segunda-feira, 11 de maio de 2009

GRUPOS DE VIDA - RELIGIÕES (MÓDULO II)


APRESENTAÇÃO

Companheiros e companheiras, este segundo módulo conclui, mas não esgota o estudo das diversas religiões. No próximo, por sugestão do grupo SOM DO CÉU, estudaremos juntos sobre MÚSICA, LOUVOR E ADORAÇÃO.

Como já foi dito, o objetivo desses bate-papos sobre as diversas religiões não é, de jeito nenhum, promover a intolerância religiosa ou qualquer forma de desrespeito a esses grupos, mas sim traçar estratégias evangelizadoras e estimular o bom convívio entre as pessoas, conhecendo e respeitando suas crenças. Respeitar não quer dizer praticar a sua forma de culto, mas entender que acima de qualquer dogma, de qualquer discussão religiosa, de qualquer liturgia, estão as pessoas. Nesse contexto, nada é mais importante que elas. Foi por elas, inclusive, que Cristo morreu.
Não esqueçam que as religiões estão sendo abordadas aqui a partir de suas próprias crenças, de seus pontos de vista, portanto, muito cuidado com a análise.

Bons encontros e boas discussões para todos. Abraços, beijos, cafunés.

Isac Machado de Moura



PRIMEIRO ENCONTRO


O ESPIRITISMO KARDECISTA

Breve Histórico

O Espiritismo remonta aos tempos mais antigos da Humanidade. Dele tomamos conhecimento através dos escritos da Bíblia, como advertência dos profetas de Deus para que não nos envolvamos com esta prática, pois ela está em confronto com a Palavra de Deus. Os povos que adoravam a deuses estranhos e que não seguiam os ensinos dados por Deus eram usuários deste costume. Foi para que os adoradores do Verdadeiro Deus não se envolvessem com eles que Moisés falou (Dt 18:9 a 12):

"Quando entrares na terra que o SENHOR teu Deus te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daquelas nações."

"Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro;"

"Nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos;"

"Pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR teu Deus os lança fora de diante de ti."

O espiritismo é uma das crenças que mais cresce no mundo de hoje e está enraizada em quase todas as religiões. Em sua versão moderna, começou no século XIX, ou pouco antes. Houve um avivamento, um recrudescimento ou um ressurgimento, com um fato que aconteceu com certa família, nos Estados Unidos, em Nova Iorque, em 1848.
Esta família se chamava Fox. O casal tinha duas filhas: Margaret, de 14 anos, e Kate, de onze, que foram protagonistas de uns fatos que deram origem ao atual espiritismo.

Em meados de março de 1848, começaram a ouvir golpes nas portas e objetos que se moviam de um lugar para outro, sem auxílio de mãos, assustando as crianças. Às vezes, a vibração era tamanha que sacudia as camas. Finalmente, na noite de 21 de março de 1848, a jovem Kate desafiou o poder invisível e repetiu o barulho como um estalar de dedos. O desafio foi aceito e cada estalar de dedos era repetido, o que surpreendeu toda a família. Dessa forma se estabeleceu contato com o mundo invisível, e a notícia alastrou-se por outras cidades, admitindo-se que tais espíritos eram dos mortos.

Partindo desse acontecimento, que recebeu ampla cobertura dos meios de comunicação da época, propagou-se o espiritismo por toda a América do Norte e na Inglaterra. Na época, outros países da Europa também foram visitados, com sucesso, pelos espíritas norte-americanos. As irmãs Fox passaram à História como as fundadoras do Espiritismo moderno.

Na França, a figura máxima que deu força ao espiritismo é conhecida pelo nome de Allan Kardec. Chamava-se Hippolyte Léon Denizard Rivail, nascido em Lyon, em 3 de outubro de 1804. Era formado em letras e ciências, doutorando-se em medicina. Estudou com Pestalozzi, de quem se tornou fiel discípulo e cujo sistema educacional ajudou a propagar.

Rivail tomou conhecimento de um fato extraordinário que acontecia no momento, e que causava um grande alvoroço na sociedade francesa: o fenômeno das mesas girantes e falantes, que afirmavam ser um resultado da intervenção dos espíritos. A princípio ele não acreditou e rejeitou esta idéia por considerá-la absurda. Porém, assistiu a uma reunião, onde presenciou fenômenos que o impressionaram profundamente, como ele próprio relatou depois.

Daí, foi um passo para manter contato com os espíritos que o orientaram a escrever e codificar seus ensinos. Dizia Kardec que havia recebido a missão de pregar uma nova religião, o que começou a fazer em 30 de abril de 1856. Um ano depois, publicou "O LIVRO DOS ESPÍRITOS", que contribuiu para propagação desta "doutrina". Dotado de inteligência e inigualável sagacidade, escreveu outros livros que deram mais força ao espiritismo: O Evangelho Segundo o Espiritismo, A Gênese, O Céu e o Inferno, e O Livro dos Médiuns. Foi ele o introdutor no espiritismo da idéia da reencarnação. Fundou "A Revista Espírita", periódico mensal editado em vários idiomas. Rivail (Allan Kardec) morreu em 1869.

O Conceito de Deus no Espiritismo

Sobre as qualidades de Deus, Allan Kardec define: "Deus é eterno, infinito, imutável, imaterial, único, todo-poderoso, soberanamente justo e bom". (O Livro dos Médiuns, cáp. I, 13)

A fim de explicar a existência de Deus, Allan Kardec se vale de argumentos clássicos do deísmo, de que "não há efeito sem causa". De acordo com o conceito deísta, Deus teria criado o universo e depois se retirado dele, deixando-o entregue à ação das leis físicas que, desde então, governam, como se o universo fosse um grande relógio.

No Capitulo II, item 19, de "A Gênese" (Allan Kardec), lemos que são atributos de Deus: "Deus é, pois a suprema e soberana inteligência; é único, eterno, imutável, imaterial, todo poderoso, soberanamente justo e bom, infinito em todas as suas perfeições, e não pode ser outra coisa". Esta conceituação concorda com o que o Cristianismo reconhece como alguns atributos divinos. Porém, o fato de uma determinada religião ou seita ter pontos em comum com o Cristianismo bíblico não é suficiente para lhe qualificar como cristã.

Cristo no Espiritismo

"Com o quarto Evangelho e Justino Mártir, a crença cristã efetua a evolução que consiste em substituir a idéia de um homem honrado, tornado divino, a de um ser divino que se tornou homem. Depois da proclamação da divindade de Cristo, no século IV, depois da introdução, no sistema eclesiástico, do dogma da Trindade, no século VII, muitas passagens do Novo Testamento foram modificadas, a fim de que exprimissem as novas doutrinas."

Assim se expressa Roustaing quanto à natureza do corpo de Jesus: "A presença de Jesus entre vós, durante todo aquele lapso de tempo, foi, com relação a vós outros, uma aparição espírita, visto que, pelas suas condições fluídicas, completamente fora dos moldes da vossa organização, seu corpo era harmônico com a vossa esfera, a fim de lhe ser possível manter-se longo tempo sobre a Terra no desempenho da missão com que a ela baixara."
"...Jesus, o Cristo de Deus, não é Deus nem jamais afirmou que fosse Deus". (Jesus - A Saga de Alziro Zarur II, pág.112).

Plano de Salvação no Espiritismo

O espiritismo ensina que o homem, através de sucessivas reencarnações, pelos seus próprios esforços e pela prática das boas obras vai aprimorando-se a si mesmo, sem necessidade do sacrifício vicário de Jesus Cristo. A Bíblia nos diz que a nossa salvação é obra divina; o espiritismo diz que é esforço humano.

A Bíblia diz que o sofrimento de Cristo visa a nossa expiação; o espiritismo diz que Jesus foi mero espírito adiantado, que nos serve apenas de exemplo. A Bíblia diz que o sangue de Cristo nos purifica de todo pecado e que o Espírito Santo nos ensina toda a verdade; o espiritismo ignora a Trindade Divina, reduz toda a expiação à obra dos "espíritos" - os espíritos dos mortos, que nos orientam e aconselham, e o espírito de Cristo, que, tendo alcançado um nível superior, não obstante se encarnou para servir como exemplo.

SEGUNDO ENCONTRO

O ESPIRITISMO KARDECISTA (conclusão)

A Bíblia no Espiritismo

"... não poderia a Bíblia ser considerada ‘a palavra de Deus’ nem uma revelação sobrenatural. O que se deve nela ver é uma compilação de narrativas históricas ou legendárias, de ensinamentos sublimes, de par com pormenores às vezes triviais". (Léon Denis, Cristianismo e Espiritismo, FEB, São Paulo, s.d., 7a. ed., pág. 267).


O Espiritismo não é um ramo do Cristianismo

Portanto, o espiritismo não é uma religião cristã, pois nega a inspiração do Livro que é a base do Cristianismo, assim como os seus ensinos, com o que concorda o escritor espírita Carlos Imbassy, quando escreveu: "O espiritismo não é um ramo do Cristianismo como as demais seitas cristãs. Não assenta seus princípios nas Escrituras... a nossa base é o ensino dos espíritos, daí o nome - Espiritismo." (Carlos Imbassy, À Margem do Espiritismo, p. 126)

Pode-se admitir a existência de Espiritismo Cristão?

Podemos concordar com a afirmação de Kardec de que Cristianismo e Espiritismo ensinam a mesma coisa? O kardecismo deve seguir seu rumo independente do Cristianismo. Condenável sob todos os aspectos essa tentativa de enroscar-se na fé cristã, como desejando a legitimidade de suas crenças. A mediunidade e a reencarnação não pertencem ao Cristianismo.
Por outro lado, as palavras de Jesus são a verdade. Nenhum espírita pode duvidar disso, pois Kardec disse que Jesus foi a "Segunda Revelação de Deus", e que veio à terra com a missão divina de ensinar uma elevada moral aos homens, a moral evangélico-cristã. Logo...

Ressurreição e Reencarnação

Reconheço a situação delicada em que os kardecistas se colocam: se por um lado não desejam um confronto com o seu mestre Kardec, que de forma indireta revelou que Jesus não pode mentir; por outro, não podem admitir a ressurreição de Lázaro pelos seguintes motivos: (a) admiti-la implicaria em aceitar, também, a ressurreição corporal de Jesus, (b) em acatar as demais ressurreições bíblicas, (c) e em admitir a possibilidade de uma ressurreição coletiva na Segunda vinda de Jesus, conforme 1 Tessalonicenses 4.16.

Não há dúvidas de que as evidências das ressurreições bíblicas e a promessa de uma ressurreição coletiva na volta de Jesus, colocam em xeque-mate a crença reencarnacionista, coluna vertebral do Kardecismo. Na reencarnação, o espírito volta em outros corpos; na ressurreição, o espírito retorna ao corpo original.

Ora, a ressurreição de Lázaro é o que há de mais claro na Bíblia, e tem uma história: Lázaro ficou enfermo, faleceu, foi colocado no jazigo, onde passou quatro dias; sua irmã Marta disse que o corpo estava em estado de decomposição, pois “já cheirava mal”. Além disso, temos o atestado de óbito do insuspeito Jesus, segundo Kardec. Jesus declarou com todas as letras: LÁZARO ESTÁ MORTO (Jo 11.14).

O inconsistente argumento segundo o qual Lázaro sofrera de um ataque epilético não encontra acolhida no meio cristão. Se válido tal raciocínio, deveríamos considerar que os judeus não faziam a menor diferença entre um corpo vivo e um corpo morto.
Teríamos de negar as seguintes ressurreições e admitir que essas pessoas estavam vivas, e que, nos casos a seguir, Jesus, Elias, Eliseu, Pedro e Paulo ressuscitaram quem não havia morrido:

- O filho da viúva de Serepta, ressuscitado através do profeta Elias (1 Rs 17.19-22);
- O filho da sunamita, ressuscitado através do profeta Eliseu (2 Rs 4.32-35);
- O defunto na cova de Eliseu (2 Rs 13.21);
- A filha de Jairo (Mc 5.21-23, 35-41);
- O filho da viúva de Naim (Lc 7.11-17);
- A discípula chamada Tabita, ressuscitada através de Pedro (At 9.36-43);
- Uma ressurreição coletiva logo após a morte de Jesus (Mt 27.52);
- A ressurreição do jovem Êutico, através do apóstolo Paulo (At 20.9).

Quem são os espíritos que aparecem nas sessões?

Então, se os espíritos não são os mortos que voltam, podem ser os anjos bons? A resposta é definitivamente NÃO, pela simples razão de que os espíritos que aparecem nas sessões são impostores. Afirmam ser os espíritos de seres humanos mortos, e em dizendo isto proferem uma falsidade. Consequentemente, não podem ser anjos de Deus. Os anjos, como Deus, não mentem. O próprio Espiritismo admite que alguns dos espíritos são mentirosos. Allan Kardec assevera que "os espíritos enganadores não tem escrúpulos em se abrigarem sob nomes que tomam emprestado, para fazerem aceitar suas utopias". (O Evangelho Segundo o Espiritismo, IDE, Introdução II, p. 12) Mais adiante ele nos diz: "O espiritismo vem revelar uma outra categoria bem mais perigosa de falsos Cristos e de falsos profetas, que se encontram, não entre os homens, mas entre os desencarnados: a dos espíritos enganadores, hipócritas, orgulhosos e pseudo-sábios que da Terra, passaram para a erradicidade, e se adornam com nomes veneráveis para procurar, graças à máscara com a qual se cobrem, recomendar idéias, freqüentemente, as mais bizarras e as mais absurdas." (Idem, cáp. XXI, pág. 261).


Segundo as Escrituras, não somente alguns dos espíritos são mentirosos, como afirma Kardec, mas todos o são, porque mantém a falsidade e procuram passar por quem não são.

A única coisa que nos resta é identificar tais espíritos com as potências do mal, as quais Paulo chama "hostes espirituais da maldade". Mas de onde vêm? Quem as criou? Pode um Deus perfeito e perfeitamente bom criar seres vis e enganadores?

As forças misteriosas que produzem as estranhas manifestações sobrenaturais nas sessões se distinguem por três características, e a Bíblia as atribui a Satanás e seus anjos - os demônios:

- São seres espirituais invisíveis, e só ocasionalmente se materializam, numa forma enganadora;
- São mentirosos, impostores, pois se declaram espíritos de mortos, ao passo que a Bíblia afirma que os mortos não podem comunicar-se com os vivos e vice-versa.
- Jesus Declara a respeito de Satanás: "Não há verdade nele; quando fala mentira, fala do que lhe é próprio; pois é mentiroso, e pai da mentira". (Jo 8:44)
Desde que lançado fora do Céu com os seus anjos, o principal objetivo de sua existência tem sido enganar, seduzir, impelir os homens para a ruína, e opor-se a toda verdade com respeito a sua própria natureza e a natureza de Deus. Os espíritos nas sessões mostram-se impostores porque declaram falsa identidade.
São inteligências poderosas e capazes de realizar coisas impossíveis ao homem. Investigações científicas têm provado que as manifestações espíritas são inexplicáveis na moldura de leis naturais conhecidas, e devem ser incluídas entre os fenômenos chamados em linguagem religiosa "milagres".

A LBV (Legião da Boa Vontade) é mais que um braço social do Espiritismo, é uma religião espírita, organizada por Alziro Zarur.


TERCEIRO ENCONTRO


A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias

Os Mórmons

BREVE HISTÓRICO

Os Mórmons dividem-se em dois grupos principais: A Igreja de Jesus Cristo dos Santos do Último Dia e a Igreja Reorganizada de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
Joseph Smith, profeta dos mórmons, nasceu em 23 de dezembro de 105, nos Estados Unidos. Sua chamada ocorreu em 1820, quando recebeu uma visão maravilhosa, na qual Deus Pai e Deus Filho se materializaram e conversaram com ele, experiência narrada detalhadamente em seu livro A Pérola de Grande Valor. Os dois personagens (Pai e Filho) expressaram uma opinião bastante negativa sobre a igreja cristã e anunciaram-lhe que era preciso proceder, com urgência, a restauração do verdadeiro Cristianismo, e que ele, Joseph Smith Jr. fora escolhido para dar início a uma nova dispensação.
Somente em 1823, ocasião em que o anjo Moroni apareceu ao lado de sua cama, provocando nele um forte tremor, Smith começou a falar das fabulosas placas de ouro, recebidas por ele somente em 1827, graças a revelação do anjo, e que se tornariam, posteriormente, O Livro de Mórmon.

O anjo Moroni, segundo Smith, teria sido o filho glorificado de um homem chamado Mórmom.

Pouco depois do histórico encontro das placas, desenterradas por ele no monte Cumorah, perto da cidade de Palmyra, Nova Iorque, Smith pôs-se a traduzir os hieróglifos nelas escritos no idioma “egípcio reformado”, utilizando-se, para essa tarefa, de uma espécie de óculos miraculosos, chamados Urim e Tumim, oferecidos por Moroni ao profeta.

Os Mórmons são um grupo aparentemente simpático; lançaram mão do termo cristãos, andam bem trajados, possuem um grande número de missionários pelo mundo inteiro, mas confundem a doutrina e jogam dúvidas sobre a integridade das igrejas evangélicas. Usam a Bíblia como ponto de partida, mas o "Livro de Mórmon" para eles tem a mesma autoridade e igual valor.

Data da Fundação : Em 6 de Abril de 1830, com o nome "A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias". A partir de 1843, quando passou a ensinar e a pregar a poligamia, surgiram muitas faccões.
A Morte de Joseph Smith : Aconteceu em 27 de Junho de 1844, após ele e seu irmão terem sidos seqüestrados e baleados por uma multidão. Antes de sua morte, uniu - se a 27 mulheres e teve 44 filhos. Teve muitas passagens pela polícia.

Base doutrinária

Base Principal : "O Livro de Mórmon". Contém 15 livros divididos em 39 capítulos e 6.553 versículos.

Sobre a Bíblia : Afirmam ser incompleta e que só tem valor associada a três de seus livros: "O Livro de Mórmon", "A Doutrina e Pactos", "Pérola e Grande Preço".

Sobre Deus Pai : Afirmam que tem corpo, como Jesus teve em sua encarnação.

Sobre Jesus Cristo : Afirmam que foi gerado pelo Espírito Santo e que era polígamo: Marta e Maria, irmãs de Lázaro, eram Suas esposas, e Maria Madalena era outra esposa. Em Caná da Galiléia, onde transformou água em vinho, realizou Seus casamentos.

Sobre a Igreja : Afirmam que todas as igrejas são desviadas. Eles são os únicos certos e Joseph Smith foi uma providência de Deus para restaurar a igreja.

Sobre o Casamento : Afirmam que o casamento durará pela eternidade desde que haja afinidade. Aceitam a poligamia e pregam o casamento espiritual. Para eles não há adultério quando há casamento, fidelidade e consentimento.

Mormonismo e Cristianismo

Os mórmons dirão que eles incluem a Bíblia na lista dos quatro livros que reconhecem como Escrituras, que sua crença em Jesus Cristo é parte central de sua fé, e que isto é indicado pelo seu nome oficial, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
Além disso, muitos cristãos têm escutado o Coral do Tabernáculo Mórmon cantar hinos cristãos, e ficam impressionados com a dedicação de muitos adeptos quanto às suas regras morais e sua forte estrutura familiar. Não seria, então, por isso, o mormonismo uma religião cristã?
Os mórmons e os cristãos evangélicos têm em comum importantes termos bíblicos e preceitos éticos. Contudo, os pontos já mencionados são alguns exemplos das múltiplas diferenças fundamentais e inconciliáveis entre o Cristianismo bíblico e o mormonismo. Embora tais diferenças não nos impeçam de termos amizade com mórmons, não podemos considerá-los irmãos em Cristo. A Bíblia nos adverte especificamente sobre falsos profetas que ensinariam "um outro evangelho", centrado em "um outro Jesus" e testemunhado por "um outro espírito" (2 Coríntios 11:4, 13-15; Gálatas 1:6-9). A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias afirma que seu Livro de Mórmon é "um outro testamento de Jesus Cristo".

QUARTO ENCONTRO

OS MÓRMONS – SUAS CRENÇAS

PLANO DE SALVAÇÃO

Como a maioria das pessoas, nós cremos em Deus. Sabemos que Deus vive e desejamos compartilhar o que sentimos por Ele. Deus é perfeito, conhece todas as coisas e é Todo-Poderoso. Ele é também misericordioso, bondoso e justo. Sabemos que podemos ter fé nele e amá-lo de todo coração. Nós somos filhos de Deus. Ele é nosso Pai nos céus e nos criou a sua imagem. Por ser ele o Pai de toda a raça humana, todos somos irmãos. Sendo nosso Pai, Deus nos ama e deseja que progridamos e sejamos felizes. Ele quer que cheguemos a ser como ele e por isso preparou um plano que irá nos trazer alegria nesta vida e fará com que possamos viver com ele para sempre. Este plano chama-se o plano de salvação.

NATUREZA DIVINA DE JESUS CRISTO

Sem a ajuda de nosso Pai Celestial, não poderíamos receber as bênçãos, do plano de salvação. Todos nós pecamos nesta vida e por isso nos afastamos da perfeição. Os pecados nos fazem indignos de voltar a presença de nosso Pai Celestial. Além disso, todos nós morreremos, ao fim desta vida mortal.
Deus providenciou um meio. Enviou Jesus Cristo para nos ajudar a vencer o pecado e a morte, dando-nos assim a oportunidade de voltarmos a sua presença. Jesus Cristo é a figura mais importante do plano de salvação. (João 3:16.) É grandioso pensar no grande amor que nosso Pai Celestial tem por nós.
Jesus cumpriu sua parte do plano. Por meio de seu sacrifício e ressurreição, podemos superar os efeitos do pecado e todos voltaremos a viver depois da morte.

O Profeta Joseph Smith: Uma Testemunha Moderna de Jesus Cristo

Atualmente, Deus Revela a Verdade da Mesma Maneira que antes. Assim como outrora, Deus escolheu um profeta nesta época e revelou-lhe diretamente o plano de salvação. Esse profeta foi Joseph Smith: "Vi uma coluna de luz acima de minha cabeça, mais brilhante do que o sol, que desceu gradualmente até cair sobre mim... Quando a luz pousou sobre mim, vi dois personagens, cujo esplendor e glória desafiam qualquer descrição, parados no ar, acima de mim. Um deles falou-me, chamando- -me pelo nome, e disse apontando para o outro: "Este é meu Filho Amado. Ouve-o!"
Por meio dessa e de outras experiências Joseph Smith foi chamado para ser um Profeta, assim como Moisés e outros profetas bíblicos que também viram a Deus e foram chamados para pregar sua mensagem.

O Livro de Mórmon: Outro Testamento de Jesus Cristo

Como uma testemunha de Cristo, Joseph Smith recebeu autoridade para ensinar, e ele também trouxe a luz escrituras adicionais. Foi-lhe ordenado que traduzisse os escritos de profetas antigos. Esses escritos encontram-se no Livro de Mórmon: Um Outro Testamento de Jesus Cristo.
O Livro de Mórmon contém os escritos de profetas antigos. O primeiro deles, cujo nome era Leí, viveu em Jerusalém aproximadamente 600 anos antes de Jesus Cristo. O Senhor ordenou a Leí que levasse um pequeno grupo de pessoas em direção ao continente americano, e ali eles deram inicio a uma grande civilização. Deus continuou a chamar profetas entre esse povo e hoje seus escritos encontram-se compilados no Livro de Mórmon. Mórmon é o nome de um de seus profetas.

Pecar é agir contra a Vontade de Deus

Nesse processo de escolha, fazemos certas coisas que estão contra a vontade de Deus. Ao agirmos conscientemente contra a vontade de Deus, estamos pecando. Durante nossa vida na terra todos nós pecamos. O pecado produz infelicidade nesta vida, porém existe algo pior do que isto: o pecado nos toma espiritualmente impuros, e nada impuro poderá habitar na presença de Deus.

A Morte espiritual é ficar separado de Deus

Esta separação da presença de Deus, por causa do pecado, é o que chamamos de morte espiritual. Por causa do pecado, não podemos voltar a habitar com Ele, a menos que antes sejamos perdoados e purificados. Como no caso da morte física, não podemos vencer esse obstáculo por nos próprios. Necessitamos da ajuda de Jesus Cristo. Somos perdoados quando aceitamos Cristo, arrependemo-nos e seguimos seus mandamentos. Desse modo somos purificados do pecado. Podemos nos tornar dignos de voltar a presença de Deus.

O Batismo é um Símbolo

O batismo por imersão é um símbolo da morte, do sepultamento e da ressurreição do Salvador Jesus Cristo. Também representa o fim do modo de vida anterior e o inicio de uma vida nova como discípulo de Cristo.
As Criancinhas não precisam de batismo
Como já dissemos, uma das razões de sermos batizados é para que Deus perdoe nossos pecados. As criancinhas não necessitam de ser batizadas porque não pecam. Elas são salvas pela expiação, ao de Jesus Cristo. (Leia Morôni 8:10-12).

A Apostasia e a reorganização da igreja

Os Apóstolos de Jesus Cristo foram rejeitados. Jesus enviou os apóstolos a todo o mundo para ensinar o evangelho e estabelecer sua Igreja.
Por causa da iniqüidade do povo, os apóstolos e muitos dos membros fiéis foram mortos e o Senhor retirou da terra a autoridade do sacerdócio e sua Igreja. Já não existia na terra uma igreja guiada por revelação. Como os homens confiavam mais na sabedoria humana para compreender as escrituras, muitas verdades simples e puras se perderam. Como resultado, tem havido então grande desacordo e confusão no mundo com respeito as verdades do plano de Deus. Muitas idéias falsas dos homens tem sido ensinadas como verdades. Esse afastamento geral da verdade chama-se apostasia. (Leia2 Tessalonicenses 2:1-3).
A fim de acabar com a confusão que a apostasia causou, Deus proclamou a verdade de novo em nossa época por meio de profetas vivos, como o fez nos tempos bíblicos. Como já explicamos na primeira visita, Deus o Pai e Jesus Cristo visitaram Joseph Smith em abril de 1820, em resposta a oração de Joseph. Disseram a Joseph Smith que não se filiasse a nenhuma das igrejas existentes, porque ensinavam doutrinas incorretas. As pessoas compreendiam muitos princípios cristãos que as ajudavam a viver melhor. Mas estavam confusas sobre doutrinas básicas e vitais, porque muitas das verdades claras e simples de Cristo haviam sido perdidas havia muitos séculos. Como profeta escolhido de Deus, Joseph Smith fez coisas muito importantes para nos ajudar a conhecer a verdade. O Senhor nos deu outras escrituras por meio dele, além das existentes. Conforme explicamos na primeira visita, Joseph Smith traduziu o Livro de Mórmon por inspiração e pelo poder de Deus.
Além de trazer a luz essas escrituras importantes, Joseph Smith recebeu também o sacerdócio, que é a autoridade para agir em nome de Deus. João Batista que batizou o Salvador, restaurou a Joseph Smith a autoridade para batizar. Essa autoridade chama-se Sacerdócio Aarônico. Pouco tempo depois, os apóstolos Pedro, Tiago e João, a quem Jesus havia chamado em seu tempo para dirigir sua Igreja, restauraram a autoridade do sacerdócio maior, o qual se chama o Sacerdócio de Melquisedeque. A Igreja é dirigida por esse mais elevado poder e autoridade, o que resulta em generosas bênçãos na vida de cada membro.
Após Joseph ter recebido o Sacerdócio, o Senhor ordenou-lhe que organizasse a Igreja de Jesus Cristo. Joseph Smith organizou-a no dia 6 de abril de 1830.

QUINTO ENCONTRO

A FRATERNIDADE ROSACRUZ

Fundada por Christian Rosenkreutz, essa organização surge três séculos após a queda dos Templários.

Em 1614, surgiu um artigo intitulado "Fama Fraternitatis, a Declaração da Digna Ordem da Rósea Cruz". O conteúdo deste artigo mostra como Christian Rosenkreutz fundou a Fraternidade Rosacruz depois de ter viajado pelo Oriente Médio com o objetivo de aprofundar seus estudos nas artes ocultas. Logo após fundada a ordem, ele mais seus quatro integrantes, de início, construíram uma sede chamada "Casa do Espírito Santo", onde os membros reuniam - se anualmente.

A primeira colônia Rosacruz partiu da Europa em 1693 e se estabeleceu na Filadélfia (EUA), em 1694, conforme idealizou Sir Francis Bacon. Da Filadélfia, estendeu-se para Efrata e Pensilvânia, onde ainda existem alguns dos edifícios originais.

De 1801 até 1909 (108 anos após terem os fundadores deixado a Europa), o trabalho da organização foi suspenso, conforme prevê uma antiga lei mística que a cada 108 anos ocorre um ciclo de renascimento, atividade ou pausa e espera.

Em 1909, ocasião considerada propícia ao renascimento, foi reativada a Ordem Rosacruz em caráter público, tendo como seu primeiro Imperator o Dr. Harvey Spencer Lewis (de 1915 a 1939).

Hoje a Ordem Rosacruz está estabelecida em quase todo o mundo. No Brasil, sua sede central está estabelecida em Curitiba(PR).


O conceito de Deus na Ordem Rosacruz

Segundo a própria Ordem Rosacruz (AMORC), ela "não é uma religião, nem uma seita, e seus ensinamentos não contém dogmas, abrangendo o conhecimento prático das leis naturais, psíquicas e espirituais aplicáveis ao desenvolvimento e aprimoramento humano".

O que é religião? Segundo o Novo Dicionário da Língua Portuguesa, de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, religião: [Do lat. religione.] s. f. 1. crença na existência de uma força ou forças sobrenaturais, considerada(s) como criadora(s)l do Universo, e que como tal deve(m) ser adorada(s) e obedecida(s). 2. A manifestação de tal crença por meio de doutrina e ritual próprios, que envolvem, em geral, preceitos éticos.

Vejamos o conceito de Deus, segundo o Manual Rosacruz (AMORC), pág. 268: "Para os Rosacruzes, existe um só Deus sempiterno, onipresente, sem atributos restritivos ou forma definida de manifestação: o Deus de nosso Coração, expressão usada em todos os nossos rituais e práticas de meditação". E mais adiante completam: "O conceito Rosacruz de Deus é, essencialmente, o de uma Inteligência ou Mente Universal, um Poder Infinito. Este conceito não é dogmático. Os Rosacruzes ensinam o preceito de que Deus é inteiramente uma experiência subjetiva e, portanto, uma interpretação pessoal".

A Ordem Rosacruz possui templos, altares, sacerdócios (os mestres), rituais, festas, adoração, ensino sobre a moralidade, uma teoria sobre a alma humana e sobre o relacionamento do homem com Deus. Exige crenças como a retribuição da vida e a imortalidade da alma.

"O termo Templo é aplicado aos nossos prédios dedicados à adoração de Deus e das leis de Deus, e nos quais existem Câmaras para estudo, trabalho e meditação". Manual Rosacruz (AMORC), pág. 61.

Na Ordem Rosacruz, são realizadas cerimônias ritualísticas de Matrimônio e Fúnebre, além dos rituais de Loja e daqueles que os membros fazem em seu próprio lar.

A Bíblia não é usada como na maçonaria. É apenas citada, como são citados outros livros considerados sagrados.

A visão Rosacruciana do mundo é panteísta, ou seja, Deus é inerente a todas as coisas. Vê Deus em tudo, em cada uma de Suas criaturas.

Cristo na Ordem Rosacruz

Assim como na maçonaria, a divindade de Cristo e a doutrina cristã da Trindade é rejeitada. Há uma distinção entre Cristo e Jesus que dizem não eram os mesmos. Portanto Cristo não era Jesus, nem o Filho unigênito de Deus. Ele era apenas um homem muito evoluído espiritualmente.

Como ensinam nas ciências, ditas místicas e esotéricas, o espírito de Cristo entrou no corpo de Jesus quando o próprio Jesus o desocupou.

Segundo ainda os ensinamentos desta Fraternidade, Jesus Cristo , assim como Gautama Buda, foi um espírito que entrou na cadeia da evolução humana.

Plano de Salvação da Ordem Rosacruz

A doutrina da reencarnação é aceita e imprescindível para toda a filosofia Rosacruz. Como acreditam nela, aconselham seus membros a prestarem serviços altruístico, para sua evolução e não na esperança de uma recompensa futura. “A nossa felicidade futura depende do que façamos hoje pelos outros, bem como a nós mesmos.”

A Fraternidade Rosacruz não reconhece a Jesus Cristo, não aceita seu sacrifício pelos nossos pecados e troca a ressurreição pela reencarnação. Ensina que o homem através de várias reencarnações, terá uma perfeição progressiva que resultará numa evolução cósmica, até quando não necessitará mais reencarnar.

O que a Bíblia ensina é uma existência única, durante a qual o homem tem a oportunidade de acertar-se com Deus ou de rejeitar sua oferta de salvação: "Aos homens está ordenado morrerem uma só vez e, depois disto, o juizo" (Hb 9:27). O desejo de Deus é que "todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade" (2 Tm 2:4). As condições exigidas por Deus são arrependimento e fé (Mc 1:14 e 15; Lc 24:44 a 47).

Pode um cristão ser membro da rosacruz?

Como pode então o cristão ser membro, viver de acordo e promover os ensinamentos da Ordem Rosacruz?

Os rosacruzes cristãos precisam decidir se vão permanecer rosacruzes e negar o seu Senhor Jesus Cristo, ou se farão a vontade do Pai celestial e deixarão a Ordem Rosacruz. "Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor". 2 Coríntios 6:17.

Ao fazer parte da ordem, o rosacruz cristão está apoiando "outro evangelho", um falso sistema de salvação que engana os homens quanto à maneira de serem salvos.

Rosacruzes ilustres

Apesar de hoje não existir mais a febre rosacruz, os integrantes modernos afirmam que Michael Maier, Sir Francis Bacon, John Dee, Mozart, Benjamin Franklin, Thomas Jefferson e Isaac Newton eram membros. São evidentes as ligações entre a Maçonaria e os rosacruzes, ambos possuem complicados rituais criados pelos alquimistas com o objetivo de que pessoas externas não compreendessem seu verdadeiro significado.


SEXTO ENCONTRO

SEICHO-NO-IÊ

Histórico


O movimento Seicho-no-iê foi iniciado por Taniguchi Masaharu, nascido a 22 de novembro de 1893, no Japão. Devido à pobreza de seu lar, foi educado por seu tio, de maneira severa. Seu temperamento era retraído e entregava-se à leitura com avidez. Começou a sentir desgosto pela vida e a maldizer a sociedade. Já adulto, teve vários casos de amor, a tal ponto que sua consciência dolorida não o deixava dormir. Contraíra doenças venéreas e pensava tê-las transmitido a uma menina, sobrinha de um chefe seu. Somente sua auto-sugestão de que não existia doença o tranquilizou, curando-o da insânia e aliviando sua consciência por um período de tempo. Depois de terminar a escola secundária, apesar da oposição de seus pais adotivos, inscreveu-se na Faculdade de Literatura Inglesa da Universidade Waseda, em Tóquio. Alimentava, então, idéias pessimistas sobre a vida, e procurava uma explicação lógica do mundo e do homem. Taniguchi entregou-se ao estudo teórico e prático das ciências psíquicas que exerciam atração sobre ele e nas quais depositava a confiança de que poderiam salvar espiritualmente o homem e a sociedade.
Quando a Primeira Guerra Mundial estava no auge, imperava no Japão uma literatura moralizante, espiritualista e nacionalista. Taniguchi dedicou-se novamente à leitura e descobriu uma sutra budista (daizokio), tirando dela o ensinamento fundamental: "Não existe matéria, como não existem doenças: quem criou tudo isso foi o coração... Segue-se disso que a doença pode ser curada com o coração..." Este conceito tornou.se fundamental no Seicho-no-iê.

Tendo início em 1930, como simples movimento filosófico psicológico e cultural para propagar certas verdades, o Seicho-no-iê foi adquirindo aos poucos a conotação de religião. Na década de 1940, o movimento foi registrado como religião junto ao governo japonês. É a mais eclética de todas as novas religiões. É uma miscelânea das grandes religiões tradicionais, como o Cristianismo, o xintoísmo e o budismo, com psicologia, filosofia, medicina e literatura modernas. Os adeptos são até aconselhados a praticá-lo continuando em suas religiões de origem. O "Kanro no hou" é utilizado como oração e como amuleto.
O emblema central do grupo Seicho-no-iê é formado pelo sol, dentro do qual se vê a lua, a cruz suástica, demonstrando a síntese que realizou das grandes religiões. Seicho-no-iê significa abrigo, casa, lar do crescimento, da plenitude da vida, amor, sabedoria, abundância e todos os demais bens em grau infinito. Em 1949, o professor Hardmann foi aos Estados Unidos e pediu que Taniguchi Masaharu pudesse desenvolver livremente a sua atividade. A petição estava assinada por americanos de origem japonesa. Taniguchi continua sendo a alma do movimento. Em 1963 empreendeu sua primeira viagem de conferências pelo mundo, visitando o Canadá, Estados Unidos, México, Peru, Brasil, Inglaterra, Alemanha, Suécia, Suíça, França e Itália. Nos Estados Unidos recebeu o título de Doutor em Filosofia do Religious Science Institute.

Seicho-no-iê no Brasil

Chegou ao Brasil em 1930, com os imigrantes japoneses. Somente depois de 1951 começou a tomar maior impulso, porque suas obras começaram a ser publicadas em português. A sede está na capital paulista desde 1955; há uma Academia em Ibiúna, onde os fiéis se reúnem para o exercício de desenvolvimento espiritual.
No dia l0 de agosto de 1952, autorizada pela Sede Internacional da Seicho-no-iê, no Japão, foi instituída a Sociedade Religiosa Seicho-no-iê no Brasil, hoje Igreja Seicho-no-iê. Está espalhada principalmente pelos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Goiás, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia e Pernambuco.


DOUTRINAS E REFUTAÇÃO

1. O Mal - A Seicho-no-iê é uma das cento e trinta novas religiões do Japão, e sua doutrina resume-se em três principais proposições:
1) A matéria não tem existência real; só existe a realidade espiritual;
2) O mal não existe; é pura ilusão da mente humana;
3) O pecado também não existe; é mera ilusão. "Os males não têm existência real; nada mais são que simples sombra de imaginação." "O mal, a infelicidade, a doença, a depressão econômica, apagam-se quando são firmemente negados, porque eles nada mais são do que ilusões falsamente criadas pela mente." "Os sofrimentos nada mais são do que projeções da nossa mente em ilusão" (Convite à Prosperidade, p. 16, 27 e 71). A saída para evitar o mal é meditar sobre a verdadeira realidade, que é perfeita; o espírito pode dominar o material e mudá-lo. Não só Taniguchi, mas qualquer pessoa é potencialmente Buda e Jesus.

Se o mal é realmente uma ilusão, como explicar os terríveis acontecimentos à nossa volta? Deus é bom. Será ele responsável pelo mal que acontece no mundo? Além da realidade demonstrar que existe o mal, a doutrina da Seicho-no-iê é antibíblica. Desde o princípio da criação, o bem e o mal estão presentes (Gen. 2:9). Jesus ensinou esse princípio quando contou a parábola dos lavradores maus; ela nos mostra que o mal está dentro do coração do homem. O mal é uma oposição deliberada contra Deus: é seguir nosso próprio caminho sem tomar conhecimento de que somos filhos de Deus. Paulo nos ensina que a nossa luta neste mundo é contra o mal, que quer dominar nossa vida (Rom. 7:15-25; II Cor. 5:1-l0; Ef. 6:12; 1Cor. 15:50). Malaquias profetizou que há um julgamento para os que praticam o mal (Mal. 3). Os outros profetas também falaram contra o mal. João Batista pregou que o machado está posto sobre os que praticam o mal (Mat. 3 : l0). "Dizer que o mal é uma ilusão é contradizer não somente a Bíblia, que é a Palavra de Deus, mas também ignorar a experiência diária da vivência dos homens em sociedade.''

2. O Pecado - Na revista Acendedor, nº 75, p. 36, há o artigo "O Pecado Não Existe", de autoria de Taniguchi.

3. Doenças -
As doenças não existem; a dor não é real, porque a matéria não tem existência real. As formas físicas, materiais, não passam de sombras da luz celeste a refletir-se sobre a terra. Tudo o que acontece no mundo material é reflexo da mente. "O como carnal não sente dores porque não é matéria" (Acendedor, n.° l10, p. 7). "Como Deus não criou a doença, a doença não existe." "De agora em diante não existirá mais nenhum sofrimento, nenhuma tristeza, nenhuma decepção e nenhum desapontamento" (Convite à Prosperidade, p. l6).
A Seicho-no-iê ensina que os seguidores precisam controlar suas mentes. O homem deve procurar sua própria felicidade, mentalizando-a.

A própria ciência já fez descobertas extraordinárias: Não somente o homem e os animais sentem dor, mas também as plantas. A Seicho-no-iê prega que "se por acaso a vida apresenta um estado de imperfeição, está doente, significa que você não está contemplando mentalmente a vida de Deus que habita em seu íntimo" (Convite à Prosperidade, p. 53).

Nos capítulos11 e 12 de II Coríntios, Paulo descreve o seu sofrimento por amor a Cristo: açoitado pelos judeus; apedrejado; naufragou; em perigo; sentiu dores. Pediu ao Senhor que o livrasse do espinho na carne (sofrimento), mas Deus lhe respondeu: "A minha graça te basta" (II Cor. 12:9). A experiência de Paulo, de Jó e de outros servos de Deus mostra claramente que as doenças não são uma ilusão da mente da pessoa e sim uma realidade. O próprio Jesus Cristo sentiu a dor e o sofrimento em sua carne e pediu que Deus passasse dele esse cálice.

4. O Homem -
Para a Seicho-no-iê, todos os homens são filhos de Deus: os ladrões, os assassinos, os terroristas. O homem é bom. Sem o homem Deus não pode manifestar-se. O homem é puro e perfeito. Como filho de Deus o homem também é Deus. O homem se eleva à condição de Deus pela libertação da consciência do pecado. Não existe matéria, nem carne, nem corpo.

Cristo chamou os fariseus de sua época de filhos do Diabo (João 8:44). Paulo falou em filhos de Deus e filhos do Diabo (At. 13:10). Somente é filho de Deus aquele que recebe a Cristo pela fé (João 1:11, 12). O homem está se destruindo; está destruindo o mundo que o rodeia; está destruindo os animais... então não somos tão bons assim.

5. Deus - A Seicho-no-iê criticam o Pai Nosso. Diz que os cristãos têm por anos e mais anos repetido o Pai Nosso: "...seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu", mas tal não se realiza porque o céu não está acima das nuvens nem no mundo das três dimensões; o céu está no íntimo transcendental, aqui e agora (Convite à Prosperidade, p 17)_ o que se deve é mentalizar o céu para que seja encontrado pelas pessoas.
Na literatura da Seicho-no-iê não se tem uma noção clara sobre Deus. Ele é panteísta, uma vez que se encontra em cada pessoa, em cada coisa deste mundo.


SÉTIMO ENCONTRO

A UMBANDA

A gênese do universo segundo a Umbanda

Segundo a corrente popular, a Gênese começou quando alguns espíritos que habitavam o Reino da Alma, manifestaram o desejo de dar forma ao seu estado sutil. Este desejo, considerado como desobediência ao processo evolutivo normal, facilitou a descida desses espíritos - em que nós estamos incluídos - do reino do Espírito (puro em relação a sua constituição sutil) para o Reino da Alma e daí para o domínio da matéria, densa e caótica. Para que esta descida ao universo da energia-massa ocorresse, foi necessário que o Supremo Espírito em sua infinita misericórdia e bondade, manifestasse, através das hierarquias constituídas, a sua vontade de que o então caótico universo material fosse ordenado para que as almas caídas encontrassem condições para passar por uma segunda via de evolução, onde evoluiriam através da dor e do sofrimento (que são qualidades da matéria densa) até poderem voltar a seu locus original. A tarefa da ordenação ou criação foi ligada a coroa divina, que são os Orixás.

O processo de evolução segundo a Umbanda

O processo de evolução possui dois caminhos, um de ida e outro de volta. Recorramos ao Evangelho de São Lucas, onde Jesus conta a parábola do Filho Pródigo e nos embasemos nela, como comparativo: Observando a história, podemos facilmente perceber os seguintes pontos:

Não houve briga nem luta, nem rebelião entre pai e filho. Houve insubmissão, o filho não deu ouvidos ao pai, visto que queria conhecer o mundo.

Os bens aos quais o filho se referia eram os bens materiais.

O filho, pelo seu livre arbítrio, afasta-se do pai, em busca de aventura, deixando de lado a paz, pureza, inocência, beleza, felicidade e segurança e embrenhou-se por um mundo desconhecido.

Envolvido pela energia deste mundo desconhecido, na ânsia de poder gozar, fartar-se, divertir-se, desperdiça tudo afoitamente e sem prudência. Quando tudo acaba, descobre que os bens materiais não são eternos.

Abandonado pelos pseudo-amigos, passa fome, frio e vergonha. Então, lembra-se do pai, com toda a sua misericórdia e bondade. Resoluto, decide voltar a casa do pai. O espírito então, vence a matéria.

O pai ouve o filho e lhe perdoa

Como podemos ver, a renúncia e o desprendimento das coisas materiais é a fórmula mágica que religa o homem a Deus. O planeta Terra é apenas um ponto nesta via tortuosa de evolução. É um pequeno astro pertencente ao sistema solar, uma estrela localizada em um dos braços da Via Láctea, uma galáxia entre bilhões de outras existentes no Universo Astral ou mundo da forma. Para alguns espíritos encarnados se constituiu em caminho de volta ou redenção, mas para outros ainda é caminho de ida ou alienação. Foram tantos espíritos que aqui viveram e ainda vivem e que sentiram arrependimento interior, e demonstraram desejo intenso de voltar a casa do pai, que o próprio Cristo aqui veio para indicar o caminho da redenção.

As correntes da Umbanda

A Umbanda é uma religião cósmica e, como tal, não está afeita apenas ao planeta Terra. Ela representa o conhecimento integral, que entendemos como sendo a religião, filosofia, ciência e as artes. Juntos, estes quatro pilares da sabedoria universal representam o conhecimento uno. Este conhecimento ensina que diversas raças já passaram pelo planeta Terra, e tantas outras ainda passarão. A primeira raça a habitar o nosso planeta foi a raça vermelha, que surgiu na Lemúria (África e América do Sul unidas num só continente). Esta pura raça foi denominada por civilização lemuriana. Ocorreu uma grande cisão no tronco Tupi, formando então duas correntes dentro desse povo. A Tupinambá, que permaneceu em solo chamado de "terra brasilis" e a Tupi-Guarani, que emigrou para diversos cantos do planeta. Assim nasceram e se espalharam pelo planeta tantos segmentos quantos eram os interesses próprios de cada líder. Com a deturpação, foram separados os quatro pilares da sabedoria universal. Os grupos de raças e tradições religiosas que, a partir do final do século XIX começaram a emigrar para o Brasil, são descendentes da grande corrente Tupi-Guarani, que retornam ao ponto de partida(antigo território lemuriano). A situação no século XIX, entre 1888 e 1889, em que fervilhavam as mudanças sociais, políticas e culturais, foi o momento propício para o plano astral superior imprimir uma mudança aos ditos cultos miscigenados, pois era inevitável e extremamente oportuno. E assim, começaram as manifestações mediúnicas dos espíritos, trazendo de volta a Grande Lei.

O Templo Umbandista

Os templos umbandistas são semelhantes em sua concepção ideológica fundamental, que é a prática da caridade. No templo está a segurança do médium. Por isso cada médium deve fazer de seu templo a sua própria casa. Umbanda não é Candomblé. Esta confusão faz com que certos irmão umbandistas acabem por procurar terreiros de Candomblé para "rasparem a cabeça", entregando-se a ritos africanos, desconhecendo os fundamentos próprios da Umbanda e sua iniciação, que dispensa a matança de animais, a "catulagem", "cura" ou "camarinha", entre outras coisas. O Candomblé é, por sua vez, religião digna de respeito perante os umbandistas, só sendo esclarecido tal trecho acima, com a intenção de deixar clara a diferença entre uma e outra.


Rituais na Umbanda

Um dos principais rituais é a chamada "gira", tendo esse nome por imitar o "giro cósmico" do universo. As giras compõem-se basicamente de três fases, a saber: preparação, abertura e encerramento. Por dentro da gira encontraremos fundamentos básicos que são comuns a todos os terreiros, tais como "pontos cantados", a "defumação", a chamada icorporação de entidades e por dentro das consultas há o receituário de ervas e a indicação de determinados trabalhos de descarrego ou de elevação (nunca com a matança de animais). Existem também outros rituais, como a harmonização, a iniciação, o casamento e o batismo dentro da Umbanda. É curioso, mas poucas pessoas se casam dentro da Umbanda, pois as pessoas ficam com receio das consequências no caso de separação, visto que é feita uma harmonização entre os espíritos dessas pessoas. Já o batismo é mais tranquilo. A Umbanda aceita batismos feitos em outras religiões cristãs (pois para ela, todas são unas). No caso de um novo batismo feito na Umbanda, o Sacerdote umbandista promove um ritual de consagração e reativação do batismo, porém considerando como válido o primeiro batismo.

Os Orixás


Quando falamos que Orixá é o Senhor da Luz, queremos dizer Luz Espiritual. Dizemos que são senhores de faixas espirituais, tonalidades espirituais ou vibrações. Os sete Orixás que formam a coroa divina possuem polaridade dual, porém essa polaridade só se expressa no astral. Esta diferenciação de polaridade oposta é expressa através do oitavo elemento que é Exu, em seus aspectos masculino e feminino. Exu é concretizador do poder vibracional dos Orixás no Universo Astral. Falemos então das sete essências espirituais :
Cada Orixá, no reino virginal possui atributos próprios que podem ser gerados em bom e mau estado. Exu, na Umbanda, é um espírito responsável com funções delicadíssimas perante os tribunais cármicos. É considerado o Guardião entre a luz e as trevas, senhor do Carma constituído, o cobrador da justiça cármica.

OITAVO ENCONTRO

UMBANDA - conclusão

A Religião e o Sincretismo - História

A palavra sincretismo originada do grego, significa sistema que consiste em conciliar os princípios de várias doutrinas ou filosofias.

No início do século XV, período da colonização brasileira, mais de quatro milhões de negros africanos cruzaram o Atlântico para tornarem-se escravos na colônia portuguesa. Oriundos de diferentes regiões da África, entravam no país, através de navios negreiros, principalmente pelos portos do Rio de Janeiro, de Salvador, do Recife e de São Luís do Maranhão, trazendo na bagagem a cultura africana.

A correspondência de Santos Católicos com os Orixás africanos veio pela única maneira que os negros escravos tinham de escapar dos castigos e perseguições dos seus senhores e de religiosos que tentavam difundir o catolicismo, impondo a crença com as suas representações católicas.

Para evitar que houvesse rebeliões, os senhores brancos agrupavam os escravos em senzalas, sempre evitando juntar os originários de mesma nação. Por esse motivo, houve uma mistura de povos e costumes, que foram concentrados de forma diferente nos diversos estados do país. Os escravos possuíam suas próprias danças, cantos, santos e festas religiosas. Aos poucos, eles foram misturando os ritos católicos presentes com os elementos dos cultos africanos, na tentativa de resgatar a atmosfera mística da pátria distante.

O contato direto com a natureza fazia com que atribuíssem todos os tipos de poder a ela e que ligassem seus deuses aos elementos nela presentes. Diversas divindades africanas foram tomando força na terra dos brasileiros. O fetiche, marca registrada de muitos cultos praticados na época, associado à luta dos negros pela libertação e sobrevivência, à formação dos quilombos e à toda a realidade da época acabaram impulsionando a formação de religiões muito praticadas atualmente - a Umbanda e o Candomblé.

Orixás / Santos Católicos

Oxalá / Nosso Senhor Jesus Cristo, Nosso Senhor do Bonfim
Xangô / São Jerônimo, São Pedro
Ogun / São Sebastião (Bahia), São Jorge (RJ)
Oxossi / São Sebastião(RJ), São Jorge (Bahia)
Obaluaiê / São Lazaro, São Roque
Oxumaré / São Bartolomeu
Logunedé / Santo Expedito
Ibeji / São Cosme e São Damião
Exu / Santo Antônio
Nanã / Nossa Senhora de Santana
Iemanjá / N.S. da Glória, N.S. dos Navegantes
Oxum / N.S.Conceição (RJ), N.S. das Candeias (Bahia)
Iansã / Santa Bárbara
Obá / Santa Catarina

Um fator fundamental na formação do sincretismo é que, de acordo com as tradições africanas, divindades conhecidas como orixás governavam determinadas partes do mundo. No catolicismo popular, os santos também tinham esse poder. “Iansã protege contra raios e relâmpagos e Santa Bárbara protege contra raios e tempestades. Como as duas trabalham com raios, houve o cruzamento”, explica Prandi. Cultuados nas duas mais populares religiões afro-brasileiros – a umbanda e o candomblé – cada orixá corresponde a um santo católico. Ocorrem variações regionais. Um exemplo é Oxóssi, que é sincretizado na Bahia com São Jorge, mas no Rio de Janeiro representa São Sebastião.
Além dos orixás, os escravos vindos da África reverenciavam os voduns e entidades conhecidas como inquices, entidades ancestrais. A adoração aos voduns, contudo, não proliferou no Brasil. Seus seguidores ficaram restritos ao Maranhão, enquanto os inquices sequer foram trazidos, pois seriam presos à terra e, aqui, acabaram substituídos pelos índios. “Os caboclos da umbanda são, na verdade, os antigos habitantes da terra que ocuparam o lugar dos inquices”, relata Prandi.

O professor Antônio Flávio Pierucci, do departamento de sociologia da USP, afirma que a Umbanda é a mais sincrética das religiões afro-brasileiras, tendo acentuado seu lado ocidentalizado com o kardecismo e continuando cada vez mais híbrida. “Sua tendência mais recente é a incorporação dos elementos mágicos da chamada Nova Era”, completa. Em alguns terreiros, portanto, o frequentador pode receber uma indicação de Floral de Bach junto com o passe. São os reflexos de uma mescla que tem legitimidade social. Não é à toa que no maior país católico do mundo, a passagem do ano é uma festa profana, com brasileiros de todas as origens sociais vestidos de branco, fazendo suas oferendas para Iemanjá.
(Fonte: revista "Isto É”)


NONO ENCONTRO

BUDISMO

O Budismo é uma filosofia de vida baseada integralmente nos profundos ensinamentos do Buda para todos os seres, que revela a verdadeira face da vida e do universo.
Quando pregava, o Buda não pretendia converter as pessoas, mas iluminá-las. É uma religião de sabedoria, onde conhecimento e inteligência predominam. O Budismo trouxe paz interior, felicidade e harmonia a milhões de pessoas durante sua longa história de mais de 2.500 anos.

O Buda

O Budismo foi fundado na Índia, no séc. VI a.C., pelo Buda Shakyamuni. O Buda Shakyamuni nasceu ao norte da Índia (atualmente Nepal) como um rico príncipe chamado Sidarta. Aos 29 anos de idade, ele teve quatro visões que transformaram sua vida. As três primeiras visões – o sofrimento devido ao envelhecimento, doenças e morte – mostraram-lhe a natureza inexorável da vida e as aflições universais da humanidade. A quarta visão — um eremita com um semblante sereno – revelou-lhe o meio de alcançar paz. Compreendendo a insignificância dos prazeres sensuais, ele deixou sua família e toda sua fortuna em busca de verdade e paz eterna. Sua busca pela paz era mais por compaixão pelo sofrimento alheio do que pelo seu próprio, já que não havia tido tal experiência. Ele não abandonou sua vida mundana na velhice, mas no alvorecer de sua maturidade; não na pobreza, mas em plena fartura.


A fundação do budismo

O Buda não era um deus. Ele foi um ser humano que alcançou a iluminação por meio de sua própria prática. De maneira a compartilhar os benefícios de seu despertar, o Buda viajou por toda a Índia com seus discípulos, ensinando e divulgando seus princípios às pessoas, por mais de 45 anos, até sua morte, aos 80 anos de idade. De fato, ele era a própria encarnação de todas as virtudes que pregava, traduzindo em ações, suas palavras.
Após a morte de Shakyamuni, foi realizado o Primeiro Concílio Budista, que reuniu 500 membros, a fim de coletar e organizar os ensinamentos do Buda, os quais são chamados de Dharma. Este se tornou o único guia e fonte de inspiração da Sangha. Seus discursos são chamados de Sutras.

Budismo chinês

Os ensinamentos do Buda foram transmitidos pela primeira vez, fora da Índia, no Sri Lanka, durante o reinado do Rei Ashoka (272 – 232 a.C.). Na China, a história registra que dois missionários budistas da Índia chegaram na corte do Imperador Ming no ano 68 d.C. e lá permaneceram para traduzir textos budistas.
Finalmente, a fé budista se espalhou por toda a Ásia. Ironicamente, o Budismo praticamente se extinguiu na Índia em, aproximadamente, 1300 d.C. Os chineses introduziram o budismo no Japão. A tolerância, o pacifismo e a equanimidade promovidos pelo Budismo influenciaram significativamente a cultura asiática. Mais recentemente, muitos países ocidentais têm demonstrado considerável interesse pelas religiões orientais e centenas de milhares de pessoas vêm adotando os princípios do Budismo.


Nirvana

Através da prática diligente, do proporcionar compaixão e bondade amorosa a todos os seres vivos, do condicionamento da mente para evitar apegos e eliminar karma negativo, os budistas acreditam que finalmente alcançarão a iluminação. Quando isso ocorre, eles são capazes de sair do ciclo de morte e renascimento e ascender ao estado de nirvana. O nirvana não é um local físico, mas um estado de consciência suprema de perfeita felicidade e liberação. É o fim de todo retorno à reencarnação e seu compromisso com o sofrimento.

O conceito de sofrimento

O Buda Shakyamuni ensinou que uma grande parcela do sofrimento em nossas vidas é auto-infligido, oriundo de nossos pensamentos e comportamento, os quais são influenciados pelas habilidades de nossos seis sentidos. Nossos desejos – por dinheiro, poder, fama e bens materiais – e nossas emoções – tais como, raiva, rancor e ciúme – são fontes de sofrimento causado por apego a essas sensações. Nossa sociedade tem enfatizado consideravelmente beleza física, riqueza material e status. Nossa obsessão com as aparências e com o que as outras pessoas pensam a nosso respeito são também fontes de sofrimento.

As Quatro Nobres Verdades são:

1. A Verdade do Sofrimento.
A vida está sujeita a todos os tipos de sofrimento, sendo os mais básicos: nascimento, envelhecimento, doença e morte. Ninguém está isento deles.

2. A Verdade da Causa do Sofrimento.
A ignorância leva ao desejo e à ganância, que, inevitavelmente, resultam em sofrimento. A ganância produz renascimento, acompanhado de apego passional durante a vida, e é a ganância por prazer, fama ou posses materiais que causam grande insatisfação com a vida.

3. A Verdade da Cessação do Sofrimento.
A cessação do sofrimento advém da eliminação total da ignorância, e do desapego à ganância e aos desejos, alcançando um estado de suprema bem-aventurança ou nirvana, onde todos os sofrimentos são extintos.

4. O Caminho que leva à Cessação do Sofrimento.
O caminho que leva à cessação do sofrimento é o Nobre Caminho Óctuplo.

O Nobre Caminho Óctuplo consiste de:

Compreensão Correta. Conhecer as Quatro Nobres Verdades de maneira a entender as coisas como elas realmente são.

Pensamento Correto. Desenvolver as nobres qualidades da bondade amorosa e da aversão a prejudicar os outros.

Palavra Correta. Abster-se de mentir, falar em vão, usar palavras ásperas ou caluniosas.
Ação Correta. Abster-se de matar, roubar e ter conduta sexual indevida.

Meio de Vida Correto. Evitar qualquer ocupação que prejudique os demais, tais como tráfico de drogas ou matança de animais.

Esforço Correto. Praticar auto-disciplina para obter o controle da mente, de maneira a evitar estados de mente maléficos e desenvolver estados de mente sãos.
Plena Atenção Correta. Desenvolver completa consciência de todas as ações do corpo, fala e mente para evitar atos insanos.

Concentração Correta. Obter serenidade mental e sabedoria para compreender o significado integral das Quatro Nobres Verdades.


DÉCIMO ENCONTRO

BUDISMO (conclusão)

Meditação

A meditação é comumente praticada pelos budistas para obter felicidade interior e cultivar sabedoria, de forma a alcançar a purificação da mente e a libertação. É uma atividade de consciência mental. A felicidade que obtemos do ambiente físico que nos envolve não nos satisfaz verdadeiramente nem nos liberta de nossos problemas.

Oferendas

Oferendas são colocadas no altar budista pelos devotos. Fazer uma oferenda permite que reflitamos sobre a vida, confirmando as leis de reciprocidade e interdependência. Objetos concretos podem ser ofertados em abundância, no entanto, a mais perfeita oferenda é um coração honesto e sincero.

Funeral
A prática funeral budista é normalmente conduzida com solenidade. Não se estimula o luto. Um altar simples, com uma imagem do Buda, é montado. Há queima de incenso e oferenda de frutas e flores. Se a família assim o desejar, pode haver monges budistas ministrando bênçãos e recitando sutras e os vários nomes do Buda, juntamente com pessoas laicas. Estes procedimentos podem ser seguidos de um elogio à memória do morto. Certos rituais de luto, como vestir roupas brancas, caminhar com um cajado, lamuriar-se para expressar o grande efeito do seu pesar, queimar dinheiro, casas ou roupas feitas de papel para o morto, são, às vezes, considerados como sendo práticas budistas, quando, na verdade, esses são costumes tradicionais chineses.

"Quebrei uma estatua, e acredito que possa me trazer azar..." - Pergunta feita num site budista

“Meu esposo ganhou o Buda já faz algum tempo e, conforme lhe foi ensinado, sempre colocava moedas e coçava sua barriga. Porém, o Buda, que era de gesso, se quebrou. Agora não sabemos o que fazer com os pedaços, como também com as moedas. Podem nos ajudar?”

Resposta

“O Buda barrigudo que as pessoas pensam ser Buda, não é o Buda. É um monge chinês que por ser gordo passou a ser reverenciado como um tipo de Santo da Fartura. Por isso,não se preocupe,não cometeu nenhum pecado. Embrulhe num jornal e depois numa sacolinha plástica. Feito isso poderá se desfazer colocando para coleta sem misturá-lo no interior de outros sacos de lixo.”

Qual é a visão budista sobre: Aborto, perdão, casamento,doença, Jesus Cristo?

Aborto: Somos contra. Também somos contra condenar de modo religioso quem cometeu. O budismo prega à consciência. Devemos rezar para que as pessoas tenham consciência da importância da vida e que sejam responsáveis pelos seus atos. Oramos por todos falecidos abortados e suas respectivas mães, que não encontram orientação adequada para superarem a dificuldade de conviver com este peso.

Perdão: Cada um deve fazer por merecer. Eliminar o carma negativo corresponderá ao perdão que concederá a si mesmo. Podemos até perdoar, mas isso não eliminaria a causa negativa que foi gerada. Assim, como foi gerada, também pode e deve ser eliminada.

Casamento: Importante para se fortalecer pelos laços familiares. Ao ser humano é impossível viver de modo isolado.

Doença: Conseqüência de disfunção física que naturalmente ocorre quando vivemos fisicamente. Um dos quatro inevitáveis sofrimentos da vida. Porém, com muitos cuidados e força de fé, podemos superá-la e até mesmo aprender com ela.

Jesus Cristo: Após receber a mensagem divina no momento do batismo e ter assumido o compromisso de expansão, tornou-se o precursor do Cristianismo. Já no segundo ano de peregrinação foi crucificado por judeus politicamente fortes que eram contra as suas pregações. Por ter pregado o bem num período que ainda fazia parte dos primeiros mil anos após o regresso de Buda ao Estado Primordial, podemos considerá-lo como um Bossatsu Transitório, ou seja, a quem ainda não cabia missão de difundir o Sutra Primordial, apenas concedido ao Bossatsu Primordial Jyougyou.
A afirmação que fez sobre a sua morte ter eliminado os pecados de todos os seres é contraditória a doutrina budista primordial, que prega a extinção do carma negativo por parte da ação de fé de cada um. É também contraditória a realidade que vemos, ou seja, a partir da Lei da causa e do efeito, ninguém pode pagar pelo mal que outrem cometeu, ou receber pelo bem que outrem realizou. Cada um deve desenvolver em si e em outrem a consciência do esforço incondicional em praticar o bem e eliminar o mal.

Dalai-Lama

Quanto ao ilustre personagem Dalai-Lama, respeitamos todas as suas atividades altruístas. Todavia, devemos salientar que “começou a escorregar” quando passou a dizer que o Budismo é uma religião sem uma divindade suprema (Revista Super Interessante. Edição de março 2002). Porque não é. Simplesmente não revela o que sabe por não querer gerar um conflito e perder o prestígio diante de outros poderes religiosos ocidentais.
Politicamente, já está encurralado demais para revelar realmente o que sabe. Ao invés de transmitir a religião budista está transmitindo mensagens de boa conduta, auto-controle, equilíbrio e moral, que até hoje não salvaram a humanidade. São ótimas para serem lidas e interpretadas, mas na prática, vemos que nossa capacidade não chega nem perto do poder de controlar a raiva, o ego e a violência meramente por meio intelectual meditativo. Por outro lado, ajudou a tornar o budismo mais famoso no mundo pela personalidade em que se tornou.

Como vocês interpretam a Bíblia?

Respeitamos a Bíblia, assim como todas as doutrinas que pregam o bem. Todavia, por muitas citações e pregações contidas ali estarem em desacordo com a nossa capacidade e distante da compaixão necessária a nos conduzir à iluminação, não a temos como base religiosa. O Deus pregado na Bíblia , criador, onipotente, onisciente, aparentemente generoso com os bonzinhos e realmente carrasco com os maldosos, não coincide com o Buda Primordial que pregamos e recebemos a partir do Sutra Lótus. Sua compilação é inspirativa, tal como o início das religiões e mestres que a adotaram. (Fonte: Revista Lótus n°33 Pg 16)

Existem subdivisões no Budismo ?

Existem inúmeras facções budistas. O budismo tibetano, pelo fato de o Dalai Lama ter recebido o prêmio Nobel da Paz e seu comitê de mídia ser especializado, tornou-se a ramificação mais famosa. Todavia, o Dalai Lama só é reconhecido como líder budista nas ramificações tibetanas.

O Zen budismo, famoso mundialmente, teve sua ascensão no continente das Américas a partir da importação americana da prática em meados da década de 30. Com a necessidade de desmaterializar sua cultura, muitos buscaram no Zen budismo um meio não religioso, mas, introspectivo e contemplativo de visualizar o ser e a vida. Pela comodidade da prática meditativa, virou moda em muitos lugares e países no ocidente.

O que vem a ser o Gohonzon "Imagem Sagrada" - Objeto de Adoração Universal?

Há gente que para ser religiosa adora qualquer coisa. Existem diversas explicações para o Gohonzon, mas o sentido de adoração é, numa só palavra, a vontade de se elevar até as alturas onde se encontra a iluminação, de construir um lar ou uma sociedade onde se juntam pessoas de boa vontade como o próprio Buda.
Portanto, se o objeto dessa adoração, ou seja, do fervor religioso for um animal ou um bicho, significa que essa pessoa deseja se igualar a um animal. Devotar algo significa querer se tornar naquilo. Justamente por isso que o alvo de adoração deve ser algo exatamente perfeito, para não adorarmos uma imperfeição.
A doutrina do Budismo Primordial tem como objetivo trazer a iluminação à vida cotidiana da nossa sociedade, através da prática da fé, compreensão e devoção à Imagem Sagrada.


DÉCIMO-PRIMEIRO ENCONTRO

TESTEMUNHAS DE JEOVÁ

As Testemunhas de Jeová iniciaram suas atividades nos tempos modernos por meio de Charles Taze Russell (1852-1916), a partir da década de 70 do Século XIX. Russell e alguns amigos formaram um pequeno grupo de estudo não sectário da Bíblia, na Pensilvânia, nos Estados Unidos. Com o fim de publicar as suas idéias sobre o que considerava ser a verdade bíblica em contraste com erros doutrinais que atribuía a outras denominações religiosas, Russell começou a publicar A Sentinela, que se assume como a mais distribuída revista religiosa do mundo , bem como a mais traduzida revista de qualquer género. As pessoas que recebiam a revista começaram a reunir-se em grupos para estudo da Bíblia. Assim, acabaram por tornar-se conhecidos por Estudantes da Bíblia ou, quando A Sentinela começou a ser traduzida em outras línguas, Estudantes Internacionais da Bíblia.
Hoje, as Testemunhas de Jeová constituem um grupo mundial de milhões de membros, agrupados em células locais designadas por Congregações, unidas sob uma estrutura mundial que coordena todas as suas atividades. Apesar de possuírem o que chamam de organização e nela existirem homens que assumem responsabilidades locais ou mais abrangentes, as Testemunhas não formam distinção entre clero e leigos, tal como acontece com muitas denominações religiosas. Os seus responsáveis não possuem títulos honoríficos, não usam vestimenta ou símbolos distintivos, não se lhes impõe o celibato, não são assalariados e espera-se que sejam os primeiros a dar o exemplo de boa conduta e moral aos restantes membros da congregação.

Preocupam-se também em divulgar os seus ensinos por publicarem milhares de milhões de páginas de informação em várias centenas de línguas, sem esquecer os que têm necessidades especiais, tal como os surdos ou cegos. Aos interessados oferecem estudos domiciliares e gratuitos da Bíblia tentando depois trazê-los até aos seus centros de reunião, conhecidos por Salões do Reino. As suas reuniões e congressos, bem como a realização de cerimónias como casamentos e funerais, são sempre realizadas gratuitamente e nunca fazem coletas, nem se cobram dízimos. Aceitam contribuições voluntárias e anônimas para o financiamento da sua obra e dos seus locais de reunião. Mantêm ainda extensos programas de educação e de serviço voluntário em várias frentes.
Para legitimar a escolha do nome usaram o texto bíblico de Isaías 43:10 que, conforme a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas ), publicada pelas Testemunhas de Jeová cerca de vinte anos mais tarde, diz: "Vós sois as minhas testemunhas, sim, meu servo a quem escolhi, para que saibais e tenhais fé em mim, e para que entendais que eu sou o Mesmo. Antes de mim não foi formado nenhum Deus e depois de mim continuou a não haver nenhum."
Afirmam que, desde o início, terá existido apenas uma religião verdadeira, constituída por aqueles que a Bíblia menciona como fazendo a vontade de Jeová, e que todas as outras formas de adoração podem ser englobadas num império mundial de religiões falsas.

Fundamentação das suas doutrinas

A única autoridade reconhecida pelas Testemunhas de Jeová em termos teológicos é a Bíblia. Usam frequentemente a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, publicada pela Sociedade Torre de Vigia, embora usem diversas outras traduções da Bíblia.

A interpretação do texto bíblico é feita segundo o entendimento aprovado pelo Corpo Governante das Testemunhas de Jeová e publicado pela Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados. Confiam no seu Corpo Governante como "porta-voz" de Jeová Deus, para fornecer ensino e entendimento bíblico no tempo apropriado. Este Corpo Governante é composto de anciãos, procedentes de vários países, e usa como base a sede mundial das Testemunhas de Jeová. Afirmam que este órgão central de homens mais experientes está sob a liderança de Jesus Cristo, promovendo e coordenando a obra das Testemunhas de Jeová em mais de cem mil congregações nos 236 países onde se encontram. No entanto, nem os membros do Corpo Governante nem qualquer outra Testemunha de Jeová afirmam ser inspirados por Deus, ao contrário do que crêem ter acontecido com os escritores bíblicos cuja escrita terá sido guiada pelo Espírito Santo. Assim, as suas publicações podem e são sujeitas a alterações a nível doutrinal, talvez quando um estudo mais detalhado de determinado assunto conduz a um ajuste de pensamento.

DIVULGAÇÃO

Hoje possuem um dos maiores parques gráficos do mundo, com capacidade para imprimir centenas de milhões de exemplares de publicações a cada ano, sendo que algumas das suas edições estão entre as mais distribuídas mundialmente. Apenas nos últimos 30 anos do Século XX, imprimiram-se mais de vinte mil milhões (vinte bilhões) de livros, folhetos, brochuras e revistas. Os títulos publicados são traduzidos individualmente em dezenas ou mesmo centenas de idiomas e apresentados em versões diferentes, tal como edições com caracteres de grandes dimensões ou em braille para os que possuem deficiências visuais, DVD's com língua de sinais, gravações áudio cassete e mp3 entre outros.
Desde 1926, a Sociedade Torre de Vigia publicou mais de 159 milhões de exemplares de diversas versões da Bíblia, em 74 línguas. Além da Bíblia, sua mensagem é apresentada ao público, principalmente através de duas revistas:
• A Sentinela - Anunciando o Reino de Jeová
• Despertai!

Modo de vida

As Testemunhas de Jeová encaram a sua religião como um modo de vida, sendo que todos os outros interesses, incluindo o emprego e a família, giram em torno da adoração exclusiva que prestam a Jeová, o seu Deus. Assim, não importam o que façam, incluindo a seleção de diversão ou de vestuário, de carreira na escola ou na profissão ou mesmo a escolha de cônjuge, o comportamento e interação com a comunidade, nos negócios ou em lazer, tudo isso é influenciado pela decisão que tomaram de dedicar a sua vida incondicionalmente a Jeová. A Bíblia é encarada como um manual de aplicação prática e obrigatória em todos os campos da vida.
1 Coríntios 10:31 - "Portanto, quer comais, quer bebais, quer façais qualquer outra coisa, fazei todas as coisas para a glória de Deus." (NM)
Afirmado-se cristãs, observam o exemplo de Jesus procurando imitá-lo, conforme a seguinte instrução:
1 Pedro 2:21 - "Fostes chamados para este proceder, porque até mesmo Cristo sofreu por vós, deixando-vos um modelo para seguirdes de perto os seus passos."


DÉCIMO-SEGUNDO ENCONTRO

TESTEMUNHAS DE JEOVÁ(conclusão)

Serviço voluntário das Testemunhas de Jeová

As Testemunhas de Jeová encontram-se entre as organizações que usam amplamente o serviço voluntário e, pertencendo a uma religião que se afirma cristã, encaram o amor ao próximo como um sinal identificador do cristianismo genuíno. Todos os seus membros são voluntários, usando as suas habilidades, tempo, esforço e recursos financeiros em projetos específicos promovidos pela organização a que pertencem.

Outra forma de serviço voluntário prestado pelas Testemunhas de Jeová é a ajuda humanitária. Nessas ocasiões as Testemunhas não restringiram a ajuda humanitária a apenas seus concrentes. Desde a Segunda Guerra Mundial, as Testemunhas de Jeová têm organizado ajuda humanitária de socorro aos seus irmãos cristãos e outras pessoas que sofrem efeitos da guerra, desastres naturais ou outras calamidades. A sua experiência na organização de um grande número de voluntários que atuam em projetos de construções de Salões do Reino e em seus congressos anuais, contribuem para o seu sucesso neste respeito. Muitas vezes elas são a primeira agência de Socorro urgente a aparecer em cena.
Conceito sobre outras religiões
As Testemunhas de Jeová crêem praticar a religião verdadeira (ou seja, o primitivo Cristianismo), e por fazer isso, serão salvas como grupo, o que não significa que toda Testemunha individual seja salva. Ensinam que, para alguém poder ser salvo, a pessoa tem de obter conhecimento sobre a vontade de Deus (João 17:3), conforme expressa na Bíblia, e pôr em prática aquilo que aprende, mantendo a sua integridade até o fim (Mateus 24:13).

Já por muitos anos, as suas publicações têm expresso a opinião que todas as outras religiões são falsas, particularmente as religiões da cristandade, ou seja aquelas que professam ser cristãs. A todas as religiões acusam de permissividade moral, envolvimento na política e nos conflitos mundiais, divulgação de ensinos que consideram pagãos e antibíblicos, ostentação material, conduta imprópria ou destaque pessoal dos seus líderes e que, por essas razões, todas elas serão destruídas. Crêem que isso acontecerá às mãos dos governos políticos do mundo que abolirão a religião e que, sem se aperceberem, apenas estarão a executar o julgamento de Deus: "Sentimos interesse bondoso e amoroso pelas pessoas de todas as religiões, mas quando as crenças e práticas religiosas delas são falsas e merecem a desaprovação de Deus, trazer isto à atenção delas, por expor a falsidade, significa mostrar amor a elas. Jesus mostrou claramente o erro das práticas religiosas dos escribas e fariseus de seus dias, dizendo que a religião deles era vã."
Ao longo da sua história, as suas crenças, doutrinas e práticas religiosas têm sido, amiúde, alvo de algumas controvérsias. Especialmente visadas têm sido as suas doutrinas sobre a vinda iminente de um Armagedom mundial, o seu trabalho intenso de proselitismo, a sua neutralidade e distanciamento quanto a tradições seculares ou assuntos políticos, a prática da excomunhão ou desassociação de membros, a rejeição do uso de sangue na alimentação e na medicina, entre outras temáticas.
Muitos médicos têm reconhecido, que a posição contrária à transfusão de hemocomponentes por parte das Testemunhas de Jeová, incentivou a pesquisa de tratamentos alternativos, permitindo efetuar cirurgias complexas sem a necessidade do uso de sangue total e hemoterapia, técnicas que beneficiam tanto as Testemunhas como outros pacientes. Uma parte da comunidade médica, porém, continua crítica em relação a opção religiosa, recusando-se a dar tratamento ou submeter a cirurgias a menos que seja permitida a transfusão sanguínea. Isto obriga estes pacientes a buscar tratamento em outros hospitais ou buscar um médico disposto a utilizar as diversas técnicas disponíveis para se evitar transfusões.
FONTES

Wikipédia

Livros das diversas religiões citados dentro do texto

Fontes citadas no módulo I