SEGUNDA CARTA AOS CORÍNTIOS: O EMISSOR, OS DESTINATÁRIOS E A MENSAGEM
II CORÍNTIOS 1
3 - Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação;
4 - Que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus.
5 - Porque, como as aflições de Cristo são abundantes em nós, assim também é abundante a nossa consolação por meio de Cristo.
7 - E a nossa esperança acerca de vós é firme, sabendo que, como sois participantes das aflições, assim o sereis também da consolação.
12 - Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de que com simplicidade e sinceridade de Deus, não com sabedoria carnal, mas na graça de Deus, temos vivido no mundo, e de modo particular convosco.
24 - Não que tenhamos domínio sobre a vossa fé, mas porque somos cooperadores de vosso gozo; porque pela fé estais em pé.
4 - Que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus.
5 - Porque, como as aflições de Cristo são abundantes em nós, assim também é abundante a nossa consolação por meio de Cristo.
7 - E a nossa esperança acerca de vós é firme, sabendo que, como sois participantes das aflições, assim o sereis também da consolação.
12 - Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de que com simplicidade e sinceridade de Deus, não com sabedoria carnal, mas na graça de Deus, temos vivido no mundo, e de modo particular convosco.
24 - Não que tenhamos domínio sobre a vossa fé, mas porque somos cooperadores de vosso gozo; porque pela fé estais em pé.
“Paulo escreveu 2 Coríntios por volta do ano 56 d.C. (um ano depois de 1 Coríntios).
A segunda visita de Paulo foi difícil e de pouco êxito por causa de alguns ‘falsos apóstolos, obreiros fraudulentos’ (11:13) que tinham visitado Corinto. Esses falsos apóstolos tinham atacado a credibilidade de Paulo, bem como seu ministério e apostolado. Eles chegaram a chamar Paulo de covarde (10:10). Esses obreiros fraudulentos também quiseram insinuar que Paulo teria procedido desonestamente com relação à distribuição dos bens aos crentes na Judéia (8:20-23).
A segunda visita de Paulo foi difícil e de pouco êxito por causa de alguns ‘falsos apóstolos, obreiros fraudulentos’ (11:13) que tinham visitado Corinto. Esses falsos apóstolos tinham atacado a credibilidade de Paulo, bem como seu ministério e apostolado. Eles chegaram a chamar Paulo de covarde (10:10). Esses obreiros fraudulentos também quiseram insinuar que Paulo teria procedido desonestamente com relação à distribuição dos bens aos crentes na Judéia (8:20-23).
Esses falsos apóstolos não tentaram obrigar os gentios crentes a se circuncidarem, como acontecera na Galácia (Gl 1:6-9), mas quiseram dominá-los, usando de uma autoridade mais severa que a do próprio apóstolo Paulo. Apesar de tudo isso, Paulo não ia abandonar a causa divina; estava disposto a defender o bem-estar espiritual dos seus filhos na fé. Apesar da rejeição que esses lhe mostraram por ocasião da sua visita, ele ainda podia escrever-lhe uma carta (2:4). Naquela época, as cartas eram mandadas através de amigos, pois não havia correio. Paulo enviou através de Tito, um obreiro treinado por ele.
Nesta carta sentimos as flutuações emotivas do apóstolo: sua angústia em face ao caos criado pelos falsos mestres e seu intenso amor pelos crentes em Corinto.”
Gente, ser injustiçado, ser acusado de algo que você não fez é muito sinistro, né não? Vamos imaginar que você faça determinada coisa com a melhor das intenções, com o maior carinho, sem esperar nada em troca, aí chega uma criatura e diz que você só fez porque tinha segundas intenções, que você queria se aproveitar daquilo, que tirou proveito próprio. Nossa! É muito cruel. Eu já passei por uma parada dessa ao longo do meu ministério. Na ocasião, fui acusado por um companheiro de estar me promovendo e querendo ganhar dinheiro, quando na verdade estava tentando reduzir os custos de um curso para aquela igreja, procurando uma parceria. Doeu demais aquilo, até porque eu não esperava aquilo daquela pessoa. Aliás, gente, nossas frustrações são sempre maiores quando vêm de pessoas que amamos, de pessoas próximas. Imagine ser traído por um amigo, por uma amiga, pelo esposo ou pela esposa. Se dói ser traído, não devemos trair, se dói ser machucado, não devemos machucar.
VAMOS REFLETIR UM POUQUINHO: Somente pessoas que amamos são capazes de nos frustrar. Se alguém não representa nada para você, ela jamais terá a possibilidade de te frustrar. Se me frustro, se me decepciono com alguém é porque esse alguém significa algo para mim. Então, quanto maior for meu carinho por essa pessoa, maior será minha frustração se ela me decepcionar um dia.
Voltemos, pois, ao tema principal: Paulo ficou muito frustrado com o que aconteceu em Corinto. Depois que ele deixou a cidade, chegaram uns caras com um evangelho muito diferente daquele que ensinara, e os irmãos deram ouvido a esses caras. Paulo sentiu-se traído por aquela comunidade, mas apesar disso tudo não queria deixá-la. Ele continua preocupado com o bem-estar daquela igreja. Ele não está com raiva das pessoas. Ele fala em consolar aqueles que passam por alguma tribulação (verso 4), e diz que quando agimos assim, somos também consolados em Cristo. É disso que fala Francisco de Assis na lindíssima ORAÇÃO DE SÃO FRANCISCO: “Senhor fazei de mim um instrumento da tua paz... que eu possa consolar sem ser consolado...”
O verso 5 é de uma beleza e de uma profundidade sem tamanho: se participamos das aflições de Cristo, também somos consolados em Cristo. O evangelho, pessoas, o Cristianismo não é feito somente de belezuras, nem tudo são fofezas. Muitas vezes sofremos um bocadinho, nos frustramos, mas também podemos ser consolados em Cristo.
Tem um detalhezinho: muitas vezes buscamos nossos próprios problemas, muitas vezes conseguimos fazer uma mega tempestade num copo d’água. Muitas vezes, ouvimos uma história qualquer que envolve até amigos nossos e passamos adiante sem a menor preocupação de confirmá-la, simplesmente passamos e acabamos provocando um mal-estar danado, frustrando pessoas que não merecem isso. A esse fenômeno chamamos fofoca. É claro que no contexto da igreja isso não acontece.
Na segunda carta aos Coríntios, Paulo não está falando dos sofrimentos que buscamos, mas sim daqueles que nos são impostos, e mais especificamente daqueles que nos são impostos por fazermos a obra de Deus.
ANÁLISE DE CASO: Uma pessoa trabalha no escritório da empresa X. Dentro do horário de trabalho, cheia de coisas para fazer, ela para tudo e vai ler a Bíblia. O Chefe a demite? Isso seria um caso de perseguição religiosa?
LIÇÃO 02 - 22/08/2010
Quando Amamos, Ouvimos, Entendemos e Perdoamos
II CORÍNTIOS 2
4 - Porque em muita tribulação e angústia do coração vos escrevi, com muitas lágrimas, não para que vos entristecêsseis, mas para que conhecêsseis o amor que abundantemente vos tenho.
7 - De maneira que pelo contrário deveis antes perdoar-lhe e consolá-lo, para que o tal não seja de modo algum devorado de demasiada tristeza.
8 - Por isso vos rogo que confirmeis para com ele o vosso amor.
17 - Porque nós não somos, como muitos, falsificadores da palavra de Deus, antes falamos de Cristo com sinceridade, como de Deus na presença de Deus.
7 - De maneira que pelo contrário deveis antes perdoar-lhe e consolá-lo, para que o tal não seja de modo algum devorado de demasiada tristeza.
8 - Por isso vos rogo que confirmeis para com ele o vosso amor.
17 - Porque nós não somos, como muitos, falsificadores da palavra de Deus, antes falamos de Cristo com sinceridade, como de Deus na presença de Deus.
Vejam que bonitinho o carinho de Paulo para com aquele povo. Ele escreveu em meio a tribulação, a angústia e a lágrimas. Apesar de tudo o que aconteceu, ele amava aquela igreja, e quando amamos, perdoamos. Gente, eu fico chocado ao ver amizades que pareciam tão estáveis, tão duradouras, acabando por causa de bobagens, de comentários de terceiros, de coisas tão pequenas. Acho que precisamos amar nossos amigos, perdoá-los, quando isso for preciso, ninguém é perfeito, nem você. Sabe aquelas criaturas que vivem dizendo que são sinceras, que falam sempre a verdade, doa a quem doer, que são transparentes... pois é, tente falar a verdade pra ela, tente ser sincera e transparente com ela, ela não vai suportar. Vou dizer uma coisa terrível pra vocês: tudo o que mais nos aborrece no outro está em nós. É o espelhamento. Odeio o jeito daquela pessoa porque eu me vejo nela, porque também tenho aquele jeito, então não suporto me ver no outro, então prefiro me afastar. As amizades que construímos ao longo da vida são fundamentais para o nosso bem-estar. Cultivemos nossas amizade, então.
Tem uma frase linda no livro O PEQUENO PRÍNCIPE: “Você é eternamente responsável por aquilo que cativa.” Não abandone seus amigos por uma bobagem qualquer, tá bom?
Numa situação de conflito, nunca deixe de ouvir a versão do seu amigo. Nunca aceite críticas infundadas contra seus líderes, seus professores, seus pastores, seus amigos. Antes de concordar ou discordar daquilo que alguém está te dizendo sobre essas pessoas, ouça sua versão, entenda, seja tolerante, compreenda, aceite o pedido de perdão, se for o caso, e perdoe. Vamos ver a coisa assim: em algum momento da sua vida, você já aborreceu seus pais, com certeza, mas eles continuaram te amando, sentiram raiva naquele momento, mas nem por isso deixaram de te amar. Sejamos tolerantes também com eles e com os nossos amigos. Agora, a mesma coisa vivenciamos com os nossos filhos: nos aborrecemos com eles, mas nem por isso deixamos de amá-los.
No verso 17, Paulo defende o seu ministério, a sua dignidade, dizendo que ele e seus companheiros não são falsificadores da Palavra como tantos que existiam por lá e como tantos que existem por aqui. Tem muita gente falando bobagem por aí a fora e tem muita gente acreditando nesses caras e seguindo suas orientações, inclusive as mais absurdas que aparecem. Isso acontece, principalmente com pessoas que não frequentam a EBD e aí acreditam em qualquer bobagem que ouvem, e até reproduzem isso. Vamos combinar que não pode ser assim. Vamos combinar que precisamos ler a Bíblia, que precisamos frequentar a EBD, que precisamos amadurecer. Essa é a palavrinha mágica: AMADURECER.
CAPÍTULO 3
1 - PORVENTURA começamos outra vez a louvar-nos a nós mesmos? Ou necessitamos, como alguns, de cartas de recomendação para vós, ou de recomendação de vós?
2 - Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os homens
3 - Porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós, e escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração.
4 - E é por Cristo que temos tal confiança em Deus;
5 - Não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus,
6 - O qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo testamento, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata e o espírito vivifica.
17 - Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade.
2 - Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os homens
3 - Porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós, e escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração.
4 - E é por Cristo que temos tal confiança em Deus;
5 - Não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos; mas a nossa capacidade vem de Deus,
6 - O qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo testamento, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata e o espírito vivifica.
17 - Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade.
Paulo abre esse capítulo falando sobre cartas de recomendação. O contexto é o seguinte: alguns obreiros fraudulentos, citados na lição anterior, chegaram em Corinto com cartas de recomendação da igreja mãe em Jerusalém. De posse dessas cartas, tiravam uma onda danada e questionavam o ministério apostólico de Paulo, levantando dúvidas de sua integridade já que ele não costumava portar tais credenciais. Esses caras, na verdade, tentavam esconder sua desonestidade nessas tais cartas. Paulo, então, se defende, dizendo que os próprios irmãos em Corinto são suas cartas (verso 2), ou seja, as vidas transformadas naquela comunidade de pessoas que foram alcançadas através do ministério de Paulo eram provas suficiente de que ele era um obreiro de Deus, logo, não precisava de outras credenciais, de cartas da igreja em Jerusalém.
Turma, a parada funciona assim até os dias de hoje: quando temos nossa consciência tranquila, quando sabemos que nosso coração está puro diante de Deus, que nossas intenções são autênticas, não precisamos, o tempo todo, ficar nos protegendo sob títulos, sob a influência de nossa família ou qualquer coisa do tipo. Não podemos evitar que as pessoas nos critiquem; o importante é não contribuirmos para que isso aconteça, o importante é a sinceridade do nosso coração. Se você diz a alguém que é crente e esse alguém pede um documento como prova, algo pode estar errado conosco.
Quando Paulo diz que “a nossa capacidade vem de Deus”, ele quer dizer que não podemos sair por aí tirando onda por conta de nosso ministério ou por conta de um talento especial, mas que devemos, com humildade, agradecer a Deus por isso e nos colocar a disposição de nossa comunidade.
Quando ele diz que “a letra mata e o espírito vivifica” (verso 6), ele não está dizendo, de jeito nenhum, que o conhecimento mata espiritualmente, como se defendeu durante muito tempo e como alguns companheiros nossos ainda interpretam. Letra aqui não é sinônimo de conhecimento ou de ciência, é sinônimo de Lei. É só observar o contexto: ele compara o novo e o velho testamentos e conclui que a lei pode matar, mas o Espírito Santo, a graça de Deus nos vivifica, ou seja, nos dá vida. É assim: se dependêssemos da lei, estaríamos fritos, já que “todos pecaram e estão destituídos da graça de Deus”. Pelo contrário, precisamos da graça de Deus, uma vez que Sua vontade para nós é boa, perfeita e agradável.
“Onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade”, ou seja, o Espírito Santo nos liberta da pressão da lei. Isso não quer dizer que agora não há mais limites, até porque o conceito de liberdade pressupõe o respeito ao espaço do outro. Minha liberdade não pode comprometer a liberdade do outro. Esse negócio de que importante é eu ser feliz, é fazer o que quero, não tem nada de cristão. Eu não posso simplesmente sair por aí fazendo tudo o que quero, executando todas as minhas vontades, não é disso que o texto está falando não, tá? Não confunda liberdade com falta de bom senso ou de disciplina ou de limite. Somos livres em Cristo e não livres para fazer tudo aquilo que sentimos vontade de fazer. Isso é caô de quem não teme ao Senhor de verdade, de quem não observa os valores e os princípios cristãos. Aquele papo de que “eu só quero que você me aqueça nesse inverno e que tudo o mais vá pro inferno” é só parte de uma letra de Roberto Carlos, não é uma orientação de verdade para os relacionamentos humanos ou uma orientação cristã de comportamento. O outro é importante sim.
LIÇÃO 03 - 29/08/2010
A PREGAÇÃO DO EVANGELHO E NOSSA ESTRUTURA TRINA: ESPÍRITO, ALMA E CORPO
CAPÍTULO 4
3 - Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto.
4 - Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.
5 - Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o SENHOR; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus.
8 - Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.
9 - Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;
10 - Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos;
16 - Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia.
17 - Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente;
18 - Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas.
4 - Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.
5 - Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o SENHOR; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus.
8 - Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.
9 - Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;
10 - Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos;
16 - Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia.
17 - Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente;
18 - Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas.
Os seis versos iniciais deste capítulo falam sobre o propósito da pregação do evangelho, e como bem sabemos pregamos muito mais através do nosso comportamento do que através de palavras. Não que não devamos falar do poder transformador do evangelho, todavia isso não surtirá nenhum efeito se não tivermos uma vida digna, um comportamento efetivamente cristão baseado nos princípios de amor e de respeito ao próximo.
Nós não gostamos de sofrer, e boa parte de nós, influenciados pela “nojeira” que é a teologia da prosperidade, achamos que o fato de sermos cristãos nos deixa imunes ao sofrimento, às doenças, a qualquer coisa negativa, e que a vida precisa ser uma belezura sem fim. É claro que isso não encontra respaldo nas Escrituras Sagradas. Vemos aqui, por exemplo, Paulo falando de seu sofrimento, das pressões que enfrentava, das perseguições, das dificuldades. Um cristão autêntico pode sim passar por períodos de ralações, de portas fechadas, de doenças, de pouca grana, de incompreensão, e mesmo passando por tudo isso continuará com Jesus. Não se pode abandonar o barco, abandonar a fé diante da primeira dificuldade.
Embora passando o maior sufoco, Paulo chama seus problemas, que não eram poucos, de “leve e momentânea tribulação” (verso 17) e acrescenta que isso produzirá em nós maturidade espiritual, e que produzirá vitórias que glorificarão a Deus e aumentarão nossa fé.
Conforme registra Thomas Reginald Hoover, em seu livro “Comentário Bíblico – 1 e 2 Coríntios”:
CAPÍTULO 5“Podemos , pois, dar graças e louvores a Deus, venha o que vier. Mesmo ‘desvanecendo’ em sentido físico, somos renovados interiormente dia após dia! Essa renovação do espírito não produz apenas crescimento; inclui também graça e força para prosseguirmos no serviço prestado a Deus e ao seu rebanho, mesmo quando parece não termos mais energia. Inclui também uma perspectiva mais clara da glória do porvir.”
1 - PORQUE sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus.
5 - Ora, quem para isto mesmo nos preparou foi Deus, o qual nos deu também o penhor do Espírito.
6 - Por isso estamos sempre de bom ânimo, sabendo que, enquanto estamos no corpo, vivemos ausentes do Senhor
8 - Mas temos confiança e desejamos antes deixar este corpo, para habitar com o Senhor.
10 - Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal.
12 - Porque não nos recomendamos outra vez a vós; mas damo-vos ocasião de vos gloriardes de nós, para que tenhais que responder aos que se gloriam na aparência e não no coração.
15 - E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.
17 - Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.
18 - E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação;
19 - Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação.
20 - De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus.
21 - Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.
5 - Ora, quem para isto mesmo nos preparou foi Deus, o qual nos deu também o penhor do Espírito.
6 - Por isso estamos sempre de bom ânimo, sabendo que, enquanto estamos no corpo, vivemos ausentes do Senhor
8 - Mas temos confiança e desejamos antes deixar este corpo, para habitar com o Senhor.
10 - Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal.
12 - Porque não nos recomendamos outra vez a vós; mas damo-vos ocasião de vos gloriardes de nós, para que tenhais que responder aos que se gloriam na aparência e não no coração.
15 - E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.
17 - Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.
18 - E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação;
19 - Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação.
20 - De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus.
21 - Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.
Paulo começa esse capítulo estabelecendo uma comparação entre o nosso corpo físico, a que ele chama de “tabernáculo” ou “tenda” (como Pedro também o faz - 2 Pe 1:13) com o nosso corpo celestial, a que ele chama de edifício. Assim, ele quer mostrar a oposição entre o que é efêmero e o que é eterno. O nosso corpo, esse tabernáculo, essa tenda em que habita nosso espírito é temporário. Já o edifício ou casa eterna não foi feito por mãos humanas e é eterno.
“O espírito humano precisa de um corpo para desenvolver alguma interação com o seu ambiente e realizar as suas funções. Deus fez o corpo de Adão antes de soprar-lhe o fôlego (espírito) da vida (Gn 2:7). Ao morrermos, o nosso espírito e alma irão imediatamente à presença do Senhor (5:8).
[...] Deus nos criou para habitarmos com o Senhor (verso 5) e Jesus prometeu nos preparar um lugar (João 14:3).”
ESPÍRITO, ALMA E CORPO.... COMO ASSIM?
Leia com bastante atenção os versículos a seguir:
Gênesis 2:7 - E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.
1 Tessalonicenses 4: 23 - E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso SENHOR Jesus Cristo.
Hebreus 4:12 - Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.
O entendimento mais aceito no meio cristão quanto a esse assunto, diz que todos nós, seres humanos, somos formados de espírito, alma e corpo. A esse entendimento chamamos tricotomia. Então, tudo aconteceu assim: Deus fez o corpo do homem, depois soprou nele o fôlego da vida (espírito) e deu-lhe uma alma: sua personalidade, seu “psiquê”, seu caráter. Pois bem. Na morte, esses elementos se desintegram, ou melhor, se desconectam. O destino do corpo todos nós sabemos. O espírito (o fôlego da vida) volta para Deus e aí vem uma crise da parte de muita gente: e a alma? Ela desconecta-se do espírito? Se isso acontece, para onde ela vai? Se ela não se desconecta do espírito, então são de fato dois elementos que constituem o homem: o corpo e o espírito, que também é a alma.
Surge então uma outra explicação, um outro entendimento da questão, chamado de dicotomia. Segundo essa explicação, Deus formou o corpo do homem e logo depois soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o homem então se fez alma vivente. A alma vivente, portanto, seria a soma do corpo com o espírito e não um terceiro elemento.
Resumidamente, ficaria assim:Tricotomia: corpo + espírito + alma = homem (ser humano);
Dicotomia: corpo + espírito = alma vivente / ser humano.
Lendo Gênesis 2:7 com bastante atenção, a ideia da dicotomia é bastante razoável, porém ao lermos Hebreus 4:12 parece mais razoável a tricotomia, pois o texto chega a falar da divisão da alma e do espírito. Ihhh.... e agora?
Ah sim, em qual das duas eu acredito?Ih, resolvam-se aí com o professor. Abração para todos.
LIÇÃO 04 - 05/09/2010
JULGAR PELA APARÊNCIA É A MAIOR FURADA, MAS O MINISTÉRIO DA RECONCILIAÇÃO É O MAIOR BARATO.
APARÊNCIA E CORAÇÃO
O verso 12 do capítulo 5 traz um outro confronto de ideias: os que se gloriam na aparência e os que se gloriam no coração. Ele fala sobre isso relacionando, ainda, com aquela situação inicial das cartas de recomendação que estavam sendo cobradas por alguns.
Pessoal, tem muita gente que só liga para as aparências, e quase sempre se dão mal. Julgar o outro sempre é a maior furada. Não é porque alguém se veste bem, se arruma direitinho que tem que ser inteligente ou que tem que ser uma boa pessoa. Não é porque alguém se veste mal que é uma pessoa do mal. Não é porque alguém é feio ou bonito que tem que ser do bem ou do mal. O que importa de fato é aquilo que está em nosso interior, em nosso coração. É de uma situação assim que Paulo está falando ao alertar os companheiros coríntios sobre aparências e interior. Sabe aquela pessoa com quem você nem tentou conversar e aí já sai rotulando de metida a besta. Isso não seria também uma forma de julgar pela aparência?
Nós, cristãos ou não, não temos o direito de sair por aí rotulando as pessoas. Não é justo você dizer que alguém é isso ou aquilo sem que tenha feito uma tentativa de aproximação. Não é justo você julgar as pessoas em 20 ou 30 minutos de contato. Todos nós temos toda uma história, toda uma vida. Todos nós temos dias de bom humor e de mau humor, todos nós sentimos atração por algumas pessoas e repulsão por outras. O desafio é não estabelecermos julgamentos baseados simplesmente na aparência ou num contato de minutos; o desafio é amar as pessoas como elas são e não tentarmos fazer delas cópias de nós mesmos ou uma máquina de dizer sim a todos os nossos caprichos, a todas as nossas frescuras, a tudo aquilo que pensamos.
“Quando duas pessoas inimigas (que foram separadas por alguma disputa violenta) fazem as pazes e tornam-se novamente amigas, acontece o que chamamos de reconciliação. Veja como isso se dá no caso de Deus e dos seres humanos...O homem criado por Deus e habitando um mundo criado por Ele, rebelou-se contra o seu criador..., tendo agora, uma natureza pecaminosa e rebelde que o destrói e o impede de submeter-se ao governo de Deus. Ele é, efetivamente, um inimigo de Deus.
Deus odeia o pecado, mas ama o pecador. Sendo assim, iniciou as negociações visando à paz definitiva. A justiça exige o castigo pelos pecados. A reconciliação só se tornaria possível se os pecadores abandonassem a sua rebelião. Por isso, Deus mandou seu Filho, o Príncipe da Paz, para pagar a ‘multa’ (receber o castigo) do nosso pecado e possibilitou a reconciliação do mundo com o seu criador. Agora, Deus nos nomeia embaixadores de Cristo; persuadimos as pessoas a aceitarem os termos propostos por Deus e ficarem em paz com Ele. Nisso consiste o importante ministério da reconciliação.”
Agora, reconciliados com Deus, precisamos viver em paz com nossos irmãos, precisamos nos reconciliar com eles sempre que nos desentendermos por alguma razão. Não há por que você brigar com sua amiga ou com seu amigo por uma bobagem qualquer. A amizade verdadeira está sempre acima dessas pequenas coisas que geram conflitos. Ficar sem se falar é sempre uma grande besteira. O desafio é procurar o outro e ouvi-lo; o desafio é ser honesto, transparente, legal com o outro. Amizades verdadeiras têm a ver com isso.
CAPÍTULO 6
3 - Não dando nós escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não seja censurado;
4 - Antes, como ministros de Deus, tornando-nos recomendáveis em tudo; na muita paciência, nas aflições, nas necessidades, nas angústias,
5 - Nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns,
6 - Na pureza, na ciência, na longanimidade, na benignidade, no Espírito Santo, no amor não fingido,
10 - Como contristados, mas sempre alegres; como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo, e possuindo tudo.
4 - Antes, como ministros de Deus, tornando-nos recomendáveis em tudo; na muita paciência, nas aflições, nas necessidades, nas angústias,
5 - Nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns,
6 - Na pureza, na ciência, na longanimidade, na benignidade, no Espírito Santo, no amor não fingido,
10 - Como contristados, mas sempre alegres; como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo, e possuindo tudo.
Paulo continua se defendendo, declarando aos coríntios que o seu ministério não pode ser censurado, haja vista que ele tem a consciência tranquila de não ter causado nenhum escândalo, e que sendo assim, ele e seus auxiliares são altamente recomendáveis, não precisando, portanto, de cartas de recomendações ou de outro tipo de credenciais da matriz da igreja em Jerusalém.
A partir do verso 4, ele enumera 3 tipos de sofrimentos: “angústia mental (dificuldades, desonra, perigos e preocupações pelas igrejas), dor física imposta por outros (açoites, prisões), privações e desconfortos aceitos voluntariamente (trabalho duro, fome, insônias e viagens difíceis).” Ele passa por toda essa ralação por amor ao evangelho, por ter certeza do seu chamado.
Gente, o fato de sermos chamados para um ministério não nos dá garantia de que tudo será uma belezura, de que não vamos ter nenhum tipo de aborrecimento. Paulo tinha consciência disso. Ele fala de todas as dificuldades, mas faz questão de dizer que está feliz: “contristados, mas sempre alegres” (verso 10).
“Como pobres, mas enriquecendo a muitos” (verso 10) – aqui ele contrasta sua pobreza material com a riqueza espiritual do evangelho que levava a tantos, tornando-os ricos da graça de Deus.
LIÇÃO 05 - 12/09/2010
A QUESTÃO DO JUGO DESIGUAL E OUTRAS ORIENTAÇÕES
CAPÍTULO 6
14 - Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?
15 - E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel?
17 - Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; E não toqueis nada imundo, E eu vos receberei;
18 - E eu serei para vós Pai, E vós sereis para mim filhos e filhas, Diz o Senhor Todo-Poderoso.
15 - E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel?
17 - Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; E não toqueis nada imundo, E eu vos receberei;
18 - E eu serei para vós Pai, E vós sereis para mim filhos e filhas, Diz o Senhor Todo-Poderoso.
Ouvimos, com muita frequência, pregações que abordam a questão do “jugo desigual” apenas em relação a namoros e/ou casamentos com pessoas de outras religiões. A questão aí, no entanto, é bem mais ampla, não é somente disso que Paulo está falando. Ele está se referindo a qualquer tipo de relação ou aproximação com aquilo que é diferente dos valores e dos princípios cristãos. Trata-se de jugo desigual, por exemplo, pastores que se envolvem com política partidária, que participam de “maracutaias”, que tentam se dar bem se beneficiando de sua influência como pastor naquela comunidade. Também é jugo desigual o envolvimento de irmãos nossos com bicheiros ou traficantes a menos que haja o objetivo claro de evangelização.
PROMESSAS, MEDO, SANTIFICAÇÃO E RECONCILIAÇÃO
CAPÍTULO 7
1 - ORA, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus.
2 - Recebei-nos em vossos corações; a ninguém agravamos, a ninguém corrompemos, de ninguém buscamos o nosso proveito.
4 - Grande é a ousadia da minha fala para convosco, e grande a minha jactância a respeito de vós; estou cheio de consolação; transbordo de gozo em todas as nossas tribulações.
5 - Porque, mesmo quando chegamos à Macedônia, a nossa carne não teve repouso algum; antes em tudo fomos atribulados: por fora combates, temores por dentro.
6 - Mas Deus, que consola os abatidos, nos consolou com a vinda de Tito.
7 - E não somente com a sua vinda, mas também pela consolação com que foi consolado por vós, constando-nos as vossas saudades, o vosso choro, o vosso zelo por mim, de maneira que muito me regozijei.
10 - Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte.
13 - Por isso fomos consolados pela vossa consolação, e muito mais nos alegramos pela alegria de Tito, porque o seu espírito foi recreado por vós todos.
15 - E o seu entranhável afeto para convosco é mais abundante, lembrando-se da obediência de vós todos, e de como o recebestes com temor e tremor.
16 - Regozijo-me de em tudo poder confiar em vós.
2 - Recebei-nos em vossos corações; a ninguém agravamos, a ninguém corrompemos, de ninguém buscamos o nosso proveito.
4 - Grande é a ousadia da minha fala para convosco, e grande a minha jactância a respeito de vós; estou cheio de consolação; transbordo de gozo em todas as nossas tribulações.
5 - Porque, mesmo quando chegamos à Macedônia, a nossa carne não teve repouso algum; antes em tudo fomos atribulados: por fora combates, temores por dentro.
6 - Mas Deus, que consola os abatidos, nos consolou com a vinda de Tito.
7 - E não somente com a sua vinda, mas também pela consolação com que foi consolado por vós, constando-nos as vossas saudades, o vosso choro, o vosso zelo por mim, de maneira que muito me regozijei.
10 - Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte.
13 - Por isso fomos consolados pela vossa consolação, e muito mais nos alegramos pela alegria de Tito, porque o seu espírito foi recreado por vós todos.
15 - E o seu entranhável afeto para convosco é mais abundante, lembrando-se da obediência de vós todos, e de como o recebestes com temor e tremor.
16 - Regozijo-me de em tudo poder confiar em vós.
As “tais promessas” a que Paulo se refere na abertura deste capítulo são aquelas do verso 18 do capítulo anterior: “E eu serei para vós Pai, E vós sereis para mim filhos e filhas, Diz o Senhor Todo-Poderoso.” Assim, para recebermos tais promessas precisamos nos purificar de toda a imundícia e buscarmos a santificação no Senhor.
Entendemos como SANTIFICAÇÃO um processo contínuo de busca de bom comportamento cristão, de aperfeiçoamento, de amadurecimento, de aproximação com o Senhor.
Paulo se orgulha dos coríntios (verso 4), se sente consolado e alegre mesmo vivendo inúmeras tribulações, pois ele entende que toda a ralação vale a pena diante do amadurecimento espiritual daquela igreja. Ele fala das lutas que viveu na Macedônia e admite ter sentido medo. Paulo não era um super herói, ele foi um ser humano como todos nós, logo, sentia medo. E você... tem medo de quê?
De uma forma ou de outra, sentimos medo. Paulo também sentiu. Vamos tentar estabelecer um conceito para a palavra medo? E então, o que é medo?
Paulo está tranquilo e até feliz porque ele sabe que as perseguições de que foi vítima aconteceram em função do seu ministério. Ele não saiu por aí arrumando confusões desnecessárias, criando caso com as pessoas, falando mal das pessoas. Muito pelo contrário, o tempo todo ele queria fazer o bem.
Paulo está tranquilo e até feliz porque ele sabe que as perseguições de que foi vítima aconteceram em função do seu ministério. Ele não saiu por aí arrumando confusões desnecessárias, criando caso com as pessoas, falando mal das pessoas. Muito pelo contrário, o tempo todo ele queria fazer o bem.
RECONCILIAÇÃO
“Parece que os coríntios magoaram o apóstolo Paulo de qualquer maneira, e agora desejavam sarar a ferida. Na carta referida em 2:4, Paulo lhes escrevera de forma bem dura, repreendendo a falta de disciplina do irmão pecador que tinha ofendido a igreja inteira. A prova de que aquela carta surtiu efeito é dada nas palavras: ‘Basta ao tal essa repreensão feita por muitos’” (2:5,6).
Posteriormente, os coríntios abriram o coração para o apóstolo e ele reage com toda a alegria que vemos no capítulo em estudo, elogiando-os, inclusive pelo tratamento dado a Tito e compartilhando com eles o quanto Tito os amou, ou seja, a alegria de Tito e seu testemunho sobre aquela igreja deixou Paulo entusiasmado. É assim: se alguém é enviado em nosso nome para fazer uma tarefa e é bem recebido, é como se nós próprios tivéssemos sido bem recebidos. Quando recebemos algum elogio por alguma coisa que nossos filhos tenham feito, é como se nós próprios estivéssemos sendo elogiados. A mesma coisa acontece quando são criticados.
Outra coisinha importante: enquanto seres humanos que somos podemos nos entristecer ou entristecer a outros. Quando isso acontece, precisamos, imediatamente procurar a outra pessoa envolvida e nos acertar com ela. Se você ficar juntando aborrecimentos é como se fosse formando uma bola de neve que logo estará fora de controle. A reconciliação dos coríntios com Paulo só aconteceu por insistência deste.
Vejamos:
No capítulo 2, verso 1, lemos sobre a difícil visita de Paulo;
Em 7:8, ele fala de uma carta que conduziu à tristeza e ao arrependimento;
Em 7:7, ele fala da visita de Tito;
Em 2:12,13, ele fala da procura por Tito em Troas, mas eles não se encontram;
Em 7:6,7, Tito traz boas notícias de Corinto.
Por fim, Paulo escreve esta segunda carta aos coríntios, confirmando sua confiança e seu perdão em relação a eles.
Em 7:8, ele fala de uma carta que conduziu à tristeza e ao arrependimento;
Em 7:7, ele fala da visita de Tito;
Em 2:12,13, ele fala da procura por Tito em Troas, mas eles não se encontram;
Em 7:6,7, Tito traz boas notícias de Corinto.
Por fim, Paulo escreve esta segunda carta aos coríntios, confirmando sua confiança e seu perdão em relação a eles.
É muito importante, portanto, que busquemos estar bem com todos a nossa volta e que peçamos desculpas ou perdão sempre que erramos e que perdoemos ao outro. Nós não somos perfeitos. Nessa relação de coisas citadas acima, com Paulo e a igreja em Corinto, tivemos um problema de comunicação que só foi resolvido porque uma parte não desistiu da outra. Não desista de suas amizades, tá bom?
LIÇÃO 06 - 19/09/2010
O GRANDE BARATO DE CONTRIBUIR
CAPÍTULO 8
1 - TAMBÉM, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus dada às igrejas da Macedônia;
2 - porque, no meio de muita prova de tribulação, manifestaram abundância de alegria, e a profunda pobreza deles superabundou em grande riqueza da sua generosidade.
3 - Porque, segundo o seu poder (o que eu mesmo testifico) e ainda acima do seu poder, deram voluntariamente.
7 - Portanto, assim como em tudo abundais em fé, e em palavra, e em ciência, e em toda a diligência, e em vosso amor para conosco, assim também abundeis nesta graça.
8 - Não digo isto como quem manda, mas para provar, pela diligência dos outros, a sinceridade de vosso amor.
9 - Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para que pela sua pobreza enriquecêsseis.
13 - Mas, não digo isto para que os outros tenham alívio, e vós opressão,
14 - Mas para igualdade; neste tempo presente, a vossa abundância supra a falta dos outros, para que também a sua abundância supra a vossa falta, e haja igualdade;
15 - Como está escrito: O que muito colheu não teve de mais; e o que pouco, não teve de menos.
23 - Quanto a Tito, é meu companheiro, e cooperador para convosco; quanto a nossos irmãos, são embaixadores das igrejas e glória de Cristo.
24 - Portanto, mostrai para com eles, e perante a face das igrejas, a prova do vosso amor, e da nossa glória acerca de vós.
2 - porque, no meio de muita prova de tribulação, manifestaram abundância de alegria, e a profunda pobreza deles superabundou em grande riqueza da sua generosidade.
3 - Porque, segundo o seu poder (o que eu mesmo testifico) e ainda acima do seu poder, deram voluntariamente.
7 - Portanto, assim como em tudo abundais em fé, e em palavra, e em ciência, e em toda a diligência, e em vosso amor para conosco, assim também abundeis nesta graça.
8 - Não digo isto como quem manda, mas para provar, pela diligência dos outros, a sinceridade de vosso amor.
9 - Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre; para que pela sua pobreza enriquecêsseis.
13 - Mas, não digo isto para que os outros tenham alívio, e vós opressão,
14 - Mas para igualdade; neste tempo presente, a vossa abundância supra a falta dos outros, para que também a sua abundância supra a vossa falta, e haja igualdade;
15 - Como está escrito: O que muito colheu não teve de mais; e o que pouco, não teve de menos.
23 - Quanto a Tito, é meu companheiro, e cooperador para convosco; quanto a nossos irmãos, são embaixadores das igrejas e glória de Cristo.
24 - Portanto, mostrai para com eles, e perante a face das igrejas, a prova do vosso amor, e da nossa glória acerca de vós.
CAPÍTULO 9
1 - Porque bem sei a prontidão do vosso ânimo, da qual me glorio de vós para com os macedônios; que a Acaia está pronta desde o ano passado; e o vosso zelo tem estimulado muitos.
6 - E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará.
7 - Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.
8 - E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra;
9 - Conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres; A sua justiça permanece para sempre.
11- Para que em tudo enriqueçais para toda a beneficência, a qual faz que por nós se deem graças a Deus.
12 - Porque a administração deste serviço, não só supre as necessidades dos santos, mas também é abundante em muitas graças, que se dão a Deus.
“Os capítulos 8 e 9 oferecem o mais completo compêndio de ensino e metodologia de contribuição cristã na Bíblia inteira; essa passagem contém todos os princípios bíblicos que devem governar nossa contribuição beneficente.
Aparentemente, Gálatas 2:10 nos indica que a igreja de Antioquia foi a primeira a enviar ajuda aos pobres em Jerusalém e que as próximas igrejas a participarem da campanha de assistência foram as da Macedônia (Filipos, Tessalônica e Beréia). O exemplo dessas igrejas foi realmente notável, porque também passavam por uma situação difícil. Mas a sua própria pobreza não a impedia de contribuir em benefício de outros.”
Nesse sentido, o verso 2 do capítulo 8 é muito belezudo. Eles pediram para contribuir com os mais pobres e deram acima de suas posses.
Todos sabem que nossa igreja tem uma fundação de assistência aos mais necessitados, né? Pois é, trata-se do Projeto Sementinha do Futuro, que vem abençoando muitas pessoas, uma iniciativa que reflete a opção pelos pobres feita por nós. Muitas famílias têm sido atendidas. Recentemente, naquele caos causado pelas chuvas no Rio de Janeiro, levamos bastantes roupas para os desabrigados de Saquarema. Vocês podem participar, sabiam? Que tal praticarmos um pouco os ensinamentos desses capítulos de Coríntios? Se seus filhos cresceram e você não sabe o que fazer com aquele brinquedo (em boas condições), com aquela mochila novinha que ele não quer mais (as crianças que atendemos lá na fundação sempre pedem mochilas e não temos para doar), procurem Rúbia ou Ana Paula e faça sua doação. Melhor ainda, vá pessoalmente conhecer nossa fundação, nossos meninos e nossas meninas, nossos voluntários e nossas voluntárias. Outra forma de ajuda bastante significativa é cadastrar-se para doar uma (ou mais) cesta básica por mês. Para cada novo doador de cesta básica é mais uma família que conseguimos atender.
Pois bem, voltemos ao texto de Coríntios: companheiros e companheiras, contribuir é sempre um privilégio.. Há uma fase da nossa vida em que temos muito tempo e pouco ou nenhum dinheiro. Depois, passamos por outra fase, quando temos dinheiro, porém pouco tempo. É preciso administrar as duas situações numa boa, sem crises, e também dar o melhor de nós para Deus, para o nosso próximo. Os macedônios contribuíram com tanta alegria, que “deram-se a si mesmos ao Senhor”. Na verdade, gente, Deus deseja muito mais que nossa grana, que nossos bens. Ele quer todo o nosso ser. Aquele papo furado de que “Deus quer apenas o nosso coração”, não importa como me visto, o que falo ou faço, é de uma imbecilidade sem tamanho. Deus não quer somente um setor de nossas vidas, Ele quer toda a nossa vida, todo o nosso ser, e uma das formas de entrega a Deus é colaborar com os mais necessitados, é fazer uma opção pelos menos favorecidos.
“Podemos contribuir sem amar, mas não podemos amar sem contribuir.” O amor pelo outro me levará a contribuir para amenizar suas dificuldades, para reduzir as desigualdades.
Indiretamente, Paulo ensina sobre a doutrina do dízimo, e é bem direto ao ensinar sobre as contribuições regulares e proporcionais (1 Co 16:1-4).
Gente, o lance do dízimo (Malaquias 3:10) é muito simples de se entender. Desde os tempos do Judaísmo (Velho Testamento), até os primórdios do Cristianismo (Novo Testamento), e até os dias de hoje, as comunidades sempre foram compostas de pessoas mais prósperas e menos prósperas. Isso gera uma desigualdade, o que existe em grau ultra elevado em nosso país, onde uma minoria concentra rendas altíssimas em detrimento de uma maioria que vive muito próxima ou até abaixo da linha da pobreza. Pois bem, os dízimos, que inicialmente nem eram dados em dinheiro, mas em produtos, têm como uma de suas principais funções sociais amenizar essas desigualdades em cada igreja. É claro que ele é usado também para pagamento dos “levitas”, dos trabalhadores do templo, ou seja, daquelas pessoas que se dedicam de tempo integral a causa da igreja, como o pastor e seus auxiliares. Esse dinheiro serve ainda para manutenção do próprio templo: reposição de lâmpadas e outras peças, limpeza, luz, água, coisas assim. Então, se nós fazemos parte de uma igreja e temos salário ou alguma fonte de renda, precisamos sim contribuir. E não tem essa de achar que vamos dar um tanto e vamos recebê-lo de volta multiplicado como se estivéssemos fazendo um investimento financeiro. Oxente, não é isso não. Temos que contribuir porque a comunidade da qual fazemos parte depende de nós, porque queremos um mínimo de conforto quando estamos no templo, porque existem pastores que cuidam de nós e que vivem em função disso. Enfim, vamos deixar de ser canguinhas, pão-duros, reclamões e vamos entregar nossos dízimos, tá bom?
Num de seus belos sermões recentes, o companheiro Luciano citou uma frase que achei muito fofa: “Nós não entregamos nossos dízimos para ganhar alguma coisa; entregamos porque já ganhamos.” Que fofice, né? No livro “As Cartas aos Coríntios”, William Barclay, registra quatro motivações para a contribuição dos crentes:
1.Como dever;
2.Para experimentar a auto-satisfação;
3.Para ganhar prestígio e honra;
4.Porque é constrangido pelo amor.
Não é que as três motivações iniciais estejam erradas, mas belezuda mesmo é a última, é você contribuir porque entendeu que o outro precisa de você, é você dar com alegria (verso 7). Paulo orienta a igreja de Corinto para que arrecadem sua contribuição para as igrejas carentes de forma que ao passar por lá, ele e/ou seus auxiliares já pudessem pegar esse dinheiro e levá-lo para o seu destino. Ele pede para que façam isso antes de sua chegada a fim de evitar constrangimentos; ele conta com o bom senso dos coríntios e com o amor destes pelos outros irmãos em Cristo.
LIÇÃO 07 - 26/09/2010
TIRAR ONDA É FÁCIL, QUERO VER DIALOGAR!
CAPÍTULO 10
1 - ALÉM disto, eu, Paulo, vos rogo, pela mansidão e benignidade de Cristo, eu que, na verdade, quando presente entre vós, sou humilde, mas ausente, ousado para convosco;
2 - Rogo-vos, pois, que, quando estiver presente, não me veja obrigado a usar com confiança da ousadia que espero ter com alguns, que nos julgam, como se andássemos segundo a carne.
7 - Olhais para as coisas segundo a aparência? Se alguém confia de si mesmo que é de Cristo, pense outra vez isto consigo, que, assim como ele é de Cristo, também nós de Cristo somos.
9 - Para que não pareça como se quisera intimidar-vos por cartas.
10 - Porque as suas cartas, dizem, são graves e fortes, mas a presença do corpo é fraca, e a palavra desprezível.
11 - Pense o tal isto, que, quais somos na palavra por cartas, estando ausentes, tais seremos também por obra, estando presentes.
12 - Porque não ousamos classificar-nos, ou comparar-nos com alguns, que se louvam a si mesmos; mas estes que se medem a si mesmos, e se comparam consigo mesmos, estão sem entendimento.
17 - Aquele, porém, que se gloria, glorie-se no SENHOR.
18 - Porque não é aprovado quem a si mesmo se louva, mas, sim, aquele a quem o Senhor louva.
2 - Rogo-vos, pois, que, quando estiver presente, não me veja obrigado a usar com confiança da ousadia que espero ter com alguns, que nos julgam, como se andássemos segundo a carne.
7 - Olhais para as coisas segundo a aparência? Se alguém confia de si mesmo que é de Cristo, pense outra vez isto consigo, que, assim como ele é de Cristo, também nós de Cristo somos.
9 - Para que não pareça como se quisera intimidar-vos por cartas.
10 - Porque as suas cartas, dizem, são graves e fortes, mas a presença do corpo é fraca, e a palavra desprezível.
11 - Pense o tal isto, que, quais somos na palavra por cartas, estando ausentes, tais seremos também por obra, estando presentes.
12 - Porque não ousamos classificar-nos, ou comparar-nos com alguns, que se louvam a si mesmos; mas estes que se medem a si mesmos, e se comparam consigo mesmos, estão sem entendimento.
17 - Aquele, porém, que se gloria, glorie-se no SENHOR.
18 - Porque não é aprovado quem a si mesmo se louva, mas, sim, aquele a quem o Senhor louva.
Paulo inicia sua defesa neste capítulo apelando aos coríntios “pela mansidão e benignidade de Cristo” (leia Mateus 11:29). A palavra mansidão traz em si a ideia de autocontrole, algo de que todos nós precisamos. Assim, não temos que sair por aí nos orgulhando de termos um temperamento agressivo ou violento, muito pelo contrário, temos que desenvolver o controle dos nossos instintos, temos que ser mansos e humildes, como Cristo.
Todas as questões que envolvem nossa vida devem ser resolvidas através do diálogo, nunca através de imposições ou de qualquer atitude agressiva ou arrogante.
Todas as questões que envolvem nossa vida devem ser resolvidas através do diálogo, nunca através de imposições ou de qualquer atitude agressiva ou arrogante.
Paulo Freire, o grande educador brasileiro diz (Pedagogia do Oprimido) que:
“Se não amo o mundo, se não amo a vida, se não amo os homens, não me é possível o diálogo. Não há, por outro lado, diálogo, se não há humildade. A pronúncia do mundo, com que os homens o recriam permanentemente, não pode ser um ato arrogante.
O diálogo, como encontro dos homens para a tarefa comum de saber agir, se rompe, se seus pólos (ou um deles) perdem a humildade.
Como posso dialogar, se alieno a ignorância, isto é, se a vejo sempre no outro, nunca em mim?
Como posso dialogar, se me admito como um homem diferente, virtuoso por herança, diante dos outros, meros “isto”, em quem não reconheço outros eu?
Como posso dialogar, se me sinto participante de um gueto de homens puros, donos da verdade e do saber, para quem todos os que estão fora são “essa gente”, ou são “nativos inferiores”?
Como posso dialogar, se me fecho à contribuição dos outros, que jamais reconheço, e até me sinto ofendido com ela.
A auto-suficiência é incompatível com o diálogo. Os homens que não têm humildade ou a perdem, não podem aproximar-se do povo.”
O diálogo, como encontro dos homens para a tarefa comum de saber agir, se rompe, se seus pólos (ou um deles) perdem a humildade.
Como posso dialogar, se alieno a ignorância, isto é, se a vejo sempre no outro, nunca em mim?
Como posso dialogar, se me admito como um homem diferente, virtuoso por herança, diante dos outros, meros “isto”, em quem não reconheço outros eu?
Como posso dialogar, se me sinto participante de um gueto de homens puros, donos da verdade e do saber, para quem todos os que estão fora são “essa gente”, ou são “nativos inferiores”?
Como posso dialogar, se me fecho à contribuição dos outros, que jamais reconheço, e até me sinto ofendido com ela.
A auto-suficiência é incompatível com o diálogo. Os homens que não têm humildade ou a perdem, não podem aproximar-se do povo.”
É linda demais essa citação de Paulo Freire, que tem tudo a ver com a defesa de Paulo no início do capítulo. É como se ele estivesse dizendo: gente, vamos dialogar, não sou melhor que vocês, vocês não são melhores que eu, a gente precisa conversar.
Os opositores de Paulo espalhavam pela igreja em Corinto que Paulo só era valente quando escrevia, mas que pessoalmente era um frouxo, ou seja, que era forte escrevendo e fraco presencialmente.
O que os caras diziam sobre ele não era verdade, não era bem isso. Esses caras só queriam queimar a imagem dele diante da igreja em Corinto, por isso ele se defende dizendo que se preciso, ele seria tão enérgico pessoalmente quanto costumava ser por carta. De qualquer forma, ele estaria aberto ao diálogo.
Ele questiona o fato de muitos julgarem pela aparência. E isso, como já vimos, como sabemos, é a maior furada.
Paulo fala dos caras que se comparam a si mesmos, como se o mundo girasse em torno deles. Ele diz que ninguém deve ficar “sisse” (já falamos sobre isso quando estudamos Romanos), que ninguém deve gloriar-se em si mesmo, tirar onda, que ninguém deve louvar-se a si mesmo. Na verdade, gente, é muito esquisito quando alguém se auto-elogia. É legal quando somos elogiados pelos outros, todos nós gostamos de elogios, agora quando nos elogiamos, é esquisito. Normalmente, essas criaturas não são tão fantásticas quanto pensam, então não são elogiadas. Como ninguém as elogia, por garantia, elas mesmas se elogiam. É horrível. Eu desconfio de todo mundo que vive se elogiando, normalmente são pessoas incompetentes ou inoperantes, o que dá no mesmo. “Aquele, porém, que se gloria, glorie-se no SENHOR”.
Os opositores de Paulo espalhavam pela igreja em Corinto que Paulo só era valente quando escrevia, mas que pessoalmente era um frouxo, ou seja, que era forte escrevendo e fraco presencialmente.
O que os caras diziam sobre ele não era verdade, não era bem isso. Esses caras só queriam queimar a imagem dele diante da igreja em Corinto, por isso ele se defende dizendo que se preciso, ele seria tão enérgico pessoalmente quanto costumava ser por carta. De qualquer forma, ele estaria aberto ao diálogo.
Ele questiona o fato de muitos julgarem pela aparência. E isso, como já vimos, como sabemos, é a maior furada.
Paulo fala dos caras que se comparam a si mesmos, como se o mundo girasse em torno deles. Ele diz que ninguém deve ficar “sisse” (já falamos sobre isso quando estudamos Romanos), que ninguém deve gloriar-se em si mesmo, tirar onda, que ninguém deve louvar-se a si mesmo. Na verdade, gente, é muito esquisito quando alguém se auto-elogia. É legal quando somos elogiados pelos outros, todos nós gostamos de elogios, agora quando nos elogiamos, é esquisito. Normalmente, essas criaturas não são tão fantásticas quanto pensam, então não são elogiadas. Como ninguém as elogia, por garantia, elas mesmas se elogiam. É horrível. Eu desconfio de todo mundo que vive se elogiando, normalmente são pessoas incompetentes ou inoperantes, o que dá no mesmo. “Aquele, porém, que se gloria, glorie-se no SENHOR”.
Ainda sobre a questão de elogios, quero só destacar que aquele papo de que “estou fazendo para Deus, não importa o que o pastor ache, já que não estou fazendo para ele” funciona como uma espécie de auto-defesa, uma forma do sujeito sofrer menos quando não tem seu trabalho reconhecido. Na verdade, todos nós precisamos e gostamos de elogios. A questão é como vamos administrar isso. É claro que fazemos as coisas para Deus, mas esperamos (no fundo, no fundo sempre esperamos) que nossos líderes reconheçam nosso trabalho e que elogiem. Da mesma forma, devemos elogiar nossos liderados sempre que eles acertam. Não é justo aquele papo de “nós acertamos” e “você errou”. Oxente, se somos uma equipe, erramos e acertamos juntos. Fazemos para Deus, mas como somos gente, queremos alguma forma de reconhecimento humano, e isso é legítimo. O problema é quando fazemos alguma coisa exclusivamente na expectativa de elogios, quando só recolhemos um copinho do chão quando o pastor está vendo, quando só produzimos alguma coisa quando nossos líderes estão olhando. Aí também não pode ser. Nesse caso, não estaríamos, de fato, fazendo para Deus.
LIÇÃO 08 - 03/10/2010
PASTORES APROVADOS E PASTORES REPROVADOS POR DEUS
CAPÍTULO 11
2 - Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo.
5 - Porque penso que em nada fui inferior aos mais excelentes apóstolos.
8 - Outras igrejas despojei eu para vos servir, recebendo delas salário; e quando estava presente convosco, e tinha necessidade, a ninguém fui pesado.
13 - Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo.
14 - E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz.
22 - São hebreus? também eu. São israelitas? também eu. São descendência de Abraão? também eu.
23 - São ministros de Cristo? (falo como fora de mim) eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; em açoites, mais do que eles; em prisões, muito mais; em perigo de morte, muitas vezes.
24 - Recebi dos judeus cinco quarentenas de açoites menos um.
25 - Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo;
27 - Em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejum muitas vezes, em frio e nudez.
28 - Além das coisas exteriores, me oprime cada dia o cuidado de todas as igrejas.
29 - Quem enfraquece, que eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu me não abrase?
31- O Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que é eternamente bendito, sabe que não minto.
32 - Em Damasco, o que governava sob o rei Aretas pôs guardas às portas da cidade dos damascenos, para me prenderem.
33 - E fui descido num cesto por uma janela da muralha; e assim escapei das suas mãos.
5 - Porque penso que em nada fui inferior aos mais excelentes apóstolos.
8 - Outras igrejas despojei eu para vos servir, recebendo delas salário; e quando estava presente convosco, e tinha necessidade, a ninguém fui pesado.
13 - Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo.
14 - E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz.
22 - São hebreus? também eu. São israelitas? também eu. São descendência de Abraão? também eu.
23 - São ministros de Cristo? (falo como fora de mim) eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; em açoites, mais do que eles; em prisões, muito mais; em perigo de morte, muitas vezes.
24 - Recebi dos judeus cinco quarentenas de açoites menos um.
25 - Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo;
27 - Em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejum muitas vezes, em frio e nudez.
28 - Além das coisas exteriores, me oprime cada dia o cuidado de todas as igrejas.
29 - Quem enfraquece, que eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu me não abrase?
31- O Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que é eternamente bendito, sabe que não minto.
32 - Em Damasco, o que governava sob o rei Aretas pôs guardas às portas da cidade dos damascenos, para me prenderem.
33 - E fui descido num cesto por uma janela da muralha; e assim escapei das suas mãos.
Gente, vamos comparar esse texto lindo com Ezequiel 34:
2 - Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza, e dize aos pastores: Assim diz o Senhor DEUS: Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não devem os pastores apascentar as ovelhas?
3 - Comeis a gordura, e vos vestis da lã; matais o cevado; mas não apascentais as ovelhas.
4 - As fracas não fortalecestes, e a doente não curastes, e a quebrada não ligastes, e a desgarrada não tornastes a trazer, e a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza.
5 - Assim se espalharam, por não haver pastor, e tornaram-se pasto para todas as feras do campo, porquanto se espalharam.
10 - Assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu estou contra os pastores; das suas mãos demandarei as minhas ovelhas, e eles deixarão de apascentar as ovelhas; os pastores não se apascentarão mais a si mesmos; e livrarei as minhas ovelhas da sua boca, e não lhes servirão mais de pasto.
3 - Comeis a gordura, e vos vestis da lã; matais o cevado; mas não apascentais as ovelhas.
4 - As fracas não fortalecestes, e a doente não curastes, e a quebrada não ligastes, e a desgarrada não tornastes a trazer, e a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza.
5 - Assim se espalharam, por não haver pastor, e tornaram-se pasto para todas as feras do campo, porquanto se espalharam.
10 - Assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu estou contra os pastores; das suas mãos demandarei as minhas ovelhas, e eles deixarão de apascentar as ovelhas; os pastores não se apascentarão mais a si mesmos; e livrarei as minhas ovelhas da sua boca, e não lhes servirão mais de pasto.
Comparando esses dois textos, percebemos um contraste imenso entre a prática de Paulo com os coríntios, seu amor, sua preocupação, seus cuidados, e os pastores de Israel contra os quais Ezequiel profetiza.
Esses pastores do texto de Ezequiel são daquele tipo que não está tão preocupado em proteger suas ovelhas, em cuidar delas com carinho. Muito pelo contrário, eles querem é se dar bem, explorá-las, comer as gorduras e fazer roupas com as lãs. Modernamente, são aqueles cidadãos que exploram financeiramente a boa fé das pessoas, não visando o bem estar da comunidade, do coletivo, mas dele próprio. É aquele cara que negocia os votos de suas ovelhas para se dar bem, para se beneficiar de algum favor ou de algum cargo político, ou seja, essa gente ruim de quem ouvimos falar. Agora vejamos Paulo, sua visão de pastorado. Antes de falar de Paulo, lembrei-me de um outro cara, até extremista nesse sentido, que defendia o voto de pobreza. Estou falando de São Francisco de Assis. Tá bom, tá bom, Francisco de Assis, um cara fantástico.
Esses pastores do texto de Ezequiel são daquele tipo que não está tão preocupado em proteger suas ovelhas, em cuidar delas com carinho. Muito pelo contrário, eles querem é se dar bem, explorá-las, comer as gorduras e fazer roupas com as lãs. Modernamente, são aqueles cidadãos que exploram financeiramente a boa fé das pessoas, não visando o bem estar da comunidade, do coletivo, mas dele próprio. É aquele cara que negocia os votos de suas ovelhas para se dar bem, para se beneficiar de algum favor ou de algum cargo político, ou seja, essa gente ruim de quem ouvimos falar. Agora vejamos Paulo, sua visão de pastorado. Antes de falar de Paulo, lembrei-me de um outro cara, até extremista nesse sentido, que defendia o voto de pobreza. Estou falando de São Francisco de Assis. Tá bom, tá bom, Francisco de Assis, um cara fantástico.
Voltemos para Paulo, foco desse estudo: ele estava disposto a suportar de tudo por amor a suas ovelhas. Nesse capítulo, ele enumera uma série de dificuldades que enfrentou por amor à igreja, inclusive aos coríntios. Ele ralou muito, sofreu horrores, coisas que aqueles pastores citados por Ezequiel jamais fariam, coisas que esses pastores contemporâneos a que me referi nem pensariam em fazer, em suportar.
Paulo demonstra profundo zelo pelos coríntios, ele deseja o melhor para os seus filhos na fé. Assim como Jesus (João 10:11), Paulo declara que seria capaz de dar a vida pelas ovelhas.
“As credenciais de Paulo são as cicatrizes no seu corpo! Ele era tão judeu quanto os seus opositores, mas esse fato não vinha ao caso. O que importava para ele era a sua fidelidade em cumprir a missão confiada a ele pelo Senhor. Paulo tinha certeza de que no seu serviço e sofrimento em nome de Cristo ele excedia aos seus críticos.
Paulo escreveu essa carta da Macedônia pouco depois de sair de Éfeso. Os sofrimentos aqui descritos deviam ter acontecido no decorrer de alguns anos, e sabemos que ele sofreria ainda mais nos anos posteriores a essa epístola.”
Isso significa dizer que Paulo enquanto fundador e pastor de tantas igrejas tinha seu foco no ministério apostólico de tal forma que nenhuma ralação, nenhum sofrimento seriam capazes de afastá-lo de seu ministério, de seu esmero por suas ovelhas.
A igreja de hoje é bem assim ainda: se estou focado em meu ministério não posso dar piti por qualquer coisa, por qualquer bobagem, por qualquer razão, ainda que séria, e abandonar aquilo que me propus fazer. Todo mundo que trabalha na igreja tem decepções, ralações, sofrimentos, passa sufoco. A questão é: se temos clareza de nosso ministério, passamos por tudo isso com alegria.
Voltando então a questão do pastorado do ponto de vista de Paulo e os pastores da profecia de Ezequiel, e muitos pastores atuais, podemos traçar um paralelo e definirmos quem são os verdadeiros pastores segundo o propósito de Deus.
A igreja de hoje é bem assim ainda: se estou focado em meu ministério não posso dar piti por qualquer coisa, por qualquer bobagem, por qualquer razão, ainda que séria, e abandonar aquilo que me propus fazer. Todo mundo que trabalha na igreja tem decepções, ralações, sofrimentos, passa sufoco. A questão é: se temos clareza de nosso ministério, passamos por tudo isso com alegria.
Voltando então a questão do pastorado do ponto de vista de Paulo e os pastores da profecia de Ezequiel, e muitos pastores atuais, podemos traçar um paralelo e definirmos quem são os verdadeiros pastores segundo o propósito de Deus.
LIÇÃO 09 - 10/10/2010
VISÕES, ESPINHO NA CARNE E CONSIDERAÇÕES FINAIS
CAPÍTULO 12
2 - Conheço um homem em Cristo que há catorze anos (se no corpo, não sei, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) foi arrebatado ao terceiro céu.
3 - E sei que o tal homem (se no corpo, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe)
4 - Foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é lícito falar.
5 - De alguém assim me gloriarei eu, mas de mim mesmo não me gloriarei, senão nas minhas fraquezas.
6 - Porque, se quiser gloriar-me, não serei néscio, porque direi a verdade; mas deixo isto, para que ninguém cuide de mim mais do que em mim vê ou de mim ouve.
7 - E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar.
8 - Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim.
9 - E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo.
10 - Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte.
13 - Pois, em que tendes vós sido inferiores às outras igrejas, a não ser que eu mesmo vos não fui pesado? Perdoai-me este agravo.
3 - E sei que o tal homem (se no corpo, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe)
4 - Foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é lícito falar.
5 - De alguém assim me gloriarei eu, mas de mim mesmo não me gloriarei, senão nas minhas fraquezas.
6 - Porque, se quiser gloriar-me, não serei néscio, porque direi a verdade; mas deixo isto, para que ninguém cuide de mim mais do que em mim vê ou de mim ouve.
7 - E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar.
8 - Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim.
9 - E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo.
10 - Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte.
13 - Pois, em que tendes vós sido inferiores às outras igrejas, a não ser que eu mesmo vos não fui pesado? Perdoai-me este agravo.
14 - Eis aqui estou pronto para pela terceira vez ir ter convosco, e não vos serei pesado, pois que não busco o que é vosso, mas sim a vós: porque não devem os filhos entesourar para os pais, mas os pais para os filhos.
É interessante observar nessa segunda carta aos coríntios como Paulo salienta os grandes contrastes em sua vida. Ele passa de episódios humilhantes à uma fantástica “visita” ao terceiro céu, ao paraíso. Também é interessante que ele fala desse episódio em terceira pessoa (conheço um homem) como quem não quer tirar muita onda com o caso. Ele diz ter ouvido palavras inefáveis, coisas tão lindas e fofas que não convém ao homem falar. Ele arremata dizendo que desse episódio e desse alguém (ele mesmo) ele se gloria, mas não dele, homem comum, que é feliz e sofre como todos os outros seres humanos.
Essa experiência espiritual, segundo alguns estudiosos da Bíblia deve ter ocorrido quando esteve quase morto por conta de um apedrejamento do qual foi vítima na cidade de Listra (At 14:19-20). Seu espírito teria sido arrebatado ao paraíso (supostamente acima da atmosfera e das estrelas – “terceiro céu”) – a morada de Deus e dos remidos (Ef 4:10).
Será que Paulo estaria descrevendo aqui uma “experiência de quase morte”? Alguns irmãos nossos ainda hoje relatam experiências como essa de Paulo após serem declarados “mortos” por um médico. No caso de Paulo, ele foi imensamente inspirado e animado com palavras inefáveis para prosseguir na sua missão. Também é um fato, não podemos negar, que alguns desses irmãos nossos viajam na maionese ao dizerem que viram coisas, muitas vezes, sem o menor sentido que em nada contribuirá para a edificação da igreja. Não estou desvalorizando a experiência de Paulo ou de alguns irmãos ainda hoje, estou dizendo que há exageros, estou dizendo que esses casos não são tão frequentes como defendem alguns.
Será que Paulo estaria descrevendo aqui uma “experiência de quase morte”? Alguns irmãos nossos ainda hoje relatam experiências como essa de Paulo após serem declarados “mortos” por um médico. No caso de Paulo, ele foi imensamente inspirado e animado com palavras inefáveis para prosseguir na sua missão. Também é um fato, não podemos negar, que alguns desses irmãos nossos viajam na maionese ao dizerem que viram coisas, muitas vezes, sem o menor sentido que em nada contribuirá para a edificação da igreja. Não estou desvalorizando a experiência de Paulo ou de alguns irmãos ainda hoje, estou dizendo que há exageros, estou dizendo que esses casos não são tão frequentes como defendem alguns.
SOBRE O ESPINHO NA CARNE
Muita coisa já foi escrita sobre esse tal de espinho na carne do apóstolo Paulo (verso 7). Ele chama esse espinho de “mensageiro de Satanás”, cujo objetivo era esbofeteá-lo. São muitas hipóteses para explicar esse “espinho na carne.” Vejamos algumas: ferida física decorrente de apedrejamentos e ataques dos judaizantes; uma doença grave (Gl 4:13-14); malária; epilepsia; problemas de visão (Gl 4:15); tentações de natureza espiritual (orgulho, por exemplo).
Segundo Thomas Reginald Hoover, em seu Comentário Bíblico de 1º e 2º Coríntios:
“O mais importante não é o ‘quê’, mas o ‘porquê”. A semelhança de Jesus, o qual orou no Getsêmani que o cálice passasse dEle, Paulo pediu três vezes que fosse tirado o seu espinho na carne. O Senhor respondeu à sua oração, mas não tirou o espinho. A resposta divina tem ajudado milhões de crentes a aguentarem de bom ânimo padecimentos os mais diversos: ‘A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza (verso 9). Foi assim que Paulo, uma vez fariseu arrogante e orgulhoso e depois apóstolo abençoado com revelações celestiais, aprendeu a humildade e a dependência do poder do Senhor na sua própria fraqueza!”
CAPÍTULO 13
1 - É ESTA a terceira vez que vou ter convosco. Por boca de duas ou três testemunhas será confirmada toda a palavra
5 - Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados.
6 - Mas espero que entendereis que nós não somos reprovados.
8 - Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade.
9 Porque nos regozijamos de estar fracos, quando vós estais fortes; e o que desejamos é a vossa perfeição.
10 - Portanto, escrevo estas coisas estando ausente, para que, estando presente, não use de rigor, segundo o poder que o Senhor me deu para edificação, e não para destruição.
11 - Quanto ao mais, irmãos, regozijai-vos, sede perfeitos, sede consolados, sede de um mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz será convosco.
5 - Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados.
6 - Mas espero que entendereis que nós não somos reprovados.
8 - Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade.
9 Porque nos regozijamos de estar fracos, quando vós estais fortes; e o que desejamos é a vossa perfeição.
10 - Portanto, escrevo estas coisas estando ausente, para que, estando presente, não use de rigor, segundo o poder que o Senhor me deu para edificação, e não para destruição.
11 - Quanto ao mais, irmãos, regozijai-vos, sede perfeitos, sede consolados, sede de um mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz será convosco.
Paulo defende ferozmente o evangelho de Cristo, pois teme que um “evangelho diferente” levado pelos tais obreiros fraudulentos citados nesta carta alastre-se pela igreja em Corinto afastando os crentes da simplicidade e da pureza dos ensinamentos de Cristo.
O mesmo autor citado na página anterior, na mesma obra, comenta:
“Ao encerrar a sua carta, Paulo menciona mais uma vez a sua iminente visita (terceira) a Corinto e a sua preocupação acerca das condições lá existentes. Ele se preocupa não só pela fé dos coríntios, mas também por seu comportamento. Espera que os problemas de conduta sejam resolvidos antes da sua chegada lá. Preferiria uma visita agradável e pacífica, sem interrupções provocadas ou disputas, partidarismos e pecado na congregação.”
Paulo tem clareza de que muitos dos crentes coríntios são imaturos, mas faz questão de lembrar-lhes de que são crentes e de que estão em Cristo e Cristo neles (verso 5).
Na igreja contemporânea também encontramos muitos crentes imaturos. Na sua concepção, o que é um crente imaturo?
Na igreja contemporânea também encontramos muitos crentes imaturos. Na sua concepção, o que é um crente imaturo?
12 - Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo. Todos os santos vos saúdam.
13 - A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com todos vós. Amém.
13 - A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com todos vós. Amém.
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