva por sua própria vida em risco.
Para tais soldados, ouvir seus comandantes é essencial, principalmente porque em muitos casos eles são grandes estrategistas que farão o melhor uso de estratégias de combate em prol da vitória sobre seus inimigos. A vida do soldado acaba ficando nas mãos dos seus líderes. Da mesma forma, nossas preciosas vidas estão nas mãos de nosso Todo-poderoso Deus. Ele nos ama incondicionalmente e quando nos recrutou para lutarmos em seu nome, nos preparou muito bem para os inimigos que enfrentamos no árduo caminho que percorremos.
Para atacarmos nossos adversários espirituais, Deus nos concedeu a espada do Espírito. Essa arma representa a sua própria palavra, a Bíblia. Não há, no mundo, nenhuma outra força maior que a dessa espada, como se vê no seguinte trecho:
21.   Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele.
22.   Disse-lhe Judas (não o Iscariotes): Senhor, de onde vem que te hás de manifestar a nós, e não ao mundo?
23. Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada.João 14: 21 – 23

No trecho de João que acabamos de ler, Jesus estava conversando com seus apóstolos sobre como seria possível para eles alcançarem o caminho da salvação. Até hoje nós ainda carregamos essa grande dúvida. Sabendo disso, Jesus tratou de ser bem claro em sua resposta. Quando Judas lhe pergunta como Jesus irá se manifestar, ele responde com muita sabedoria que a sua volta se dará para aqueles que guardarem sua palavra. Essas pessoas serão como morada não só de Cristo, mas também de seu próprio Pai, nosso grandioso Deus.
Mais uma vez, voltemos à ilustração do soldado. Caso ele vá para combate sem sua arma, provavelmente irá se expor a um grande perigo de vida e não terá condições de lutar de igual para igual contra os exércitos inimigos. O mesmo ocorre conosco. Sermos soldados de Deus requer de todos nós que andemos sempre com nossas espadas do Espírito ao alcance de nossas mãos. Como vimos há algumas lições atrás, nosso maior inimigo, o Diabo, nos espreita como um leão faminto. Não sabemos quando e nem como ele nos atacará, por isso mesmo é essencial que vistamos toda armadura de Deus e tenhamos nossas espadas empunhadas.
Acima de tudo precisamos ter a percepção de que o fim se aproxima. Precisamos ficar em alerta máximo. Paulo nos alertou sobre isso, vejamos 1 Tessalonicenses 5: 1 – 11. Um soldado não pode jamais ser surpreendido em sua missão. Para estarmos alertas e prontos para enfrentar nossos inimigos enquanto marchamos na direção de nossa salvação, nosso primeiro passo deve ser amar e glorificar nosso Deus. Assim que assumirmos nossos papéis como soldados do exército de Deus, receberemos Dele todo o equipamento necessário para vencermos essa guerra. Porém, cabe a nós mesmos a responsabilidade de manusear esse equipamento de maneira correta. Durante o estudo dessa revista vimos um pouco do que podemos fazer para sermos bem sucedidos nessa questão, mas ainda há muitas outras coisas que precisamos por em prática. Faça sua parte e se dedique em compreender e em colocar em prática os princípios da bíblia. Não deixemos que as palavras de nosso Pai se percam ao vento.


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