INTRODUÇÃO AOS LIVROS PROFÉTICOS
Os livros proféticos apresentam um tipo especial de literatura bíblica escrita para objetivos específicos na história posterior de Israel.
De muitas maneiras, os dezessete livros de profecia - Isaías a Malaquias - complementam os doze livros históricos - Josué a Ester. A ênfase não é tanto histórica, e sim exortativa. Além de censurar por falhas passadas e advertir diante dos perigos do momento, os profetas apontavam para o futuro. Falavam de julgamento e dos tempos messiânicos que viriam para promover arrependimento e volta à justiça.
O LIVRO DE ISAÍAS
Os títulos dos livros proféticos têm um significado que sugere de maneira notável o seu conteúdo, o que também acontece com o nome de muitos personagens do Antigo Testamento. Seus nomes dão o perfil do seu caráter.O profeta Isaías é chamado “o príncipe dos profetas do A.T”, devido ao enorme ímpeto, caráter majestoso, visão teológica e conteúdo messiânico da sua profecia.
As tradições judaicas indicam que ele era primo do rei Uzias e foi serrado ao meio pelo iníquo rei Manassés. Pertenceu à família real e era dotado de uma espiritualidade profunda, bem educado e capelão da corte de quatro reis de Judá por um período aproximado de cinqüenta anos.
CONTEXTO HISTÓRICO
Isaías profetizou durante mais de sessenta anos, desde antes da morte de Uzias, em 740 a.C., até algum tempo depois da morte de Senaqueribe, em 681 a.C: Is. 1.1; 6.1 ; 37.38.
CONTEXTO POLÍTICO
Do ponto de vista nacional, foi uma época de opressão e caos. O Reino do Norte (Israel) havia-se deteriorado rapidamente depois de Jeroboão II, sob seis reis caóticos. Judá (Reino do Sul) também declinara sob o reinado do idólatra Acaz. Muitas alianças foram estabelecidas com potências estrangeiras a fim de protelar a sujeição total à Assíria, potência em ascensão, que procurava engolir o Ocidente.
CONTEXTO RELIGIOSO
A condição espiritual do Reino do Sul (Judá) era paralela à sua condição política, ambas deteriorando-se rapidamente sob o rei Acaz. A grande potência construída por Azarias e Jotão, reis tementes a Deus, desintegrou-se quase que imediatamente quando Acaz começou a cortejar alianças estrangeiras em vez de confiar no Senhor: Is. 7.12. Quando atacado pela Síria e Israel, o rei Acaz procurou inutilmente apaziguar as forças divinas sacrificando seu filho mais velho num altar, e depois pediu auxílio aos assírios. Como resultado, tornou-se vassalo do rei da Assíria.
A ascensão de Ezequias ao trono de Judá trouxe, quase imediatamente, um movimento de reforma: II Cr. 30.1-13. A reforma apressada e o entusiasmo pelo reavivamento promovido por Ezequias parecem ter mudado a direção do braço do Senhor e salvo Judá de sorte semelhante à de Israel, destruída em 722 a.C. Todavia, as alianças com o Egito e a Babilônbia, feitas mais tarde por Ezequias, trouxeram renovada agressão contra Judá por parte da Assíria, que acabou cercando Jerusalém, ameaçando destruí-la, até que o rei aceitou o conselho do profeta Isaías e confiou em Deus para o livramento.
OBJETIVO
Admoestar a nação quanto ao iminente julgamento devido à idolatria e às alianças seculares e lembrar à nação o programa divino de libertação através do Messias.
Lição 02
Lição 02
DESTAQUES DO LIVRO DE ISAÍAS A BÍBLIA EM MINIATURA
Muitas vezes ele é chamado dessa forma, devido à sua organização e conteúdo. Tem 66 capítulos, com duas divisões de 39 e 27 capítulos. A primeira divisão enfatiza o julgamento do Senhor e a outra apresenta a sua graça como “Servo sofredor” e termina com o julgamento final. As duas seções são unidas por um período histórico em que Israel é ameaçado por dois impérios: Is. 36 a 39.
TEOLOGIA DE GRANDE ALCANCE
Entre os livros proféticos, é o mais abrangente em seu alcance teológico. Suas profecias vão desde a situação de Israel na época, passando pela queda do Reino do Norte e do Sul, pelo exílio na Babilônia e pelo regresso promovido pelos persas, até a vinda do Messias, sua vida e morte na cruz, pela dispersão final da nação por toda a terra, pela nova reunião em virtude do arrependimento, e pela bênção do reino na era messiânica.
APELO DE ISAÍAS PELA RETIDÃO E JUSTIÇA
Isaías enfatizou energicamente a necessidade de um coração reto e a existência de justiça social. Os termos “retidão” e “justiça” são usados umas oitenta vezes pelo profeta, mais do que em qualquer outro livro da Bíblia, exceto em Salmos. Deus repreende Israel por ter substituído a justiça por maldade, violência, assassínio e roubo: Is. 1.16-23.
NASCIMENTO VIRGINAL DO EMANUEL - Essa profecia é a primeira das profecias do Emanuel (Deus conosco), Is. 7.7-14, nas quais a vinda do Messias é detalhada. Apesar de a profecia ter sido muito debatida, o Novo Testamento declara a concepção e o nascimento virginal do Messias tanto gramatical quanto contextualmente: Mt.1.23.
QUEDA DE LÚCIFER
Os capítulos 14 de Isaías e 28 de Ezequiel descrevem a sua criação, perfeição e grande queda. Ele é visto como o “rei da Babilônia” em Isaías e como o “rei de Tiro” em Ezequiel, pois era ele o poder diabólico que agia por trás dessas autoridades.
No Novo Testamento, ele aparece com o nome de Satanás 35 vezes, bem como 35 vezes com o nome de demônio, entretanto no Antigo Testamento o nome Satanás aparece dezoito vezes. Foi ele quem reivindicou “todos os reinos do mundo”, quando enfrentou Jesus Cristo no deserto: Mt. 4.8.
O SERVO SOFREDOR
No auge da previsão do aparecimento desse servo, é dada uma descrição das mais reveladoras da pessoa de Jesus Cristo e a obra que ele realizaria na sua primeira vinda. Isaías apresenta uma série de passagens sobre o “servo” e termina retratando o Servo sofredor: Is. 53.12-53 e Is. 52.13. Nas mãos dos homens ele é desfigurado além da aparência humana. Apesar de ferido pelos homens, não foi isso que trouxe a salvação, mas o fato de ter Deus colocado sobre ele às transgressões de toda a humanidade: Is. 52.14 e Is. 53.6-10.
CRISTOLOGIA
Não temos no Antigo Testamento, outro livro tão messiânico como o de Isaías. Por fazer várias previsões sobre o Messias, ele é chamado de “Quinto Evangelho ou Profeta Evangélico”: Is. 7.14 ; 40.11; 35.4-6.
LIÇÃO 03 27 de janeiro/2008
O LIVRO DE JEREMIAS
O nome Jeremias significa “O Senhor designa ou estabelece”.
Tanto Isaías como Jeremias levaram mensagens de condenação ao Israel apóstata. Enquanto o tom de Isaías é vigoroso e severo, o de Jeremias é moderado e suave.
O tema do livro é o amor imutável do Senhor ao seu povo apóstata e sua tristeza por causa da condição deste.
Jeremias foi chamado ao ministério quando ainda era jovem (1:6), era filho de Hilquias (bisavô de Esdras), um sacerdote da cidade de Anatote, na terra de Benjamim. Provavelmente por causa da perseguição de seus patrícios e de sua própria família, deixou Anatote e foi para Jerusalém (Jr. 11:21 e 12:6).
Jeremias apesar de ser um homem compassivo e profundamente sensível, foi chamado para um ministério em que proclamou inexorável julgamento contra a nação, sendo considerado um traidor por causa de tais julgamentos. Embora impopular e desprezado quando profetizava e insistia na submissão à Babilônia, tornou-se mais tarde o herói popular dos restantes judeus exilados, depois das suas predições de julgamento serem cumpridas e de o povo lembrar das suas predições de uma futura libertação e retorno.
CONTEXTO RELIGIOSO
Jeremias nasceu nos últimos anos do reinado de Manassés, quando esse rei procurou inutilmente reformar a nação que levara à idolatria, derramamento de sangue e corrupção moral. Embora tenha se arrependido quando estava numa prisão da Babilônia, o seu longo reinado de iniqüidade esgotou a paciência de Deus, levando o país à destruição.
OBJETIVO
O objetivo dessa longa profecia foi registrar as admoestações do Senhor Deus ao país que se precipitava em desastre espiritual e destruição nacional. O livro não só registra a rejeição da lei divina, como também a recusa inflexível da correção dos profetas de Deus.
Jeremias trazia ao povo uma mensagem de submissão ao julgamento do Senhor, aceitando o cativeiro da Babilônia, para que assim a cidade e a nação fossem salvas da destruição total.
Jeremias trazia ao povo uma mensagem de submissão ao julgamento do Senhor, aceitando o cativeiro da Babilônia, para que assim a cidade e a nação fossem salvas da destruição total.
DESTAQUES DO LIVRO
O PROFETA “TRAIDOR”
O profeta Jeremias foi considerado, pelo seu povo, um traidor, devido à sua insistência na rendição à Babilônia (26:9). Ele profetizou durante o mais negro período da história de Israel, quando toda a esperança de sobrevivência do país estava perdida.
Em virtude dos pecados de Manassés, Judá enfrentou conseqüências, e a rendição à Babilônia foi a única alternativa do Senhor para evitar a completa destruição de Jerusalém. Após essas profecias serem cumpridas, Jeremias passou a ser lembrado com grande respeito pelos judeus exilados na Babilônia (25:11 e 29:10).
MENSAGEM DE ESPERANÇA
Jeremias também tinha uma gloriosa mensagem de esperança para a nação (3:16-18 e 23:3-8). Mesmo numa época em que já não havia justiça no país, em que a aliança do favor divino se partira e um grande poder pagão estava prestes a devorar o povo, Deus assegurou que suas alianças eram tão invioláveis quanto o fato natural de o dia seguir a noite (33:20-26).
LIÇÃO 04 10 de fevereiro/2008
O LIVRO DAS LAMENTAÇÕES DE JEREMIAS
Lamentações é um apêndice à profecia do profeta Jeremias, que registra a tristeza aguda e dolorosa do profeta pelas misérias e desolações de Jerusalém, resultante de seu sítio e destruição.
Lamentações é a tradução latina de uma palavra grega que significa “alto choro” (Jr. 7:29).
Embora o livro seja anônimo, sua autoria é atribuída a Jeremias pelas tradições judaicas e cristãs. Talvez ninguém melhor do que o próprio profeta Jeremias estivesse preparado para escrever essas lamentações quanto à caracterização emocional, interesse espiritual e expressão literária (Lm 1:16 e 2:11).
Os judeus cantam este livro todas as sextas-feiras junto ao Muro das Lamentações, em Jerusalém, e o lêem na Sinagoga, em jejum, no dia nove de agosto, o dia destinado à lamentação das cinco grandes calamidades que sobrevieram à nação.
CONTEXTO HISTÓRICO
O livro foi escrito aproximadamente em 586 a.C. O fluxo de pesar expresso sugere uma época logo após a queda da cidade santa, quando a lembrança ainda era recente. A redação bem elaborada e bela, apresentada em formato de acróstico alfabético, sugere, por outro lado, um longo período de reflexão e construção literária.
CONTEXTO POLÍTICO
O cenário político internacional e nacional eram os mesmos do livro do profeta Jeremias.
A queda de Jerusalém em 586 a.C. ocorreu depois de um cerco de dezenove meses, que trouxe fome e peste para a cidade. Com Jerusalém arrasada, acabou-se a vã presunção da sua inviolabilidade divina. Parecia que a nação estava irremediavelmente liquidada, se não até mesmo a raça, pois os seus príncipes também tinham sido mortos (Jr 52:6-16; 41:1,2 e II Rs 25:8,9).
CONTEXTO RELIGIOSO
Sem dúvida, este período foi a hora mais sombria da religião de Israel. A cidade escolhida pelo Senhor fora arrasada, o templo projetado e habitado por Deus tornara-se um monte de cinzas, o povo tinha sido levado cativo para a Babilônia. Até mesmo o Senhor recusara-se a ouvir as orações do seu povo, tornando-se seu inimigo (Jr 14:11,12).
Da fé de Israel na aliança do Senhor, só lhes restavam as Escrituras com as promessas da aliança do Senhor para com os antepassados; com isso tiveram de meditar nas profecias e contar com elas mais do que nunca.
OBJETIVO
O objetivo principal do livro era ensinar os judeus a reconhecerem a mão castigadora de Deus em suas calamidades e que se voltassem para Ele com arrependimento sincero. As lamentações de Jeremias expressam a profundidade da solidão de Israel quando a Glória do Senhor afastou-se envergonhada. Este livro confirma brilhantemente a soberania de Deus, reconhecendo-o como o perpetrador da devastação, e não apenas a Babilônia (Lm 2:17 e 3.37,38). Ou seja, a Babilônia tornou-se apenas um instrumento na mão de Deus para julgar o seu povo.
DESTAQUES DO LIVRO
DESTAQUES DO LIVRO
MURO DE LAMENTAÇÕES DOS JUDEUS
Jerusalém sofreu diversas destruições. Foram elas: a destruição pelos babilônicos em 586 a.C.; pelos romanos em 70 d.C.; e a destruição romana do movimento messiânico de Bar Kocheba, no ano 135 d.C. Foram catastróficas para a nação na sua época. No jejum anual feito pelos judeus, o Livro de Lamentações é lido nas sinagogas ao redor do mundo, sendo que em muitas delas também o lêem todas as sextas-feiras.
Jerusalém sofreu diversas destruições. Foram elas: a destruição pelos babilônicos em 586 a.C.; pelos romanos em 70 d.C.; e a destruição romana do movimento messiânico de Bar Kocheba, no ano 135 d.C. Foram catastróficas para a nação na sua época. No jejum anual feito pelos judeus, o Livro de Lamentações é lido nas sinagogas ao redor do mundo, sendo que em muitas delas também o lêem todas as sextas-feiras.
FORTE ÊNFASE NO JULGAMENTO DIVINO
Lamentações atribui a destruição de Jerusalém à ira de Deus, e não à ira da Babilônia. Essa ênfase no julgamento divino também realça o fato de que foram os seus pecados perante o Senhor que trouxeram a destruição, e não o infortúnio internacional de se tornarem vítimas da conquista da Babilônia. Do mesmo modo, a sua restauração depende inteiramente do arrependimento e da volta a Deus.
PROFETA EMPÁTICO
Nenhum outro autor, admitindo que seja Jeremias, teve tal identidade de sentimentos com o povo ou fez parte tão intimamente dos seus pesares e julgamento. Jeremias aconselhou a Israel e ao invés de obter o respeito do povo, foi humilhado, denunciado, preso num calabouço e rotulado de traidor.
Dizem os estudiosos que o profeta Jeremias foi apedrejado pelo seu próprio povo por condenar sua ininterrupta idolatria e impenitência. Poucos profetas tiveram mais motivos de pesar do que Jeremias (Lm 3:48,49).
LIÇÃO 05 17 de fevereiro/2008
O LIVRO DE EZEQUIEL
Ezequiel significa “Deus fortalece”, título apropriado para o livro e para o profeta, que recebeu uma dura mensagem para os judeus exilados na Babilônia. Embora o nome de Ezequiel não seja mencionado em nenhum outro livro bíblico, a autoria deste livro é reconhecida como sendo dele, inclusive no próprio livro: 1:3 e 24:24.
Ezequiel exerceu seu ministério de profeta na Babilônia, começando-o sete anos antes da destruição de Jerusalém, e encerrando-o cerca de quinze anos depois. Como a de Isaías, a sua mensagem foi de denúncia e consolação. Ezequiel foi exilado com Joaquim em 597, quando Nabucodonosor levou para a Babilônia o que havia de melhor na terra. Na Babilônia viveu em sua própria casa, numa colônia judaica.
O povo de Judá reconheceu, tarde demais, que havia merecido o castigo divino. Daí o ministério de Ezequiel passou a ser outro, isto é, consolar os arrependidos e formar entre eles um grupo que, um dia, voltaria a Jerusalém para reedificá-la segundo a vontade divina.
CONTEXTO POLÍTICO
A ação do livro vai desde a época da sujeição de Judá à Babilônia até a época do cativeiro na Babilônia.
Daniel tinha sido elevado a governador de toda a província da Babilônia, bem como chefe dos sábios ou conselheiros de Nabucodonosor. Já que isso acontecera cinco anos antes da deportação de Ezequiel e dezesseis anos antes do exílio final em 586 a.C., os exilados judeus da Babilônia estavam em boas mãos.
Com referência à política das nações pagãs, Ezequiel pronunciou julgamento sobre muitas que rodeavam Israel devido à sua violência contra a nação judaica e o santuário de Deus: 25 a 32.
CONTEXTO RELIGIOSO
O livro de Ezequiel registra que Israel não somente estava sem rei e sem país, como também sem um templo e sem os meios de cumprir os ritos religiosos ordenados por Moisés. O único lugar de ajuntamento religioso na Babilônia era a própria casa do profeta. Sem um templo, o sistema ritual de animais sacrificados, festas e todas as funções relacionadas com o templo, não produziam o efeito necessário.
O caráter espiritual dos exilados a quem Ezequiel ministrava não era melhor do que o daqueles a quem Jeremias ministrava em Jerusalém. Ezequiel empregava o termo “Casa rebelde”, para descrevê-los.
OBJETIVO
O objetivo principal das predições de Ezequiel é a destruição de Jerusalém. Antes deste acontecimento, seu motivo principal era chamar ao arrependimento aqueles que viviam em segurança descuidada, admoestando-os a que não abrigassem a esperança de que, com a ajuda dos egípcios, sacudiriam o jugo da Babilônia(17:15-17) e assegurando-lhes que a destruição da cidade e do templo eram inevitáveis e se aproximavam rapidamente.
Depois desse acontecimento, seu cuidado principal foi consolar os judeus desterrados, dando-lhes promessas de libertação futura e restauração na sua terra, animando-os com a certeza de bênçãos futuras.
DESTAQUES DO LIVRO
Depois desse acontecimento, seu cuidado principal foi consolar os judeus desterrados, dando-lhes promessas de libertação futura e restauração na sua terra, animando-os com a certeza de bênçãos futuras.
DESTAQUES DO LIVRO
1. AS MUITAS VISÕES DE EZEQUIEL
O livro de Ezequiel está recheado de provérbios, alegorias, ações simbólicas, pequenas descrições e visões apocalípticas. Nenhum outro profeta fez tanto uso da linguagem figurada ou de visões: 13:10-16: Jerusalém é comparada a uma parede caiada prestes a cair; 16:2-63: Jerusalém é comparada a uma esposa meretriz; 37:1-14: Parábola dos ossos secos; e 43:2-7: Visão da volta da Glória do Senhor ao novo templo.
2. IDOLATRIA DE ISRAEL NO EGITO
Ao censurar os anciãos idólatras em 20:5-9, o profeta lembra-lhes que a idolatria da nação tinha as suas raízes no Egito. Devido a essa idolatria, Deus estava prestes a abandoná-los. Essa tendência para a idolatria deveria ser agora curada com uma temporada na Babilônia, e o profeta Ezequiel queria que eles entendessem tal situação.
LIÇÃO 06 24 de fevereiro/2008
O LIVRO DE DANIEL
Daniel significa “Deus é meu Juiz”, título apropriado para o livro que sugere o seu tema, ou seja, a soberania de Deus sobre as nações.
Daniel nasceu em Jerusalém durante a reforma do rei Josias e no princípio do ministério do profeta Jeremias. Foi levado à Babilônia por ocasião do primeiro exílio em 605 a.C. Em 603 a.C., aproximadamente aos 20 anos, foi declarado governador da província da Babilônia, e assim conselheiro-mor de Nabucodonosor, exercendo, certamente, influência sobre os judeus cativos.
Daniel nasceu em Jerusalém durante a reforma do rei Josias e no princípio do ministério do profeta Jeremias. Foi levado à Babilônia por ocasião do primeiro exílio em 605 a.C. Em 603 a.C., aproximadamente aos 20 anos, foi declarado governador da província da Babilônia, e assim conselheiro-mor de Nabucodonosor, exercendo, certamente, influência sobre os judeus cativos.
CONTEXTO HISTÓRICO
O profeta Daniel profetizou durante todo o cativeiro, sendo proferida a sua última profecia no reinado de Ciro, dois anos antes do regresso dos judeus à palestina.
CONTEXTO POLÍTICO
A política mundial, ascensão e queda de grandes impérios e o relacionamento dessas potências com Israel constituem os assuntos principais do livro. Durante grande parte desse tempo, o profeta Daniel achava-se em posição elevada, podendo observar de perto as mudanças internacionais e a maneira pela qual Deus dominava todas as situações.
CONTEXTO RELIGIOSO
CONTEXTO RELIGIOSO
Nabucodonosor não se mostrou apenas um gênio militar, amante do luxo, edificador de monumentos, jardins e canais e hábil administrador, mas também um homem muito religioso. A religião da Babilônia centralizava-se em Bel Merodaque (Marduque): Jr 50:2. Sua paixão religiosa era enriquecer o templo de Merodaque, na Babilônia, com ouro, jóias e pedras preciosas. A Babilônia acreditava em vários deuses, mas Merodaque era exaltado muito mais do que os outros, entretanto em Dn 2 e 4, Nabucodonosor proclama que o Deus de Daniel é o Deus dos deuses, depois de ter visto que Ele é a fonte de sabedoria para revelar sonhos, fonte de poder para proteção na fornalha e aquele que estabelece e depõe os governadores da terra.
OBJETIVO
Por causa das muitas visões, o livro do profeta Daniel tem sido chamado “O Apocalipse do Antigo Testamento”.
Os grandes temas da profecia neste livro são assuntos de vital importância para a Igreja atual, isto é, a apostasia do povo de Deus, a revelação do homem do pecado, a tribulação, a Segunda Vinda de Jesus, o Milênio e o Dia do Juízo Final.
DESTAQUES DO LIVRO
1. ÊNFASE GENTIA
Em contraste com os profetas do Antigo Testamento, o profeta Daniel põe mais ênfase nos reinados gentios do que no de Israel. Daniel foi preparado especialmente para o ministério das cortes gentias, sendo ele pertencente à nobreza de Judá: 1.3-6.
2. CONTRIBUIÇÃO PROFÉTICA
Daniel forneceu o calendário gentio dos “tempos dos gentios” e o calendário judaico das “setenta semanas de Israel”: 2.37-44 e 9:24-27. Sua principal contribuição para a previsão profética foi o fato dele ter colocado o programa profético divino dentro de tal sistema cronológico. Tais acontecimentos proféticos referem-se a Israel e seu futuro, à medida que os impérios vão mudando, e mostram a soberania de Deus sobre o tempo e os acontecimentos.
4. APRESENTAÇÃO DO ANTICRISTO
O profeta fala pouco do Messias, mas se refere muito ao Anticristo. Esse personagem aparece mais e mais no livro em vagos símbolos, como o “pequeno chifre, rei, desolador”: 7:8-11; 11:36-45; 12:1-11.
O primeiro rei dos tempos dos gentios foi Nabucodonosor, e o último será o próprio Anticristo, entretanto Nabucodonosor reconheceu o “Rei dos céus”, enquanto o Anticristo mais e mais magnificará a si mesmo: 4.37 e 11:36.